9.5.08

Por que eu não escrevo: o sábado

Para fins religiosos, o dia sempre começa no dia anterior, quando o sol se põe. E posso dizer que sim, o sábado começou um pouco na sexta à noite, quando recebi outro SMS:

Paddling 2morrow @ 8:30 w Enrique



Enrique é peruano e já vive aqui há longa data. A nossa conversa começa em portuñol e termina em espanglês. Geralmente é ele que marca as remadas coletivas, mas hoje não sei o que aconteceu: não apareceu. Talvez tenha sido sábio: o dia amanheceu com ventos e neblina forte. Isso significa mar com ondas e sem visibilidade, o que não é lá muito bom para remar.



Saí na praia com a esperança de que todos tivessem desistido, mas já vi que as duas meninas já estavam lá. Homem não pode fazer feio, fui pra água também. Cheguei atrasado e lá fui eu no meio da neblina, contra as ondas, tentar alcançar as duas, mais uma vez a Sandra e a Julia. Meninas abusadas: seguiam sem colete salva-vidas. E eu? Sou sheik, tenho 15 concumbinas para criar, não posso me arriscar assim por pouco. E lá fomos nós: 1 km fora da costa até um navio que estava atracado e retorno, surfando as ondas. Da praia, não se via o navio, e do navio, não se via a praia. Três idas e voltas, com direito a tombo em alto-mar com ondas e tudo.

Chego em casa com a sensação do dever-cumprido: "agora é só tomar um banho, almoçar e começar a atualizar o blog". Mas aí chegou um SMS:


Hey Luis! R u going 2 the beach now?


Era a Sara, a professora de ioga. Ela quer aprender a andar no caiaque. Mas justo hoje, cheio de ondas? Mas os sheiks são generosos e benevolentes: "Sim, venha". Mas isso já não cabe aqui, é assunto para outro post.

Nenhum comentário: