Djaml (para egípcios, "Gaml") - camelo:
جمل
Djamal (para egípcios, "Gamal") - beleza:
جمال
Isso corrige posts anteriores, onde menciono camelo como "Jamal". Em todo caso, correto mesmo, só em árabe.
É isso aí.
29.11.07
Sem inglês e sem diploma = escravidão
alanse deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Procurando emprego em Dubai":
Ola Luis, meu nome e Alan vargas tolentino
Alan,
Meu conselho sincero: sem inglês e sem qualificação profissional (um diploma universitário), fica MUITO complicado vir pra Dubai.
Com todos os problemas que o Brasil tem, sem inglês e sem qualificação profissional, você tem muito mais chances de prosperar ficando no Brasil do que vindo pra Dubai.
Dubai não é o lugar para se "tentar a sorte" ou "aprender inglês". Por várias razões:
1 - Dificuldade de obtenção de visto. Ou você vem com um visto de trabalho, ou com um visto de visita, que se consegue de três formas:
1.a - reservando um hotel 4 ou mais estrelas (o hotel tratará de todo o processo para você);
1.b - alguém aqui banca o visto de visita pra você (obviamente o sheik não faz isso pra ninguém);
1.c - entrar com um pedido de visto na Embaixada dos Emirados Árabes em Brasília;
2 - Custo do "investimento". Para "tentar a sorte" por aqui pressupõe-se que você esteja disposto queimar uma boa reserva financeira (R$ 10 mil). Vamos aos custos desta aventura:
2.a. vôo: um vôo para Dubai custa pelo menos 3 mil reais;
2.b. acomodação: você não encontrará acomodações plausíveis por menos de 500 dólares/mês. Mas para isso, você sem falar inglês, você não conseguirá nem negociar um quarto;
3 - Barreira linguística: o inglês daqui não é um inglês fácil. Mesmo aqueles cujo língua materna é o inglês, enfrentam problemas por aqui, simplesmente porque os sotaques indiano, paquistanês e árabe são quase outra língua;
4 - Baixos salários. Se você não tem diploma universitário, o seu salário aqui será mais baixo que no Brasil. Isso porque existem centenas de milhares de indianos, paquistaneses, nepaleses e filipinos que aceitam ganhar salários de menos entre 500 e 2.000 dirhams/mês (250 - 1000 reais/mês). No país deles isso compensa, porque o custo de vida na Índia, Paquistão, Nepal e Filipinas é 10x menos do que no UAE. Indianos costumam morar em 10 em um quarto, penso que isso não vale a pena.
Taxistas ganham em torno de 1500 dirhams (R$ 750) por mês.
Seguranças trabalham 12h por dia 7 dias por semana e ganham em torno de 1200 dirhams (R$ 600).
Funcionários da construção civil ganham em torno de 600 dirhams (R$ 300).
Você considera isso razoável?
Um salário de R$ 1.000 no Brasil é até considerado um salário bom, mas aqui não. Com esse salário, você não vai conseguir pagar uma acomodação razoável, vai morar (muito) longe do trabalho, vai levar uma vida de semi-escravo e vai guardar menos dinheiro do que no Brasil (se guardar).
5 - Solidão S/A. Aqui é MUITO diferente do Brasil e os brasileiros que chegam aqui sentem o baque: não há arroz e feijão, não há mulheres bonitas de bumbum grande rebolando na praia. Aqui, as pessoas acham que o Maradona é brasileiro e que o Brasil fica "nos Estados Unidos". No verão faz 50 graus. Se você entrar em uma roubada no Brasil, você terá o suporte de sua família, de seus amigos. Se você entrar em uma roubada aqui, você estará sozinho, sem amigos e em um país onde poucos te entendem. É depressão na certa;
Um conselho ponta-firme do sheik: estude inglês e depois se candidate a uma vaga em alguns dos hotéis da cidade. Todas as grandes redes hoteleiras estão em Dubai e possuem sites na internet. Pesquise os posts anteriores e a própria rede e você os encontrará.
O salário para vagas sem qualificação nos hotéis é baixo, mas ao menos eles oferecem acomodação, com sorte, pagarão seu vôo de ida e volta. Você não guardará dinheiro, mas será um escravo mais feliz. Mas ainda acho que o Brasil é muito melhor...
Abraço de sheik!
Luís
Ola Luis, meu nome e Alan vargas tolentino
Gostaria muito de ir trabalhar em Dubai, você por gentileza poderia me dar umas dicas! Eu trabalhei como fiscal de loja durante um ano,
Só que, falo muito pouco o inglês Por favor, me diga se haveria uma chance para eu trabalhar ai em dubai eu sou daqui de Sergipe como eu faço pra entra em contato, Obrigado pela atenção.
Alan,
Meu conselho sincero: sem inglês e sem qualificação profissional (um diploma universitário), fica MUITO complicado vir pra Dubai.
Com todos os problemas que o Brasil tem, sem inglês e sem qualificação profissional, você tem muito mais chances de prosperar ficando no Brasil do que vindo pra Dubai.
Dubai não é o lugar para se "tentar a sorte" ou "aprender inglês". Por várias razões:
1 - Dificuldade de obtenção de visto. Ou você vem com um visto de trabalho, ou com um visto de visita, que se consegue de três formas:
1.a - reservando um hotel 4 ou mais estrelas (o hotel tratará de todo o processo para você);
1.b - alguém aqui banca o visto de visita pra você (obviamente o sheik não faz isso pra ninguém);
1.c - entrar com um pedido de visto na Embaixada dos Emirados Árabes em Brasília;
2 - Custo do "investimento". Para "tentar a sorte" por aqui pressupõe-se que você esteja disposto queimar uma boa reserva financeira (R$ 10 mil). Vamos aos custos desta aventura:
2.a. vôo: um vôo para Dubai custa pelo menos 3 mil reais;
2.b. acomodação: você não encontrará acomodações plausíveis por menos de 500 dólares/mês. Mas para isso, você sem falar inglês, você não conseguirá nem negociar um quarto;
3 - Barreira linguística: o inglês daqui não é um inglês fácil. Mesmo aqueles cujo língua materna é o inglês, enfrentam problemas por aqui, simplesmente porque os sotaques indiano, paquistanês e árabe são quase outra língua;
4 - Baixos salários. Se você não tem diploma universitário, o seu salário aqui será mais baixo que no Brasil. Isso porque existem centenas de milhares de indianos, paquistaneses, nepaleses e filipinos que aceitam ganhar salários de menos entre 500 e 2.000 dirhams/mês (250 - 1000 reais/mês). No país deles isso compensa, porque o custo de vida na Índia, Paquistão, Nepal e Filipinas é 10x menos do que no UAE. Indianos costumam morar em 10 em um quarto, penso que isso não vale a pena.
Taxistas ganham em torno de 1500 dirhams (R$ 750) por mês.
Seguranças trabalham 12h por dia 7 dias por semana e ganham em torno de 1200 dirhams (R$ 600).
Funcionários da construção civil ganham em torno de 600 dirhams (R$ 300).
Você considera isso razoável?
Um salário de R$ 1.000 no Brasil é até considerado um salário bom, mas aqui não. Com esse salário, você não vai conseguir pagar uma acomodação razoável, vai morar (muito) longe do trabalho, vai levar uma vida de semi-escravo e vai guardar menos dinheiro do que no Brasil (se guardar).
5 - Solidão S/A. Aqui é MUITO diferente do Brasil e os brasileiros que chegam aqui sentem o baque: não há arroz e feijão, não há mulheres bonitas de bumbum grande rebolando na praia. Aqui, as pessoas acham que o Maradona é brasileiro e que o Brasil fica "nos Estados Unidos". No verão faz 50 graus. Se você entrar em uma roubada no Brasil, você terá o suporte de sua família, de seus amigos. Se você entrar em uma roubada aqui, você estará sozinho, sem amigos e em um país onde poucos te entendem. É depressão na certa;
Um conselho ponta-firme do sheik: estude inglês e depois se candidate a uma vaga em alguns dos hotéis da cidade. Todas as grandes redes hoteleiras estão em Dubai e possuem sites na internet. Pesquise os posts anteriores e a própria rede e você os encontrará.
O salário para vagas sem qualificação nos hotéis é baixo, mas ao menos eles oferecem acomodação, com sorte, pagarão seu vôo de ida e volta. Você não guardará dinheiro, mas será um escravo mais feliz. Mas ainda acho que o Brasil é muito melhor...
Abraço de sheik!
Luís
28.11.07
Dear prudence
Como é difícil lidar com os próprios medos, controlá-los e não deixá-los crescerem e se tornarem uma incontrolável e perigosa crise de pânico. O ser humano em pânico é imprevisível.
Isso foi ontem de manhã. Vento de 20 knots, ondas de 1,76m. Intimida... e a competição é depois de amanhã. Alguns dizem que o vento só acaba no sábado, outros que o vento já acalma amanhã. Um passo de cada vez. Vamos ver no que dá.
Isso foi ontem de manhã. Vento de 20 knots, ondas de 1,76m. Intimida... e a competição é depois de amanhã. Alguns dizem que o vento só acaba no sábado, outros que o vento já acalma amanhã. Um passo de cada vez. Vamos ver no que dá.
Cavalos = Nad al Chiba
Rebeca Vieira Forti deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Diretivas para "Sheik Luís responde" e "Empregos"":
Olá Rebeca,
Essa é fácil. Tente estes links aqui:
- Dubai Racing Club
- Emirates Racing Authority
As corridas em Dubai ocorrem no circuito de Nad Al Chiba (ou Nad Al Sheeba, não importa, o correto só em árabe), que está sendo ampliado à revelia do Nad Al Sheeba Golf Course, que simplesmente ficou sabendo que iria deixar de existir após o anúncio das obras pelo sheik no ano passado após a Dubai World Cup, sem serem consultados. Simpático, né? Mas afinal, é golf, então tudo bem.
Há uns 8 meses atrás encontrei um jóquei profissional brasileiro que trabalha por aqui, segundo ele, "para o sheik" (há muitos sheiks por aqui, além de mim). Infelizmente não tenho o contato dele.
As corridas mais famosas são a "Dubai International Racing Carnival", que ocorre durante o Carnaval, e a "Dubai World Cup" (29 de março de 2008), evento até já tradicional, onde todo mundo vai vestido "de gala": mulheres de chapéu, homens de fraque. Dê uma conferida no site do Dubai Racing Club e você encontrará mais informações.
É isso aí, agora é só destrinchar os dois sites. Eles devem conter toda a informação que você procura. Boa sorte!
Abraço de sheik,
Luís
Boa tarde Sheik!
Sou brasileira, acabei de me formar em Direito aqui em Sao Paulo, sou apaixonada por cavalos e monto a muitos anos em competicoes. Vi uma reportagem sobre Dubai, a qual dizia estarem precisando de pessoas que saibam lidar com cavalos e que gostem muito. Me interessei pois gostaria demais de poder trabalhar com o que realmente gosto. Mas nao encontrei nada na internet , nem no jornal que vi a reportagem (Estado de Sao Paulo). Sera que vc tem como saber se ha algum site, ou hotel, ou, como eu poderia obter essas informacoes para me candidatar a lidar com esse tipo de emprego?
Agradeco superrr!
Bjos
Rebeca
Olá Rebeca,
Essa é fácil. Tente estes links aqui:
- Dubai Racing Club
- Emirates Racing Authority
As corridas em Dubai ocorrem no circuito de Nad Al Chiba (ou Nad Al Sheeba, não importa, o correto só em árabe), que está sendo ampliado à revelia do Nad Al Sheeba Golf Course, que simplesmente ficou sabendo que iria deixar de existir após o anúncio das obras pelo sheik no ano passado após a Dubai World Cup, sem serem consultados. Simpático, né? Mas afinal, é golf, então tudo bem.
Há uns 8 meses atrás encontrei um jóquei profissional brasileiro que trabalha por aqui, segundo ele, "para o sheik" (há muitos sheiks por aqui, além de mim). Infelizmente não tenho o contato dele.
As corridas mais famosas são a "Dubai International Racing Carnival", que ocorre durante o Carnaval, e a "Dubai World Cup" (29 de março de 2008), evento até já tradicional, onde todo mundo vai vestido "de gala": mulheres de chapéu, homens de fraque. Dê uma conferida no site do Dubai Racing Club e você encontrará mais informações.
É isso aí, agora é só destrinchar os dois sites. Eles devem conter toda a informação que você procura. Boa sorte!
Abraço de sheik,
Luís
Diretivas para "Sheik Luís responde" e "Empregos"
Cada vez mais chegam mais e mais perguntas pelos comentários. Cada vez mais, torna-se inviável respondê-las uma a uma. É uma pena. Seguem assim algumas diretivas que guiarão futuras respostas:
1) Seja específico.
Ao fazer uma pergunta, imagine como você a responderia para alguém que quisesse saber mais sobre a cidade onde você mora. Perguntas genéricas do tipo "Como é a vida em Dubai?" não serão respondidas. Para estas, a resposta já está no próprio conteúdo aqui publicado e em muitas outras fontes na internet.
2) Repetição de temas.
Antes de fazer uma pergunta, pesquise no histórico se alguma pergunta semelhante já foi respondida. O Sheik é uma alteza muito ocupada e não trocará o nheco-nheco com suas 15 concumbinas por responder perguntas repetidas.
3) O Sheik não é um agente de empregos.
O sheik gosta de responder perguntas de empregos, mas lembre-se: este NÃO É um site de empregos. O Sheik fala ATÉ de empregos em Dubai. A missão do sheik é evitar que as pessoas entrem em roubadas, achando que virão para cá para "ganhar milhões e comprar um ROLEX" varrendo o chão. Não irão.
Perguntas do tipo "Sheik, me dá um emprego em qualquer área, estou esperando uma oferta no meu e-mail" não serão respondidas.
O sheik, apesar de vegetariano, tenta ensinar a pescar (e com isso, aprender um pouco), mas jamais dá o peixe, já pescado e temperado, corre atrás de empresas ou intermedia contratos para ninguém, por uma simples falta de vocação. Para isso, existem as empresas de RH e os pescadores.
4) Capriche.
O sheik faz um esforço para entender esta dúvida cruel que atormenta sua alma. Pode escrever em português, espanhol, inglês, francês, árabe, esperanto, java, pascal, c++, lisp: o sheik usará todos os meios disponíveis para decifrar seu enigma. Mas por favor, capriche! O sheik não fala miguxês. Exitar ou hesitar? Alcansar ou alcançar? Errar é humano (até os sheiks erram), mas se pintar a dúvida, use o dicionário. A internet já facilita muito: http://www.priberam.pt.
Lembre-se que uma vez publicada, sua dúvida estará exposta a todos os usuários da rede mundial de computadores (isso! A internet! Uhuuuh!), e todos o admirarão por seu apreço pelo idioma em que escreve. Talvez algum leitor admirado até lhe ofereça um emprego!
5) Menos é mais.
O sheik recebe todos os comentários por e-mail. Não há necessidade de postar várias vezes o mesmo comentário.
6) Não fique triste se o Sheik não responder.
Saiba que o Sheik gostaria muito de responder todas as dúvidas. O Sheik chora todas as noites e se auto-flagela com 100 chibatadas, dá cabeçadas na parede e se força a 2 sessões sexuais com cada uma de suas 15 concumbinas antes de dormir para se redimir deste pesado fardo.
O silêncio ocasional do Sheik é uma paródia da própria condição humana: nem tudo na vida tem respostas. Outras vezes, a resposta já está escancaradamente exposta para aqueles que tem olhos para ver.
Seguindo estas diretrizes básicas, em breve você verá a resposta que salvará a sua vida sendo publicada aqui neste nobre espaço enquanto todas as criancinhas choram de júbilo.
É isso aí.
Abraço de sheik!
1) Seja específico.
Ao fazer uma pergunta, imagine como você a responderia para alguém que quisesse saber mais sobre a cidade onde você mora. Perguntas genéricas do tipo "Como é a vida em Dubai?" não serão respondidas. Para estas, a resposta já está no próprio conteúdo aqui publicado e em muitas outras fontes na internet.
2) Repetição de temas.
Antes de fazer uma pergunta, pesquise no histórico se alguma pergunta semelhante já foi respondida. O Sheik é uma alteza muito ocupada e não trocará o nheco-nheco com suas 15 concumbinas por responder perguntas repetidas.
3) O Sheik não é um agente de empregos.
O sheik gosta de responder perguntas de empregos, mas lembre-se: este NÃO É um site de empregos. O Sheik fala ATÉ de empregos em Dubai. A missão do sheik é evitar que as pessoas entrem em roubadas, achando que virão para cá para "ganhar milhões e comprar um ROLEX" varrendo o chão. Não irão.
Perguntas do tipo "Sheik, me dá um emprego em qualquer área, estou esperando uma oferta no meu e-mail" não serão respondidas.
O sheik, apesar de vegetariano, tenta ensinar a pescar (e com isso, aprender um pouco), mas jamais dá o peixe, já pescado e temperado, corre atrás de empresas ou intermedia contratos para ninguém, por uma simples falta de vocação. Para isso, existem as empresas de RH e os pescadores.
4) Capriche.
O sheik faz um esforço para entender esta dúvida cruel que atormenta sua alma. Pode escrever em português, espanhol, inglês, francês, árabe, esperanto, java, pascal, c++, lisp: o sheik usará todos os meios disponíveis para decifrar seu enigma. Mas por favor, capriche! O sheik não fala miguxês. Exitar ou hesitar? Alcansar ou alcançar? Errar é humano (até os sheiks erram), mas se pintar a dúvida, use o dicionário. A internet já facilita muito: http://www.priberam.pt.
Lembre-se que uma vez publicada, sua dúvida estará exposta a todos os usuários da rede mundial de computadores (isso! A internet! Uhuuuh!), e todos o admirarão por seu apreço pelo idioma em que escreve. Talvez algum leitor admirado até lhe ofereça um emprego!
5) Menos é mais.
O sheik recebe todos os comentários por e-mail. Não há necessidade de postar várias vezes o mesmo comentário.
6) Não fique triste se o Sheik não responder.
Saiba que o Sheik gostaria muito de responder todas as dúvidas. O Sheik chora todas as noites e se auto-flagela com 100 chibatadas, dá cabeçadas na parede e se força a 2 sessões sexuais com cada uma de suas 15 concumbinas antes de dormir para se redimir deste pesado fardo.
O silêncio ocasional do Sheik é uma paródia da própria condição humana: nem tudo na vida tem respostas. Outras vezes, a resposta já está escancaradamente exposta para aqueles que tem olhos para ver.
Seguindo estas diretrizes básicas, em breve você verá a resposta que salvará a sua vida sendo publicada aqui neste nobre espaço enquanto todas as criancinhas choram de júbilo.
É isso aí.
Abraço de sheik!
Técnico de futebol
KELLY GOLDONI deixou um novo comentário sobre a sua postagem " ... depois":
Olá Marcus,
Olha só: há vários brasileiros trabalhando há anos por aqui com futebol, alguns inclusive fazendo sucesso como os jogadores do Al Wasl, mas não tenho o contato com ninguém do mundo futebolístico por aqui.
O mercado aqui é relativamente pequeno e as vagas aqui já estão muito disputadas. Pra chegar por aqui, só através do contato com um empresário influente aqui.
Você já ouviu falar no Qatar? Lá eles montaram um centro de excelência em esportes com cursos para jovens, cujo garoto-propaganda é, inclusive, o Pelé. Você trabalha em um time expressivo no Brasil e inclusive com um público semelhante ao que eles têm por lá, de repente, é uma possibilidade. Tente contactá-los diretamente pelo site:
http://www.aspire.qa/intro.htm
Abraço de sheik,
Luís
OLÁ, BOM DIA!
SOU BRASILEIRO E COM MUITO INTERESSE EM TRABALHAR EM DUBAI.
SOU TÉCNICO DE FUTEBOL DO CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA, ONDE ESTOU HA 10 ANOS COMO TÉCNICO DA CATEGORIA SUB 15, SAGRANDO-SE CAMPEÃO ESTADUAL EM 2006 E ENCONTRO-ME NA FINAL PARA 2007.
POR FAVOR PODERIA ME ORIENTAR A QUEM DEVO PROCURAR, ENVIAR E MAIL COM MEU CURRICULO?!
AGUARDO SEU CONTATO POR E MAIL
Olá Marcus,
Olha só: há vários brasileiros trabalhando há anos por aqui com futebol, alguns inclusive fazendo sucesso como os jogadores do Al Wasl, mas não tenho o contato com ninguém do mundo futebolístico por aqui.
O mercado aqui é relativamente pequeno e as vagas aqui já estão muito disputadas. Pra chegar por aqui, só através do contato com um empresário influente aqui.
Você já ouviu falar no Qatar? Lá eles montaram um centro de excelência em esportes com cursos para jovens, cujo garoto-propaganda é, inclusive, o Pelé. Você trabalha em um time expressivo no Brasil e inclusive com um público semelhante ao que eles têm por lá, de repente, é uma possibilidade. Tente contactá-los diretamente pelo site:
http://www.aspire.qa/intro.htm
Abraço de sheik,
Luís
Médicos e profissionais de saúde
Muitos médicos deixando recados. E mais uma vez, vou citar os sites de empregos:
http://www.naukrigulf.com/ni/nijobsearch/farea-medical-healthcare/
Uma infinidade de oportunidades para dermatologistas, cirurgiões, clínicos gerais, paramédicos, cardiologistas, enfermeiras, técnicos em ultra-som.
Para dentistas, não vi nada até agora. Porque mesmo aqui, dentistas são um pouco mais independentes, mais profissionais liberais, trabalham em clínicas pequenas. Depois digo alguma coisa.
http://www.naukrigulf.com/ni/nijobsearch/farea-medical-healthcare/
Uma infinidade de oportunidades para dermatologistas, cirurgiões, clínicos gerais, paramédicos, cardiologistas, enfermeiras, técnicos em ultra-som.
Para dentistas, não vi nada até agora. Porque mesmo aqui, dentistas são um pouco mais independentes, mais profissionais liberais, trabalham em clínicas pequenas. Depois digo alguma coisa.
Eletricista industrial?
Thiago Mohamad deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Procurando emprego em Dubai":
Olá Thiago,
Pelo teu nome, você fala árabe, correto? Fala inglês? Vou te dizer uma coisa: a língua é mais imprescindível que a sua qualificação. Veja, por exemplo, o rapaz que projetou a Shatha Tower era especialista em construção de jaulas, mas falava inglês.
Brincadeiras a parte, vejo duas possibilidades para você encontrar emprego aqui:
1 - a mais fácil, confortável e barata: procurar nos sites internacionais de emprego. Dá uma olhadinha no Naukri Gulf ou no Monster Gulf, por exemplo:
http://www.naukrigulf.com/ni/nijobsearch/farea-projects/
http://jobsearch.monstergulf.com/category/construction.html
Tem MUITA oferta de emprego. Você se candidata para a vaga preenchendo um questionário em inglês e anexando o seu CV (em inglês), e aí é só esperar a(s) entrevista(s) no conforto do lar. O único problema é que Dubai está agora em evidência, e a cada vaga exposta na rede, os RHs das empresas são inundados de currículos (a maioria sem pé nem cabeça). Leva tempo para o RH fazer a triagem e com sorte te encontrar. Eles vão querer contratar a pessoa mais qualificada pelo menor preço;
2 - Compre uma passagem aérea, reserve um hotel por uma semana e venha para cá para um rallye profissional: visitar todas as grandes obras de Dubai, tentar falar com outras pessoas que desempenham a sua função e tentar arrancar algumas entrevistas. Estamos falando de estar disposto a fazer um investimento de pelo menos 5 mil reais nessa brincadeira. Com isso, se você tiver sorte, já consegue furar a enorme fila de entrevistas;
Ao negociar um contrato, tenha em mente que apesar do salário "tax free" (confirmar com a empresa!), só aluguel custa ao menos 800 dólares para as condições mínimas (um quarto, um banheiro em casa compartilhada). E a previsão é de aumento de pelo menos 20% ao ano... se a empresa não te oferecer acomodação, saiba que o salário tem que pelo menos, pagar um aluguel desses. E anota aí: aceitar proposta ruim "só pra vir a Dubai" é meio caminho para uma depressão profunda. Você não vai encontrar um lugar acessível para morar perto do trabalho, vai depender de transporte público pra se locomover e só vai ver homens na sua frente (imagine-se em um garimpo). Você vai se sentir o pior dos seres humanos e ficará chorando e suando noite adentro.
Morar e trabalhar em Dubai é diferente das coisas bonitas que a TV mostra e tem que haver alguma compensação. Se Dubai é o paraíso dos endinheirados, pode ser o inferno dos trabalhadores, se a mudança não for planejada, principalmente no verão. É isso aí.
Olá meu nome é Thiago Mohamad Abdel Jalil. Estou terminando um curso de eletricista industrial. Gostaria saber como eu faço para ir trabalhar em Dubai?
Olá Thiago,
Pelo teu nome, você fala árabe, correto? Fala inglês? Vou te dizer uma coisa: a língua é mais imprescindível que a sua qualificação. Veja, por exemplo, o rapaz que projetou a Shatha Tower era especialista em construção de jaulas, mas falava inglês.
Brincadeiras a parte, vejo duas possibilidades para você encontrar emprego aqui:
1 - a mais fácil, confortável e barata: procurar nos sites internacionais de emprego. Dá uma olhadinha no Naukri Gulf ou no Monster Gulf, por exemplo:
http://www.naukrigulf.com/ni/nijobsearch/farea-projects/
http://jobsearch.monstergulf.com/category/construction.html
Tem MUITA oferta de emprego. Você se candidata para a vaga preenchendo um questionário em inglês e anexando o seu CV (em inglês), e aí é só esperar a(s) entrevista(s) no conforto do lar. O único problema é que Dubai está agora em evidência, e a cada vaga exposta na rede, os RHs das empresas são inundados de currículos (a maioria sem pé nem cabeça). Leva tempo para o RH fazer a triagem e com sorte te encontrar. Eles vão querer contratar a pessoa mais qualificada pelo menor preço;
2 - Compre uma passagem aérea, reserve um hotel por uma semana e venha para cá para um rallye profissional: visitar todas as grandes obras de Dubai, tentar falar com outras pessoas que desempenham a sua função e tentar arrancar algumas entrevistas. Estamos falando de estar disposto a fazer um investimento de pelo menos 5 mil reais nessa brincadeira. Com isso, se você tiver sorte, já consegue furar a enorme fila de entrevistas;
Ao negociar um contrato, tenha em mente que apesar do salário "tax free" (confirmar com a empresa!), só aluguel custa ao menos 800 dólares para as condições mínimas (um quarto, um banheiro em casa compartilhada). E a previsão é de aumento de pelo menos 20% ao ano... se a empresa não te oferecer acomodação, saiba que o salário tem que pelo menos, pagar um aluguel desses. E anota aí: aceitar proposta ruim "só pra vir a Dubai" é meio caminho para uma depressão profunda. Você não vai encontrar um lugar acessível para morar perto do trabalho, vai depender de transporte público pra se locomover e só vai ver homens na sua frente (imagine-se em um garimpo). Você vai se sentir o pior dos seres humanos e ficará chorando e suando noite adentro.
Morar e trabalhar em Dubai é diferente das coisas bonitas que a TV mostra e tem que haver alguma compensação. Se Dubai é o paraíso dos endinheirados, pode ser o inferno dos trabalhadores, se a mudança não for planejada, principalmente no verão. É isso aí.
Marcadores:
Empregos,
Sheik Luís responde
27.11.07
Por falar em ondas...
... entrou no ar um novo site de monitoramento da orla de Dubai:
http://www.dubaicoast.ae/
Fotos das praias, altura das ondas (1,27 m!!! AAAAAAAAH!), temperatura do ar e da água, velocidade do vento.
Por falar em velocidade do vento, neste momento, 10,64 m/s = 38,31 km/h = mais de 20 nós (corrijam-me se eu estiver errado).
Vento suficiente para, por exemplo, arrancar a bóia branca de 50 cm de diâmetro e alguns quilinhos atada a um barco naufragado a pouco mais de 1 km da costa e jogá-la na praia. Ai ai ai...
http://www.dubaicoast.ae/
Fotos das praias, altura das ondas (1,27 m!!! AAAAAAAAH!), temperatura do ar e da água, velocidade do vento.
Por falar em velocidade do vento, neste momento, 10,64 m/s = 38,31 km/h = mais de 20 nós (corrijam-me se eu estiver errado).
Vento suficiente para, por exemplo, arrancar a bóia branca de 50 cm de diâmetro e alguns quilinhos atada a um barco naufragado a pouco mais de 1 km da costa e jogá-la na praia. Ai ai ai...
Ondas em Dubai
Foi só falar que não há ondas em Dubai para tudo mudar de um dia para o outro: previsão de ventos de 20 km/h amanhã. E o mar... bom, ontem tentei andar de caiaque, mas depois de 2 tentativas, desisti.
Dizem por aqui que é por conta da lua: durante a lua-cheia, há variações maiores das marés e fortes correnteza. O fim da lua-cheia traz além da correnteza ventos e por conseqüência ondas grandes.
Se esta relação está correta eu não sei, mas se o mar estiver assim na sexta... bom, mesmo com colete salva-vidas, vou ter que deixar a competição para "um momento mais oportuno".
Dizem por aqui que é por conta da lua: durante a lua-cheia, há variações maiores das marés e fortes correnteza. O fim da lua-cheia traz além da correnteza ventos e por conseqüência ondas grandes.
Se esta relação está correta eu não sei, mas se o mar estiver assim na sexta... bom, mesmo com colete salva-vidas, vou ter que deixar a competição para "um momento mais oportuno".
Siglas
25.11.07
Notícias de hoje
1) Saiu no rádio: o sheik concedeu um aumento de 70% aos servidores públicos. Isso mesmo: 70%. Os sheiks são assim: misericordiosos e benevolentes. Aumenta os salários e vê o dinheirinho retornando sob a forma de aluguéis. Coitado que não participou da festa: vai ter que suportar com o mesmo salário o aumento dos preços que certamente virá de carona nessa enxurrada de dinheiro na praça;
2) Mas até a Etisalat não ficou muito atrás: concedeu aumento de 25% a todos os seus trabalhadores;
Fazia tempo que não via números tão vultosos. Mas também fazia tempo que não via preços como o de aluguéis subirem tão agressivamente. Isso me lembra os "gatilhos salariais" do governo Sarney.
Antes de continuar com as notícias, é bom esclarecer algo também: o dirham tem um câmbio fixo ao dólar (US$ 1 = 3,67 DH). Somente por conta da desvalorização da moeda americana, o dirham perdeu 15% de seu poder de compra no último ano, com efeito direto nos preços no UAE (leia-se inflação). Analistas agora dizem (ou especulam, tentando forjar uma verdade?) que o fim do câmbio fixo está próximo e sugerem que o melhor seria primeiramente uma brusca valorização da moeda seguida de uma mudança no sistema de pagamentos do país para utilização de uma cesta de moedas. Entendeu? Obviamente, eu não reclamaria.
É claro que outros fatores colaboram com a alta nos preços: a consistente imigração também tem sua parcela de culpa, principalmente nos preços de acomodação em Dubai. Segundo reportagem do GulfNews, chegam anualmente à cidade aproximadamente 300 mil pessoas (crescimento populacional acima de 20%) e a previsão para os aluguéis é de alta pelos próximos 2 anos... segura o tchan, moçadinha! Estamos falando de uma previsão de aumento nos aluguéis superior a 20%.
Mas pára de chorar, leitor. Dia 1 de dezembro tem concerto da gost... da bonita moçoila libanesa rainha dos baixinhos do mundo árabe: Nancy Ajram. Vai ser no Aviation Club. E a maior dúvida dos fãs é: será que ela vai cantar de calça jeans? O negócio é fantasiar-se de baixinho e conferir ali pertinho do palco. Mas nada de fotos, hein?
2) Mas até a Etisalat não ficou muito atrás: concedeu aumento de 25% a todos os seus trabalhadores;
Fazia tempo que não via números tão vultosos. Mas também fazia tempo que não via preços como o de aluguéis subirem tão agressivamente. Isso me lembra os "gatilhos salariais" do governo Sarney.
Antes de continuar com as notícias, é bom esclarecer algo também: o dirham tem um câmbio fixo ao dólar (US$ 1 = 3,67 DH). Somente por conta da desvalorização da moeda americana, o dirham perdeu 15% de seu poder de compra no último ano, com efeito direto nos preços no UAE (leia-se inflação). Analistas agora dizem (ou especulam, tentando forjar uma verdade?) que o fim do câmbio fixo está próximo e sugerem que o melhor seria primeiramente uma brusca valorização da moeda seguida de uma mudança no sistema de pagamentos do país para utilização de uma cesta de moedas. Entendeu? Obviamente, eu não reclamaria.
É claro que outros fatores colaboram com a alta nos preços: a consistente imigração também tem sua parcela de culpa, principalmente nos preços de acomodação em Dubai. Segundo reportagem do GulfNews, chegam anualmente à cidade aproximadamente 300 mil pessoas (crescimento populacional acima de 20%) e a previsão para os aluguéis é de alta pelos próximos 2 anos... segura o tchan, moçadinha! Estamos falando de uma previsão de aumento nos aluguéis superior a 20%.
Mas pára de chorar, leitor. Dia 1 de dezembro tem concerto da gost... da bonita moçoila libanesa rainha dos baixinhos do mundo árabe: Nancy Ajram. Vai ser no Aviation Club. E a maior dúvida dos fãs é: será que ela vai cantar de calça jeans? O negócio é fantasiar-se de baixinho e conferir ali pertinho do palco. Mas nada de fotos, hein?
Árabe fede?
Maria perguntou:
Olha Maria, justiça seja feita: emiratis - homens e mulheres - são maníacos por limpeza. Os homens prezam pela candora branquinha e bem passada. Lavam seus veículos de lata quase todos os dias, enchem-nos de tapetinhos de pele de carneiro e perfumes. Ambos, homens e mulheres, carregam no perfume. Não é qualquer perfume: é o údi, ou Oud, ou Ud (certo mesmo, só em árabe), que é um perfume doce e por vezes asfixiante de tão forte.
É uma pena que nem todo árabe é cheiroso como os locais. Há cada "asa"... é uma pena as escrituras religiosas não mencionarem nada sobre lavar o subaco. Ao menos, ninguém tem chulé: lavam o pé 5x ao dia.
Agora, indianos ganham o prêmio "Red bull te dá asas". Tenho sempre o cuidado de evitar propagar generalizações preconceituosas: é claro que nem todo indiano fede. E há uma diferença entre exalar um pouco o cheiro do tempero forte da comida (cebola, pimenta assassina, curry) e uma potente subaqueira. Mas suspeito que alguns passam no corpo algum creme de anõezinhos mortos. E devem achar bonito. Tá louco. Viva o ud. Ou údi. Oud.
uma outra coisinha : eles fedem mesmo?? Como são os hábitos de banho dos árabes? e as mulheres fedem ?
Olha Maria, justiça seja feita: emiratis - homens e mulheres - são maníacos por limpeza. Os homens prezam pela candora branquinha e bem passada. Lavam seus veículos de lata quase todos os dias, enchem-nos de tapetinhos de pele de carneiro e perfumes. Ambos, homens e mulheres, carregam no perfume. Não é qualquer perfume: é o údi, ou Oud, ou Ud (certo mesmo, só em árabe), que é um perfume doce e por vezes asfixiante de tão forte.
É uma pena que nem todo árabe é cheiroso como os locais. Há cada "asa"... é uma pena as escrituras religiosas não mencionarem nada sobre lavar o subaco. Ao menos, ninguém tem chulé: lavam o pé 5x ao dia.
Agora, indianos ganham o prêmio "Red bull te dá asas". Tenho sempre o cuidado de evitar propagar generalizações preconceituosas: é claro que nem todo indiano fede. E há uma diferença entre exalar um pouco o cheiro do tempero forte da comida (cebola, pimenta assassina, curry) e uma potente subaqueira. Mas suspeito que alguns passam no corpo algum creme de anõezinhos mortos. E devem achar bonito. Tá louco. Viva o ud. Ou údi. Oud.
24.11.07
Rápidas antes de dormir
Uuuuuuaiiiii... mas que sono. Mas antes de dormir, aqui vão algumas respostas do sheik:
Ludimila Schiavon deixou um novo comentário sobre a sua postagem "... depois":
Hmmmmmmmmmmmmm... não.
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Ludimila, os sheiks são assim mesmo: oniscientes, onipresentes, atemporais. Por esta razão, não faz muito sentido em falar como por aqui aportei, justamente porque, dada a nossa atemporalidade (novamente o plural: o sheik é um e são muitos), este tipo de questão definitivamente não faz sentido.
Mas os sheiks também são benevolentes, misericordiosos. Sheik que é sheik manda prendê e depois manda soltá. Proíbe, e depois, em um ato de bondade cobrido pela imprensa, permite. Não responde, mas mostra o caminho através de respostas cifradas a serem interpretadas pelo Conselho de Sábios da Montanha.
E vai aqui mais uma mensagem aos Sábios da Montanha: internet. Ah, os malefícios e benefícios da senhora Globalização: ceifa centenas de empregos em um canto do globo e os recria, em zonas onde as pessoas trabalham em troca de um picolé e do dinheiro do busão. Globalização que cria uma zona seleta de empregos globais disponíveis nas regiões mais ignotas da internet apenas àqueles que falam a Língua do Império, a Novilíngua.
Chega de bobabem. Ludimila, eu te aconselho a dar uma olhadinha nos sites internacionais de empregos. Agora ficou até mais fácil, porque um destes sites abriu uma filial por aqui, onde é possível pesquisar empregos em todos os países árabes do Golfo:
http://www.monstergulf.com/
Os empregos se concentram por razões óbvias em Petróleo e Gás, Construção Civil, e um pouco de IT.
Caríssima Ludimila,
Uma vez encontrado um emprego aqui, sendo bem negociadas as condições de visto, acomodação e transporte, não há porque não vir.
Dubai tem muitos defeitos, mas é inegavelmente a cidade mais cosmopolita da região, onde o choque cultural de um ocidental é menor (não que seja pequeno).
A sociedade aqui é mais machista que no Brasil, mas nada que te impeça de pintar o cabelo ou levar uma vida independente. Dubai é uma cidade de estrangeiros, que são mais de 80% da população. Quem mora aqui, está cada vez mais acostumado com a diferença.
Há muitas mulheres que vêm pra cá sozinhas também para trabalhar, acredite! Conheço sírias, iranianas, marroquinas, francesas, inglesas, portuguesas e até brasileiras que aqui estão sozinhas no rock.
A não ser que você lide exclusivamente com árabes no trabalho, você provavelmente manterá hábitos semelhantes no ambiente profissional.
Glória DF deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Surf em Dubai":
Olha... tem tanta conchinha na areia da praia que o barulho mais provável é "créc-créc". Agora... se você pisar num prato de comida deixado por um farofeiro na praia, o barulho será "glitch!".
Uaaaai, que sono. É tanto post na sessão "Sheik Luís responde" que, daqui a pouco, mudaremos o nome disso para "Diálogos com um sheik". Meia-noite e dois por aqui. Massalama, turminha.
Abraço de sheik.
Ludimila Schiavon deixou um novo comentário sobre a sua postagem "... depois":
mas vc não explica como é que vc chegou por essas bandas. Conta pra mim, vai!?
Hmmmmmmmmmmmmm... não.
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Ludimila, os sheiks são assim mesmo: oniscientes, onipresentes, atemporais. Por esta razão, não faz muito sentido em falar como por aqui aportei, justamente porque, dada a nossa atemporalidade (novamente o plural: o sheik é um e são muitos), este tipo de questão definitivamente não faz sentido.
Mas os sheiks também são benevolentes, misericordiosos. Sheik que é sheik manda prendê e depois manda soltá. Proíbe, e depois, em um ato de bondade cobrido pela imprensa, permite. Não responde, mas mostra o caminho através de respostas cifradas a serem interpretadas pelo Conselho de Sábios da Montanha.
E vai aqui mais uma mensagem aos Sábios da Montanha: internet. Ah, os malefícios e benefícios da senhora Globalização: ceifa centenas de empregos em um canto do globo e os recria, em zonas onde as pessoas trabalham em troca de um picolé e do dinheiro do busão. Globalização que cria uma zona seleta de empregos globais disponíveis nas regiões mais ignotas da internet apenas àqueles que falam a Língua do Império, a Novilíngua.
Chega de bobabem. Ludimila, eu te aconselho a dar uma olhadinha nos sites internacionais de empregos. Agora ficou até mais fácil, porque um destes sites abriu uma filial por aqui, onde é possível pesquisar empregos em todos os países árabes do Golfo:
http://www.monstergulf.com/
Os empregos se concentram por razões óbvias em Petróleo e Gás, Construção Civil, e um pouco de IT.
(...)
Agora vai a minha dúvida. Eu sou mulher, tenho 27 anos, sou solteira e pinto o cabelo de loiro. Sou formada, falo bem inglês, espanhol, italiano, arranho alguma coisa de árabe. Será que tem lugar aí pra mim ou é arriscado demais?
Caríssima Ludimila,
Uma vez encontrado um emprego aqui, sendo bem negociadas as condições de visto, acomodação e transporte, não há porque não vir.
Dubai tem muitos defeitos, mas é inegavelmente a cidade mais cosmopolita da região, onde o choque cultural de um ocidental é menor (não que seja pequeno).
A sociedade aqui é mais machista que no Brasil, mas nada que te impeça de pintar o cabelo ou levar uma vida independente. Dubai é uma cidade de estrangeiros, que são mais de 80% da população. Quem mora aqui, está cada vez mais acostumado com a diferença.
Há muitas mulheres que vêm pra cá sozinhas também para trabalhar, acredite! Conheço sírias, iranianas, marroquinas, francesas, inglesas, portuguesas e até brasileiras que aqui estão sozinhas no rock.
A não ser que você lide exclusivamente com árabes no trabalho, você provavelmente manterá hábitos semelhantes no ambiente profissional.
Glória DF deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Surf em Dubai":
.... mas... e a areia , faz fofi-fofi quando a gente anda ?? dava pra responder ???
Olha... tem tanta conchinha na areia da praia que o barulho mais provável é "créc-créc". Agora... se você pisar num prato de comida deixado por um farofeiro na praia, o barulho será "glitch!".
Uaaaai, que sono. É tanto post na sessão "Sheik Luís responde" que, daqui a pouco, mudaremos o nome disso para "Diálogos com um sheik". Meia-noite e dois por aqui. Massalama, turminha.
Abraço de sheik.
23.11.07
O gênio da lâmpada
Era uma vez um sheik que ia de camelo para o trabalho. No seu caminho, ele passava por uma avenida onde muitas pessoas, não conscientes do dever a cumprir com a pátria, com as criancinhas e com o planeta, apostavam corrida. Ele sempre sofria com as pessoas que corriam no caminho para chegar primeiro na fila do elevador da favela onde ele trabalhava. E no andar em que trabalhava, era como um galinheiro: sujo, fedido, e barulhento.
Eis que um dia, um poluidor muito malvado tentou ultrapassar outro poluidor e passou pertinho do camelo do sheik. O camelo se assustou e derrubou o sheik de cabeça em uma duna do deserto. Quando o sheik levantou da cratera que fez na areia, achou ali uma lâmpada.
- Olha, que legaaaal... uma lâmpada de ouro! Estou rico! Endinheirado! - disse o sheik. E começou a lustrar a jóia que encontrara - agora poderei comprar o meu ROLEX...
R-O-L-E-X: ele disse a palavra mágica. Neste momento, sai uma nuvem da lâmpada, e dela surge um homem tossindo:
- Cof, cof, cof! Marhaba sheik! Chocran ktir, tizak hambra! Eu estava preso nesta merda de lâmpada há anos. Ainda bem que Sua Alteza me libertou desta bosta de vida. Concedo-lhe, assim, 3 desejos.
O sheik então pensou. Olhou para seu camelo, para a corrida de malvados, olhou para o gênio e disse sem titubear:
- Respeitável Gênio. Para não contrariar Vossa Excelência, eu aceito a sua oferta. Meus desejos são:
1 - eu quero para sempre uma estrada só pra mim, para eu poder ir para o trabalho tranqüilo em meu camelo;
2 - eu quero para sempre trabalhar em uma favela onde eu não precise esperar 30 minutos pelo elevador;
3 - eu quero para sempre trabalhar em um lugar limpo e silencioso;
O gênio pensou, estalou os dedos e disse:
- Seus pedidos são uma ordem! Seus desejos serão atendidos em breve, ainda hoje... - chacoalhou então o seu ROLEX e foi para a praia ao lado andar de kite surf.
- Obrigado, Gênio. Mas... mas... e o que eu faço com esta lâmpada?
O gênio gritou lá de longe:
- Enfia!
O sheik então enfiou a lâmpada em seu alforje e seguiu ansioso para seu trabalho. "Mal posso esperar", disse ele.
Mas ficou desconfiado quando viu que o trânsito no caminho continuava uma merda. Quando chegou no elevador e esperou 40 minutos para subir, com um monte de bigodudos fedidos cortando a fila e encostando, teve certeza:
- Aquele gênio me enganou! Filho-da-puta!
Chegou chorando ao seu andar. Que lástima. Abriu desanimado o computador e compreendeu que o gênio não havia se esquecido dele. Lá estava um e-mail enviado com um dedo do gênio. O e-mail dizia assim:
E foi assim que o Sheik trabalhou durante todo o fim-de-semana, que obviamente, durou uma eternidade. Teve a estrada do caminho para o trabalho só para ele e seu camelo, não pegou filas no elevador, trabalhou em silêncio. Curiosamente, naquele exato final de semana, uma das praias que o sheik costumava freqüentar sofreu um ataque de loiras ninfomaníacas enquanto o sheik trabalhava, que molestaram todos os homens que ali estavam. Estes depois classificaram o episódio como "o melhor momento de suas vidas".
MORAL DA ESTÓRIA
Não existe almoço grátis. E se alguém falar que é "Gênio da Lâmpada", encha-o de porrada.
Eis que um dia, um poluidor muito malvado tentou ultrapassar outro poluidor e passou pertinho do camelo do sheik. O camelo se assustou e derrubou o sheik de cabeça em uma duna do deserto. Quando o sheik levantou da cratera que fez na areia, achou ali uma lâmpada.
- Olha, que legaaaal... uma lâmpada de ouro! Estou rico! Endinheirado! - disse o sheik. E começou a lustrar a jóia que encontrara - agora poderei comprar o meu ROLEX...
R-O-L-E-X: ele disse a palavra mágica. Neste momento, sai uma nuvem da lâmpada, e dela surge um homem tossindo:
- Cof, cof, cof! Marhaba sheik! Chocran ktir, tizak hambra! Eu estava preso nesta merda de lâmpada há anos. Ainda bem que Sua Alteza me libertou desta bosta de vida. Concedo-lhe, assim, 3 desejos.
O sheik então pensou. Olhou para seu camelo, para a corrida de malvados, olhou para o gênio e disse sem titubear:
- Respeitável Gênio. Para não contrariar Vossa Excelência, eu aceito a sua oferta. Meus desejos são:
1 - eu quero para sempre uma estrada só pra mim, para eu poder ir para o trabalho tranqüilo em meu camelo;
2 - eu quero para sempre trabalhar em uma favela onde eu não precise esperar 30 minutos pelo elevador;
3 - eu quero para sempre trabalhar em um lugar limpo e silencioso;
O gênio pensou, estalou os dedos e disse:
- Seus pedidos são uma ordem! Seus desejos serão atendidos em breve, ainda hoje... - chacoalhou então o seu ROLEX e foi para a praia ao lado andar de kite surf.
- Obrigado, Gênio. Mas... mas... e o que eu faço com esta lâmpada?
O gênio gritou lá de longe:
- Enfia!
O sheik então enfiou a lâmpada em seu alforje e seguiu ansioso para seu trabalho. "Mal posso esperar", disse ele.
Mas ficou desconfiado quando viu que o trânsito no caminho continuava uma merda. Quando chegou no elevador e esperou 40 minutos para subir, com um monte de bigodudos fedidos cortando a fila e encostando, teve certeza:
- Aquele gênio me enganou! Filho-da-puta!
Chegou chorando ao seu andar. Que lástima. Abriu desanimado o computador e compreendeu que o gênio não havia se esquecido dele. Lá estava um e-mail enviado com um dedo do gênio. O e-mail dizia assim:
Prezado Sheik,
Extraordinariamente neste fim-de-semana vamos estar fazendo uma manutenção nos sistemas e vamos estar contando com a sua colaboração para um esforço extra, enquanto eu estarei me divertindo com minhas concumbinas.
Por favor, esteja aqui na empresa durante todo o fim-de-semana às 8 da manhã.
Ass. O Poderoso, Impiedoso e Inquestionável Sheik Chefe
E foi assim que o Sheik trabalhou durante todo o fim-de-semana, que obviamente, durou uma eternidade. Teve a estrada do caminho para o trabalho só para ele e seu camelo, não pegou filas no elevador, trabalhou em silêncio. Curiosamente, naquele exato final de semana, uma das praias que o sheik costumava freqüentar sofreu um ataque de loiras ninfomaníacas enquanto o sheik trabalhava, que molestaram todos os homens que ali estavam. Estes depois classificaram o episódio como "o melhor momento de suas vidas".
MORAL DA ESTÓRIA
Não existe almoço grátis. E se alguém falar que é "Gênio da Lâmpada", encha-o de porrada.
Sheik para as crianças
E a comunidade infantil em Dubai não pára de crescer. Desta forma, ciente do seu dever a cumprir com a pátria e com as criancinhas, o sheik lança agora uma nova sessão, "Sheik para as crianças", onde ele ensina as novas gerações a sobreviver no paraíso dos endinheirados em tempos de aquecimento global.
Cada estória é uma releitura de famosos e consagrados contos infantis, terminando sempre com uma MORAL DA ESTÓRIA.
E com vocês, uma foto da Lara. É isso aí.
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Sheik para as crianças
Casando com emiratis
Daniela Sosco deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Sheik Luís responde: quem é o Sheik?":
Olá moça,
Não sei se isso é verdade não, provavelmente é mentira, mas isso não é muito aceito pelas famílias locais. Mas quem se casa com estrangeiras, não tem dim-dim do governo para cobrir as despesas da festa e da compra de uma nova casa.
Isso não impede os rapazes de aproveitar-se da fama de endinheirados para contar algumas mentiras, chupar algumas frutas estrangeiras até o caroço (aqui só cresce tâmaras), e depois se casar com 2 ou 3 locais.
Na verdade, eu já vi vários casais de homens locais com mulheres estrangeiras, mas nunca uma garota local com um estrangeiro. Isso ocorre principalmente com os rapazes que saem de Dubai para estudar fora do país.
A pergunta que uma brasileira atraída por um emirati tem que se fazer é: você estaria disposta a todo sacrifício ... por amor? Por este sacrifício, entenda-se:
1) adaptar-se à cultura local;
2) aceitar a poligamia do marido;
3) usar abaya;
4) achar bonito os móveis em estilo ro-co-có que seu sogro vai te dar;
5) gostar de bigode;
Não quero com isso dizer que um está certo ou errado, mas apenas deixar claro que há diferenças culturais consideráveis entre a sociedade brasileira e a local.
Há sim pessoas que atravessaram essa barreira: há algum tempo, um brasileiro aqui me contou espantado que em um dos shoppings da cidade ouviu alguém falando português no telefone, e quando se virou, deu com um casal árabe. Ela, de abaya, pediu gentilmente para ele conversar à distância, não dar a mão ou beijar. O marido ao lado jamais entenderia.
Olá Luis como vai?
Ouvi dizer que o Sheikh proibiu os homens de Dubai de se casarem estrangeiras, gostaria de saber se é verdade. Desde já obrigada!
Olá moça,
Não sei se isso é verdade não, provavelmente é mentira, mas isso não é muito aceito pelas famílias locais. Mas quem se casa com estrangeiras, não tem dim-dim do governo para cobrir as despesas da festa e da compra de uma nova casa.
Isso não impede os rapazes de aproveitar-se da fama de endinheirados para contar algumas mentiras, chupar algumas frutas estrangeiras até o caroço (aqui só cresce tâmaras), e depois se casar com 2 ou 3 locais.
Na verdade, eu já vi vários casais de homens locais com mulheres estrangeiras, mas nunca uma garota local com um estrangeiro. Isso ocorre principalmente com os rapazes que saem de Dubai para estudar fora do país.
A pergunta que uma brasileira atraída por um emirati tem que se fazer é: você estaria disposta a todo sacrifício ... por amor? Por este sacrifício, entenda-se:
1) adaptar-se à cultura local;
2) aceitar a poligamia do marido;
3) usar abaya;
4) achar bonito os móveis em estilo ro-co-có que seu sogro vai te dar;
5) gostar de bigode;
Não quero com isso dizer que um está certo ou errado, mas apenas deixar claro que há diferenças culturais consideráveis entre a sociedade brasileira e a local.
Há sim pessoas que atravessaram essa barreira: há algum tempo, um brasileiro aqui me contou espantado que em um dos shoppings da cidade ouviu alguém falando português no telefone, e quando se virou, deu com um casal árabe. Ela, de abaya, pediu gentilmente para ele conversar à distância, não dar a mão ou beijar. O marido ao lado jamais entenderia.
Enfermeira em Dubai
Em 24/10/2007, Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Médicos e enfermeiros em Dubai":
Olá minha cara.
Primeiro de tudo, desculpe-me pela enorme demora. A esta altura, você já está morando em Dubai, correto?
Olha só: sem inglês ou árabe, é impossível trabalhar por aqui, mas acho que você está em uma situação favorável.
Venha para cá, use os 6 primeiros meses para ganhar fluência no inglês, e aí sim, parta para a busca de empregos.
Existe demanda para enfermeiros, e já estar em Dubai facilita as coisas. Atente para o fato que provavelmente eles vão te pedir algum certificado inglês ou americano, mas isso você pode descobrir em uma conversa diretamente em um dos hospitais da cidade, ok?
Boa sorte!
Olá Sheik
Gostaria de ter sua opnião.
Em breve irei morar com meu marido em Dubai, ele tem emprego certo. Eu sou enfermeira e não falo inglês fluente, tenho chance de trabalhar como enfermeira em Dubai?
Olá minha cara.
Primeiro de tudo, desculpe-me pela enorme demora. A esta altura, você já está morando em Dubai, correto?
Olha só: sem inglês ou árabe, é impossível trabalhar por aqui, mas acho que você está em uma situação favorável.
Venha para cá, use os 6 primeiros meses para ganhar fluência no inglês, e aí sim, parta para a busca de empregos.
Existe demanda para enfermeiros, e já estar em Dubai facilita as coisas. Atente para o fato que provavelmente eles vão te pedir algum certificado inglês ou americano, mas isso você pode descobrir em uma conversa diretamente em um dos hospitais da cidade, ok?
Boa sorte!
Você mora em Dubai Media City?
Ricardo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Sheik Luís responde: quem é o Sheik?":
Caro Ricardo,
Eu não moro em Media City. Os sheiks são onipresentes, estão em todos os lugares, e não estão em nenhum lugar.
Dubai Media City é onde passo o melhor de minhas horas, praticando meu hobby favorito: trabalhar. Pois é, meu caro: eu trabalho por esporte. Aliás, como todo endinheirado, né? Pergunte ao Antonio Ermírio de Moraes porque ele nunca tira férias. E olha que ele poderia simplesmente parar e ficar num destes paraísos dos endinheirados, nu de rolex e pulseira de ouro, pronto para o sexo casual com a primeira endinheirada (ou endinheirado, sei lá) que aparecer. Mas ele trabalha.
Mas isso não vem ao caso, e convenhamos, não tem nada a ver com a sua pergunta. Deixemos o Antonio Ermírio quieto com seu império e com seu esporte favorito. Atenhamo-nos a suas dúvidas: Dubai Media City é mais uma "city" em Dubai. Há uma meia-dúzia de casas apenas em Media City, ao lado da American University e morar ali nem é tanto uma questão de dinheiro, mas de chegar primeiro: quem chegou primeiro e alugou, levou. Agora ninguém aluga mais. Dubai Media City não é um bairro residencial: é um bairro comercial, mais especificamente, destinado às empresas de comunicação (propaganda, jornal, rádio, TV).
Pensando bem, nem é bom morar tão perto assim do trabalho. Hobby em excesso faz mal à saúde.
Abraço de Sheik!
Olá Sheik,
você mora em Dubai media city ??
Caro Ricardo,
Eu não moro em Media City. Os sheiks são onipresentes, estão em todos os lugares, e não estão em nenhum lugar.
Dubai Media City é onde passo o melhor de minhas horas, praticando meu hobby favorito: trabalhar. Pois é, meu caro: eu trabalho por esporte. Aliás, como todo endinheirado, né? Pergunte ao Antonio Ermírio de Moraes porque ele nunca tira férias. E olha que ele poderia simplesmente parar e ficar num destes paraísos dos endinheirados, nu de rolex e pulseira de ouro, pronto para o sexo casual com a primeira endinheirada (ou endinheirado, sei lá) que aparecer. Mas ele trabalha.
Mas isso não vem ao caso, e convenhamos, não tem nada a ver com a sua pergunta. Deixemos o Antonio Ermírio quieto com seu império e com seu esporte favorito. Atenhamo-nos a suas dúvidas: Dubai Media City é mais uma "city" em Dubai. Há uma meia-dúzia de casas apenas em Media City, ao lado da American University e morar ali nem é tanto uma questão de dinheiro, mas de chegar primeiro: quem chegou primeiro e alugou, levou. Agora ninguém aluga mais. Dubai Media City não é um bairro residencial: é um bairro comercial, mais especificamente, destinado às empresas de comunicação (propaganda, jornal, rádio, TV).
Pensando bem, nem é bom morar tão perto assim do trabalho. Hobby em excesso faz mal à saúde.
Abraço de Sheik!
Surf em Dubai
Leo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "30 de novembro: Dubai Shamaal":
Caro Leo,
Nas praias de Dubai, não há nenhum lugar que alugue pranchas de surf. Aliás, não há muita coisa nas praias: não há quiosques vendendo caipirinha (ainda bem! Quiosques privatizam o espaço público, condicionando sua estada em um lugar público ao consumo), não há pessoas vendendo pulseirinhas de merda ou qualquer outro lixo (estou revoltado hoje), não há pessoas alugando prancha de surf. Com sorte, você aluga um caiaque. Salvo se você estiver em alguma praia paga de algum resort, aí talvez seja diferente. Mas pelo preço do ingresso, talvez compense comprar uma prancha! Você poderá, isso sim, fazer aulas de Kite Surf, aquele negócio de surfar com um pára-quedas. Você vai encontrar os instrutores na areia da praia.
Conselho de sheik: reduza um pouco suas expectativas em relação às praias de Dubai. Embora a mídia faça um esforço para vender Dubai como o paraíso dos endinheirados, vamos botar os pingos nos "i"s: Dubai não é Ibiza.
Até tem endinheirados e tal, mas nada de pessoas nuas na praia, de rolex e pulseiras de ouro, prontas para um sexo casual com o primeiro que aparece.
As praias de Dubai se assemelham mais a uma praia de beira-de-rio de uma cidade remota do interior, sobretudo nos bairros árabes. O árabe tem um certo desdém pela praia, não tem essa necessidade ocidental de se jogar nu na areia como se o mundo fosse acabar ontem. O árabe apenas pega o seu barquinho, pesca um peixe e volta pra casa. Quando muito, dá um passeio de roupa ou de jipe pela praia, só pra conferir se seu 4x4 ainda funciona.
Quando chegar por aqui, se quiser conferir um pouco mais de praias, aqui vão algumas dicas de lugares para ir:
1) Praia de Jebel Ali: há 45 km do centro de Dubai, era uma praia deserta (não tem nada lá, fica literalmente, no meio do deserto) preferida do povo do Kite surf que pode surfar sem medo de matar alguém com uma pranchada na cabeça. Agora a praia foi parcialmente fechada, por conta de um dos projetos megalomaníacos da região. Leve água, comida e um GPS para não se perder! :-)
2) Kite Surf Beach: 3 praias antes do Burj Al Arab, tem de tudo: é um reduto da turma do caiaque, do kite surf, de ocidentais e árabes farofeiros, de indianos e paquistaneses tarados. A turma do caiaque rema, a do kite surf atropela os banhistas, os ocidentais fazem churrasco na praia, os árabes andam de 4x4 e os indianos e paquistaneses nadam de cueca e ficam de pipi duro olhando descaradamente para as inglesas branquelas que tomam sol de biquinis que parecem as calcinhas da minha avó.
3) Jumeirah Beach Park: você paga 5 dirhams para entrar e conta com uma certa infraestrutura: área para churrasco, salva-vidas, lanchonete, banheiros e vigilantes para impedir que casais se beijem, que indianos nadem de cueca, e que qualquer um tire foto de mulheres na praia. Certifique-se de não ir em dias de "Ladys only", quando apenas mulheres podem entrar.
4) Al Mamzar Park: na divisa de Dubai com Sharjah, é um Jumeirah Beach Park três vezes maior, freqüentado essencialmente por árabes, que conta com praias com vista para as obras da Palm Deira, gramado (onde a turma joga bola), lanchonete, half-pipe (para skate e patins), área para churrascos, etc, etc, etc. Também se paga 5 dirhams de entrada.
E por último, alguns regras indispensáveis:
1) Não tire fotos de bundas na praia!
2) Não olhe para mulheres na praia!
3) Não beije em público, especialmente na praia!
Desrespeitando as regras acima, você corre um sério risco de ser preso.
Isso também é Dubai. Dubai Futebol Clube, o paraíso dos endinheirados.
surf ski? rola surf em dubai?
o sheik vo passar ai em dezembro, quem sabe rola umas ondas
parece que em jebel ali rola de vez em nunca, http://www.youtube.com/watch?v=9D7A-mtUdNI
soh nao pretendo leva prancha, acho q aluga na praia eh impossivel tb
aonde vc anda de caiaque tem prancha?
Caro Leo,
Nas praias de Dubai, não há nenhum lugar que alugue pranchas de surf. Aliás, não há muita coisa nas praias: não há quiosques vendendo caipirinha (ainda bem! Quiosques privatizam o espaço público, condicionando sua estada em um lugar público ao consumo), não há pessoas vendendo pulseirinhas de merda ou qualquer outro lixo (estou revoltado hoje), não há pessoas alugando prancha de surf. Com sorte, você aluga um caiaque. Salvo se você estiver em alguma praia paga de algum resort, aí talvez seja diferente. Mas pelo preço do ingresso, talvez compense comprar uma prancha! Você poderá, isso sim, fazer aulas de Kite Surf, aquele negócio de surfar com um pára-quedas. Você vai encontrar os instrutores na areia da praia.
Conselho de sheik: reduza um pouco suas expectativas em relação às praias de Dubai. Embora a mídia faça um esforço para vender Dubai como o paraíso dos endinheirados, vamos botar os pingos nos "i"s: Dubai não é Ibiza.
Até tem endinheirados e tal, mas nada de pessoas nuas na praia, de rolex e pulseiras de ouro, prontas para um sexo casual com o primeiro que aparece.
As praias de Dubai se assemelham mais a uma praia de beira-de-rio de uma cidade remota do interior, sobretudo nos bairros árabes. O árabe tem um certo desdém pela praia, não tem essa necessidade ocidental de se jogar nu na areia como se o mundo fosse acabar ontem. O árabe apenas pega o seu barquinho, pesca um peixe e volta pra casa. Quando muito, dá um passeio de roupa ou de jipe pela praia, só pra conferir se seu 4x4 ainda funciona.
Quando chegar por aqui, se quiser conferir um pouco mais de praias, aqui vão algumas dicas de lugares para ir:
1) Praia de Jebel Ali: há 45 km do centro de Dubai, era uma praia deserta (não tem nada lá, fica literalmente, no meio do deserto) preferida do povo do Kite surf que pode surfar sem medo de matar alguém com uma pranchada na cabeça. Agora a praia foi parcialmente fechada, por conta de um dos projetos megalomaníacos da região. Leve água, comida e um GPS para não se perder! :-)
2) Kite Surf Beach: 3 praias antes do Burj Al Arab, tem de tudo: é um reduto da turma do caiaque, do kite surf, de ocidentais e árabes farofeiros, de indianos e paquistaneses tarados. A turma do caiaque rema, a do kite surf atropela os banhistas, os ocidentais fazem churrasco na praia, os árabes andam de 4x4 e os indianos e paquistaneses nadam de cueca e ficam de pipi duro olhando descaradamente para as inglesas branquelas que tomam sol de biquinis que parecem as calcinhas da minha avó.
3) Jumeirah Beach Park: você paga 5 dirhams para entrar e conta com uma certa infraestrutura: área para churrasco, salva-vidas, lanchonete, banheiros e vigilantes para impedir que casais se beijem, que indianos nadem de cueca, e que qualquer um tire foto de mulheres na praia. Certifique-se de não ir em dias de "Ladys only", quando apenas mulheres podem entrar.
4) Al Mamzar Park: na divisa de Dubai com Sharjah, é um Jumeirah Beach Park três vezes maior, freqüentado essencialmente por árabes, que conta com praias com vista para as obras da Palm Deira, gramado (onde a turma joga bola), lanchonete, half-pipe (para skate e patins), área para churrascos, etc, etc, etc. Também se paga 5 dirhams de entrada.
E por último, alguns regras indispensáveis:
1) Não tire fotos de bundas na praia!
2) Não olhe para mulheres na praia!
3) Não beije em público, especialmente na praia!
Desrespeitando as regras acima, você corre um sério risco de ser preso.
Isso também é Dubai. Dubai Futebol Clube, o paraíso dos endinheirados.
17.11.07
Foi estuprada? Chibata nela!
Notícia bizarra sobre um caso de estupro na Arábia Saudita. Seria risível se não fosse verdade: uma garota que foi estuprada por 7 rapazes foi condenada a 90 chibatas pelo crime de 'estar em um carro com um homem que não é da família'. Ao recorrer da sentença, os juízes mudaram a pena para... 200 chibatadas. Sem comentários.
A notícia saiu aqui no Gulf News.
Aliás... será que isso realmente é verdade?!
A notícia saiu aqui no Gulf News.
Aliás... será que isso realmente é verdade?!
16.11.07
Pra quem gosta de salsa
Este post entra meio torto nesta sessão "Aconteceu em Dubai". Deveria estar na verdade em uma sessão "Vai rolar". Mas como tudo que "vai rolar", acaba inevitavelmente tornando-se passado, fica por aqui mesmo.
Você, leitor assíduo deste blog, já sabe que em Dubai há muito homem. Já sabe também que uma das poucas maneiras de se evitar ser tratado como estuprador pelas mulheres é aprender salsa, deixar um bigodinho sem-vergonha, rebolar e aí então ser tratado por elas - libanesas, russas, européias, sul-americanas - como um latin lover, e assim, descobrir o Eldorado das Calcinhas, e ter a chance de realizar as mais pervertidas fantasias sexuais porque elas sabem que "os latinos são calientes".
É assim, meus amiguinhos! Um indiano de cueca na praia de pênis ereto, mãos dadas com o amigo secando a mulherada é um tarado. Um rapaz de bigodinho sem-vergonha, pênis ereto, rebolando, boca semi-aberta, lingua massageando o lábio inferior na pista de dança e gritando "Ai, ai, ai arriiiiiba" é um latino caliente. Oras...
Enfim, a escolha é tua: ir para a praia de cueca, ou aprender a dançar salsa.
E para você que já é Mestre da Salsa, colecionador de calcinhas femininas (uma de cada país), aqui vai uma dica de sheik: Dubai International Latin & Salsa Festival 2007, que acontecerá de 22 a 24 de novembro. Vai rolar de tudo: baladas, concertos, workshops, concurso de dança.
Enfim, o sheik dá as dicas. Agora é contigo, leitor!
14.11.07
Dubai High Society
E este é o Sidney Taju, rodeado de duas beldades no Barasti, uma meio-polonesa-meio-o quê?, a outra, armênia.
O camarada lia o blog lá em Maputo, Moçambique e agora está de férias, curtindo o Rock'n'roll em Dubai.
Isso é Dubai Futebol Clube: onde há Rock'n'Roll, não há fronteiras.
***
Depois de tanta bobagem, o sheik vai dormir. Massalama!
O camarada lia o blog lá em Maputo, Moçambique e agora está de férias, curtindo o Rock'n'roll em Dubai.
Isso é Dubai Futebol Clube: onde há Rock'n'Roll, não há fronteiras.
***
Depois de tanta bobagem, o sheik vai dormir. Massalama!
13.11.07
Endinheirados
E a mídia disse: Dubai é o paraíso de arquitetos e endinheirados.
Paraíso a 50 graus no verão... está mais para purgatório, não? Mas enfim, se a mídia falou quem sou em para duvidar?
Resolvi então descobrir a VERDADE sobre Dubai junto aos ENDINHEIRADOS que aqui moram. Vejam o que este egípcio tem a dizer:
Ah, leitor ignorante... não entendeu o que ele falou? Mas tudo bem, o egípcio teve compaixão de você.
Porque os egípcios são endinheirados.
Os egípcios falam vários idiomas.
Os egípcios têm a força da grana que ergue e destrói coisas belas.
Um egípcio marcava gol na Princesa Diana.
Enfim, os egípcios são F*DAS.
Por essas e outras, está aqui um presente do egípcio Hussein, mais um endinheirado que mora em Dubai, falando a sua língua:
Paraíso a 50 graus no verão... está mais para purgatório, não? Mas enfim, se a mídia falou quem sou em para duvidar?
Resolvi então descobrir a VERDADE sobre Dubai junto aos ENDINHEIRADOS que aqui moram. Vejam o que este egípcio tem a dizer:
Ah, leitor ignorante... não entendeu o que ele falou? Mas tudo bem, o egípcio teve compaixão de você.
Porque os egípcios são endinheirados.
Os egípcios falam vários idiomas.
Os egípcios têm a força da grana que ergue e destrói coisas belas.
Um egípcio marcava gol na Princesa Diana.
Enfim, os egípcios são F*DAS.
Por essas e outras, está aqui um presente do egípcio Hussein, mais um endinheirado que mora em Dubai, falando a sua língua:
Arrotando caviar
E a mídia brasileira anda abusando de notícias sobre Dubai e Emirados Árabes. Só essa semana eu recebi ao menos 4 mensagens de amigos com as seguintes notícias:
1. Emirados Árabes: Dubai vira paraíso de arquitetos e endinheirados (Folha de São Paulo - 11/10/2007)
Arrôti. Até consigo ver o Athaíde Patreze dizendo "simplesmente um luuuuuxo". Por alguma razão acabei lembrando de uma conversa com outro sheik aqui que disse que viu uma entrevista na TV com um psicanalista que falava sobre a relação "sonhos aristocráticos x felicidade". É isso, galera. O que importa é o amor, esta coisa linda que une cinquentões endinheirados a esbeltas apresentadoras de programa infantil.
2. Esquiadores deslizam na neve em pista cravada no deserto de Dubai (Folha de São Paulo - 07/11/2007)
Cá entre nós, foi-se o tempo em que o Mall of Emirates, onde fica o Ski Dubai, estava "cravado no deserto", né? Al Barsha hoje não chega a ser um "bairro" propriamente dito, mas está no meio da nova "cidade" que vai tomando forma. Aliás, Dubai é uma "cidade"? Mas tudo bem, dada a intenção de impressionar o potencial turista, passa.
Perguntar não ofende: Algum dedo da Emirates nisso? Hein? Hein? Heeeein???
3. Ferrari e seu parque temático dos sonhos (Estado de São Paulo - 07/11/2007)
Tá bom. Vamos dar um desconto: Abu Dhabi é a terra da Etihad, que não tem vôos para o Brasil. E de novo me vem a cabeça a tal história do psicanalista: Ferrari... Dubai... endinheirados... putz.
4. Recentemente, uma reportagem do SBT passou por aqui. Na semana passada, foi uma da TV Record. E agora, tchans! Segundo minha mãe, a Hebe Camargo está por aqui.
Perguntar não ofende: algum dedinhozinho pititico da Emirates nisso? Alô jornalistas, assessores de imprensa: notícia plantada... é notícia? Aliás, existe notícia na imprensa que não é de certo modo... plantada? Vamos lá leitor, dê a sua opinião e ganhe um Iate e 15 concumbinas de presente do Sheik.
ATENÇÃO, Dona Hebe Camargo, se você realmente estiver por aqui, entre em contato com o sheik. Quero mandar um alô pra minha mãe que assiste seu programa fazendo bordado mas não tem coragem de entrar num avião como você.
1. Emirados Árabes: Dubai vira paraíso de arquitetos e endinheirados (Folha de São Paulo - 11/10/2007)
Arrôti. Até consigo ver o Athaíde Patreze dizendo "simplesmente um luuuuuxo". Por alguma razão acabei lembrando de uma conversa com outro sheik aqui que disse que viu uma entrevista na TV com um psicanalista que falava sobre a relação "sonhos aristocráticos x felicidade". É isso, galera. O que importa é o amor, esta coisa linda que une cinquentões endinheirados a esbeltas apresentadoras de programa infantil.
2. Esquiadores deslizam na neve em pista cravada no deserto de Dubai (Folha de São Paulo - 07/11/2007)
Cá entre nós, foi-se o tempo em que o Mall of Emirates, onde fica o Ski Dubai, estava "cravado no deserto", né? Al Barsha hoje não chega a ser um "bairro" propriamente dito, mas está no meio da nova "cidade" que vai tomando forma. Aliás, Dubai é uma "cidade"? Mas tudo bem, dada a intenção de impressionar o potencial turista, passa.
Perguntar não ofende: Algum dedo da Emirates nisso? Hein? Hein? Heeeein???
3. Ferrari e seu parque temático dos sonhos (Estado de São Paulo - 07/11/2007)
Tá bom. Vamos dar um desconto: Abu Dhabi é a terra da Etihad, que não tem vôos para o Brasil. E de novo me vem a cabeça a tal história do psicanalista: Ferrari... Dubai... endinheirados... putz.
4. Recentemente, uma reportagem do SBT passou por aqui. Na semana passada, foi uma da TV Record. E agora, tchans! Segundo minha mãe, a Hebe Camargo está por aqui.
Perguntar não ofende: algum dedinhozinho pititico da Emirates nisso? Alô jornalistas, assessores de imprensa: notícia plantada... é notícia? Aliás, existe notícia na imprensa que não é de certo modo... plantada? Vamos lá leitor, dê a sua opinião e ganhe um Iate e 15 concumbinas de presente do Sheik.
ATENÇÃO, Dona Hebe Camargo, se você realmente estiver por aqui, entre em contato com o sheik. Quero mandar um alô pra minha mãe que assiste seu programa fazendo bordado mas não tem coragem de entrar num avião como você.
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Aconteceu em Dubai,
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5.11.07
Anistia
Ao escrever no post anterior eu falei de "vans e ônibus porta-escravos", lembrei de mais uma: há alguns meses, o governo do UAE promoveu uma grande campanha de anistia a trabalhadores ilegais. Com isso, dezenas de milhares de trabalhadores ilegais - a maioria paquistaneses e indianos - receberam a chance para legalizar sua situação e voltar para seu país de origem.
Foi um esforço tremendo: companhias aéreas oferecendo vôos adicionais a preços mais cômodos, instituições de caridade levantando fundos para pagar passagens aéreas para os mais necessitados. Teve até vôo gratuito. Por fim, dada a impossibilidade de processar o visto de tanta gente, o processo foi estendido até 3 de novembro.
Durante este período, eu estava me perguntando de que maneira essa anistia afetaria a minha vida. Não foi necessário esperar muito:
1) Nos últimos dias da anistia, o funcionário sri-lanquês (sri-lankers? sri-jonsters?! Sri-lankators???!) da imobiliária que coletava o meu aluguel e o dos demais inquilinos subalocados (ilegalmente) em várias das casas geridas por ela aproveitou a anistia e resolveu para seu país. Não avisou ninguém e levou consigo 25 mil dirhams em dinheiro-vivo coletado dos inquilinos e não repassados à imobiliária. Obviamente, a imobiliária não teve como dar queixa na polícia;
2) De quebra, levou consigo sua esposa e outros funcionários, que juntos coordenavam a limpeza das casas alugadas. Resumo: agora eles precisaram contratar serviços de uma empresa especializada de limpeza. Eles prometem limpeza 2x por semana, na prática, ela está ocorrendo 2x por mês;
3) o serviço de entrega de um restaurante perto de casa ficou suspenso por algumas semanas. A justificativa: "estamos resolvendo uma questão de visto do nosso entregador";
4) está chegando a época de renovar o meu aluguel. Tudo indica que o aumento será de pelo menos 17% após 6 meses. A justificativa: "o dono da casa quer aumento", "a manutenção ficou mais cara", ... compreensível, né? Afinal, 3.000 reais em média de aluguel de cada morador de cada casa é realmente uma quantia insuficiente para pagar visto e salário de fome para o sujeito da limpeza e manter o sagrado lucro.
É isso pessoal. Trabalho quase-escravo ilegal sustentando lucros astronômicos é também Dubai, Dubai Futebol Clube.
Foi um esforço tremendo: companhias aéreas oferecendo vôos adicionais a preços mais cômodos, instituições de caridade levantando fundos para pagar passagens aéreas para os mais necessitados. Teve até vôo gratuito. Por fim, dada a impossibilidade de processar o visto de tanta gente, o processo foi estendido até 3 de novembro.
Durante este período, eu estava me perguntando de que maneira essa anistia afetaria a minha vida. Não foi necessário esperar muito:
1) Nos últimos dias da anistia, o funcionário sri-lanquês (sri-lankers? sri-jonsters?! Sri-lankators???!) da imobiliária que coletava o meu aluguel e o dos demais inquilinos subalocados (ilegalmente) em várias das casas geridas por ela aproveitou a anistia e resolveu para seu país. Não avisou ninguém e levou consigo 25 mil dirhams em dinheiro-vivo coletado dos inquilinos e não repassados à imobiliária. Obviamente, a imobiliária não teve como dar queixa na polícia;
2) De quebra, levou consigo sua esposa e outros funcionários, que juntos coordenavam a limpeza das casas alugadas. Resumo: agora eles precisaram contratar serviços de uma empresa especializada de limpeza. Eles prometem limpeza 2x por semana, na prática, ela está ocorrendo 2x por mês;
3) o serviço de entrega de um restaurante perto de casa ficou suspenso por algumas semanas. A justificativa: "estamos resolvendo uma questão de visto do nosso entregador";
4) está chegando a época de renovar o meu aluguel. Tudo indica que o aumento será de pelo menos 17% após 6 meses. A justificativa: "o dono da casa quer aumento", "a manutenção ficou mais cara", ... compreensível, né? Afinal, 3.000 reais em média de aluguel de cada morador de cada casa é realmente uma quantia insuficiente para pagar visto e salário de fome para o sujeito da limpeza e manter o sagrado lucro.
É isso pessoal. Trabalho quase-escravo ilegal sustentando lucros astronômicos é também Dubai, Dubai Futebol Clube.
Dubai on the rocks
De volta ao rock, algumas notas curtas sobre o que tem mudado por aqui nos últimos tempos:
Chuva
No último sábado, caiu a primeira chuva pós-verão. Não foi suficiente para molhar ou alagar, mas é um indicador claro da mudança de estação. Logo mais em um mês, já estará frio, e pouca gente vai se aventurar a entrar no mar.
Mapa de Dubai no Google Maps
O Google disponibilizou um mapa das ruas de Dubai. Através dele, é possível realizar pesquisas (ainda incipientes) de estabelecimentos comerciais, e buscar direções.
Imagem: Google Maps.
Salik, um "sucesso"
E entrou há já 3 ou 4 meses em operação o Salik, o "inteligente" pedágio de Dubai, com dois pontos de cobrança na Sheik Zayed: Ponte Garhoud e após o Mall of the Emirates. Segundo a RTA, o Salik é "um sucesso". Como tudo em Dubai, claro.
Realmente, é um sucesso: conseguiu a façanha de transferir o tráfego pesado da Sheik Zayed Road, uma auto-estrada com 6 faixas, para as vias locais nas redondezas do pedágio, como Al Wasl Road, Jumeira Beach Road e Al Soufouh Road.
Agora, a maior parte dos veículos que se dirigem do centro de Dubai para Media City, Marina e Jebel Ali - e principalmente os veículos pesados: caminhões com destino ao porto de Jebel Ali, vans e ônibus porta-escravos - desviam na altura do Mall of the Emirates para a via local, a Al Sofouh Road, para evitar a tarifa de 4 dirhams.
Com isso, o que já era difícil - trafegar de bicicleta por esta via - tornou-se uma aventura extremamente perigosa.
Obrigado, RTA! Sucesso!
Imagem: Google Maps.
Postos de gasolina x Cartões de crédito
Há aproximadamente dois meses, todas as redes de postos de gasolina de Dubai passaram a cobrar uma tarifa de 1,65% sobre todo pagamento efetuado com cartões de crédito. A queda de braço entre os postos de gasolina e operadoras de cartão de crédito se agravou e agora nenhum cartão de crédito é mais aceito. Pagamento em postos de gasolina, só em ca$h.
Vale lembrar que em Dubai não há sistemas de pagamento eletrônico on line como o redeshop no Brasil, por exemplo, em que você efetua pagamentos diretamente com o cartão da sua conta corrente. Desta forma, os cartões de crédito é uma das únicas formas de efetuar compra sem a necessidade de carregar dinheiro em espécie ou os arcaicos talões de cheque.
Chuva
No último sábado, caiu a primeira chuva pós-verão. Não foi suficiente para molhar ou alagar, mas é um indicador claro da mudança de estação. Logo mais em um mês, já estará frio, e pouca gente vai se aventurar a entrar no mar.
Mapa de Dubai no Google Maps
O Google disponibilizou um mapa das ruas de Dubai. Através dele, é possível realizar pesquisas (ainda incipientes) de estabelecimentos comerciais, e buscar direções.
Imagem: Google Maps.
Salik, um "sucesso"
E entrou há já 3 ou 4 meses em operação o Salik, o "inteligente" pedágio de Dubai, com dois pontos de cobrança na Sheik Zayed: Ponte Garhoud e após o Mall of the Emirates. Segundo a RTA, o Salik é "um sucesso". Como tudo em Dubai, claro.
Realmente, é um sucesso: conseguiu a façanha de transferir o tráfego pesado da Sheik Zayed Road, uma auto-estrada com 6 faixas, para as vias locais nas redondezas do pedágio, como Al Wasl Road, Jumeira Beach Road e Al Soufouh Road.
Agora, a maior parte dos veículos que se dirigem do centro de Dubai para Media City, Marina e Jebel Ali - e principalmente os veículos pesados: caminhões com destino ao porto de Jebel Ali, vans e ônibus porta-escravos - desviam na altura do Mall of the Emirates para a via local, a Al Sofouh Road, para evitar a tarifa de 4 dirhams.
Com isso, o que já era difícil - trafegar de bicicleta por esta via - tornou-se uma aventura extremamente perigosa.
Obrigado, RTA! Sucesso!
Imagem: Google Maps.
Postos de gasolina x Cartões de crédito
Há aproximadamente dois meses, todas as redes de postos de gasolina de Dubai passaram a cobrar uma tarifa de 1,65% sobre todo pagamento efetuado com cartões de crédito. A queda de braço entre os postos de gasolina e operadoras de cartão de crédito se agravou e agora nenhum cartão de crédito é mais aceito. Pagamento em postos de gasolina, só em ca$h.
Vale lembrar que em Dubai não há sistemas de pagamento eletrônico on line como o redeshop no Brasil, por exemplo, em que você efetua pagamentos diretamente com o cartão da sua conta corrente. Desta forma, os cartões de crédito é uma das únicas formas de efetuar compra sem a necessidade de carregar dinheiro em espécie ou os arcaicos talões de cheque.
4.11.07
Garimpo Airways
A mulher anuncia o início do check-in. Apesar do avião ter poltronas numeradas, todos se amontoam na fila para "chegar primeiro".
Já na aeronave, três rapazes na mesma fileira: um na janela esquerda, um no corredor, outro na janela direita.
O da ponta entretém-se com seu nariz: seu dedo esquerdo passeia narina adentro. Ele não tem pressa e agora contempla a enorme catota semi-transparente que pende em seu indicador em riste. Sem cerimônias, faz uma catapulta com o polegar e ops! Lá está a catota enfeitando a aeronave, pendurada próxima à janela.
O rapaz ao lado do corredor marca presença: faz calor e seus pés deslizam no líquido intersticial entre o pé e a sandália, misto de suor, queijo e anõezinhos mortos. Ele tira o pé da sandália e o enxuga no carpete do avião. Estica o pé e mexe os artelhos. Êita coisa boa! Ele está gripado. O excesso de secreção em suas vias respiratórias o incomoda. Ao menos, sua alimentação está garantida: durante todo o vôo, roncos e puxadas profundas para depois se ouvir o barulho dos músculos da garganta forçando o líquido espesso estômago adentro - glut! Às vezes o muco irrita a garganta e vem aquela vontade incontrolável de tossir. Ainda bem que tem um espaço grande no corredor. Espaço suficiente para tossir sem a mão na frente, propisciando aos que estão ao lado o peculiar prazer de respirar ar com cheiro de entranhas pútrefas.
A aeromoça passa com uma bandeja de balas e lenços higiênicos: enche-se a mão de balas. Não é todo dia que se tem o privilégio de chupar balas. A aeromoça segue seu caminho e o rapaz ao lado da janela a chama: quer mais uma toalhinha higiênica, talvez para mandar de lembrança para a namorada com um bilhetinho "Princesa, aqui é só sucesso: andei de avião!".
O avião se estabiliza no ar. Hora de usar o banheiro do avião. Chique! Tem sabão líquido. Eau de toilet. Nobre. Hora de voltar a poltrona para que? Hora da merenda!
Todos comem toda a comida, direitinho. Pedem um extra para a aeromoça. Afinal, o trabalho no garimpo é extenuante, toda energia é bem-vinda. Ah! Que gostoso, né? Tem até um palito-de-dente. Para o rapaz da janela à direita, palitar é insuficiente: sempre tem aquele fiapo enroscado ali naquele cantinho. Nada que uma boa puxadinha de saliva não resolva. E o avião vira uma sinfonia de sons aspirados, de líquidos e ar correndo entre os dentes. Glixi. Rixi. Riiiixi. Viiiixi... Pupts! (expulsando o fiapo da boca).
Ao final do vôo, o rapaz do outro lado do corredor estranha a sacola presa em frente a minha poltrona. De quem será esta sacola? Será que "alguém" esqueceu? Ele estica a mão e a puxa para cima, para fora da bolsa que guarda também instruções de emergência e revistas. Olhar para o rapaz é insuficiente. Com um sorriso cínico, puxo a sacola, enrolo-a novamente e volto a colocá-la onde estava.
Ele está realmente inquieto. Não vai dormir de noite se não souber o que é aquilo. Pende o corpo, estica o braço através do corredor e tira a sacola da bolsa a minha frente. Olha dentro dela e pergunta com um ar de espanto: "WHAT IS THIS?"
"MY chocolate". Compreensível: esses produtos industrializados - sacola plástica, chocolate - não chegam ao garimpo. "Excuse-me" - Puxo a sacola e a amarro em minha bolsa de mão para não deixar dúvidas.
Por fim, o avião pousa no garimpo levantando poeira. Todos se acotovelam para sair da aeronave. De volta ao lar. Que alívio! Chega dessa coisa sombria e sofisticada chamada civilização.
Já na aeronave, três rapazes na mesma fileira: um na janela esquerda, um no corredor, outro na janela direita.
O da ponta entretém-se com seu nariz: seu dedo esquerdo passeia narina adentro. Ele não tem pressa e agora contempla a enorme catota semi-transparente que pende em seu indicador em riste. Sem cerimônias, faz uma catapulta com o polegar e ops! Lá está a catota enfeitando a aeronave, pendurada próxima à janela.
O rapaz ao lado do corredor marca presença: faz calor e seus pés deslizam no líquido intersticial entre o pé e a sandália, misto de suor, queijo e anõezinhos mortos. Ele tira o pé da sandália e o enxuga no carpete do avião. Estica o pé e mexe os artelhos. Êita coisa boa! Ele está gripado. O excesso de secreção em suas vias respiratórias o incomoda. Ao menos, sua alimentação está garantida: durante todo o vôo, roncos e puxadas profundas para depois se ouvir o barulho dos músculos da garganta forçando o líquido espesso estômago adentro - glut! Às vezes o muco irrita a garganta e vem aquela vontade incontrolável de tossir. Ainda bem que tem um espaço grande no corredor. Espaço suficiente para tossir sem a mão na frente, propisciando aos que estão ao lado o peculiar prazer de respirar ar com cheiro de entranhas pútrefas.
A aeromoça passa com uma bandeja de balas e lenços higiênicos: enche-se a mão de balas. Não é todo dia que se tem o privilégio de chupar balas. A aeromoça segue seu caminho e o rapaz ao lado da janela a chama: quer mais uma toalhinha higiênica, talvez para mandar de lembrança para a namorada com um bilhetinho "Princesa, aqui é só sucesso: andei de avião!".
O avião se estabiliza no ar. Hora de usar o banheiro do avião. Chique! Tem sabão líquido. Eau de toilet. Nobre. Hora de voltar a poltrona para que? Hora da merenda!
Todos comem toda a comida, direitinho. Pedem um extra para a aeromoça. Afinal, o trabalho no garimpo é extenuante, toda energia é bem-vinda. Ah! Que gostoso, né? Tem até um palito-de-dente. Para o rapaz da janela à direita, palitar é insuficiente: sempre tem aquele fiapo enroscado ali naquele cantinho. Nada que uma boa puxadinha de saliva não resolva. E o avião vira uma sinfonia de sons aspirados, de líquidos e ar correndo entre os dentes. Glixi. Rixi. Riiiixi. Viiiixi... Pupts! (expulsando o fiapo da boca).
Ao final do vôo, o rapaz do outro lado do corredor estranha a sacola presa em frente a minha poltrona. De quem será esta sacola? Será que "alguém" esqueceu? Ele estica a mão e a puxa para cima, para fora da bolsa que guarda também instruções de emergência e revistas. Olhar para o rapaz é insuficiente. Com um sorriso cínico, puxo a sacola, enrolo-a novamente e volto a colocá-la onde estava.
Ele está realmente inquieto. Não vai dormir de noite se não souber o que é aquilo. Pende o corpo, estica o braço através do corredor e tira a sacola da bolsa a minha frente. Olha dentro dela e pergunta com um ar de espanto: "WHAT IS THIS?"
"MY chocolate". Compreensível: esses produtos industrializados - sacola plástica, chocolate - não chegam ao garimpo. "Excuse-me" - Puxo a sacola e a amarro em minha bolsa de mão para não deixar dúvidas.
Por fim, o avião pousa no garimpo levantando poeira. Todos se acotovelam para sair da aeronave. De volta ao lar. Que alívio! Chega dessa coisa sombria e sofisticada chamada civilização.
3.11.07
Burrocracia 2
Bom pessoal,
Apos um cochilo, fiquei entediado dessa coisa de aeroporto e vim de novo aqui na internet gratuita do aeroporto. Descobri algumas coisas:
1 - brasileiros nao tem mesmo visto automatico para o Qatar;
2 - residentes no GCC tem visto automatico MAS realmente depende da profissao (e do cara que esta na alfandega no momento). Para evitar problemas, o melhor jeito e mesmo aplicar online antes de vir pra ca;
Mas eu fiquei realmente encafifado: eu desconfio que o cara da alfandega de fato NAO CONHECE o processo direito e deu uma resposta qualquer.
Resolvi arriscar de novo, agora atraves dos tunisianos que trabalham na Qatar Airways. Povo simpatico, enquanto alguns perguntavam se as praias do Rio sao melhores que as de Dubai (pergunta dificil), um pegou meu passaporte e foi la esclarecer em arabe para depois me explicar em frances: de fato, e realmente possivel para residentes no GCC obter o visto na entrada, MAS realmente depende da profissao.
Ate onde consegui esclarecer, engenheiros esta na lista de visto automatico. MAS... no meu visto alguem escreveu que em vez de engenheiro, sou um "tatuir" (desenvolvedor, em arabe). Generico, nao?
Ta explicado. Ao menos os tunisianos quebraram meu galho e anteciparam meu voo. So tenho a agradecer: Chocran Barsha!
Apos um cochilo, fiquei entediado dessa coisa de aeroporto e vim de novo aqui na internet gratuita do aeroporto. Descobri algumas coisas:
1 - brasileiros nao tem mesmo visto automatico para o Qatar;
2 - residentes no GCC tem visto automatico MAS realmente depende da profissao (e do cara que esta na alfandega no momento). Para evitar problemas, o melhor jeito e mesmo aplicar online antes de vir pra ca;
Mas eu fiquei realmente encafifado: eu desconfio que o cara da alfandega de fato NAO CONHECE o processo direito e deu uma resposta qualquer.
Resolvi arriscar de novo, agora atraves dos tunisianos que trabalham na Qatar Airways. Povo simpatico, enquanto alguns perguntavam se as praias do Rio sao melhores que as de Dubai (pergunta dificil), um pegou meu passaporte e foi la esclarecer em arabe para depois me explicar em frances: de fato, e realmente possivel para residentes no GCC obter o visto na entrada, MAS realmente depende da profissao.
Ate onde consegui esclarecer, engenheiros esta na lista de visto automatico. MAS... no meu visto alguem escreveu que em vez de engenheiro, sou um "tatuir" (desenvolvedor, em arabe). Generico, nao?
Ta explicado. Ao menos os tunisianos quebraram meu galho e anteciparam meu voo. So tenho a agradecer: Chocran Barsha!
Burrocracia
Post quentinho e sem acentos direto do aeroporto de Doha :-) :
- Hey sir, is it transfer or immigration?
- Immigration.
- This queue, please.
Na hora de mostrar o passaporte, parecia tudo tranquilo:
- Brazilian?
- Yes.
- Qatar Airways?
- Yes.
- Credit Card?
- Yes.
- It's 55 riyals.
- Ok.
Mas ai ela comeca a folhear o passaporte e chama outro rapaz:
- Voce e residente em Dubai, certo?
- Yes.
- Sorry, sir. You cannot enter.
- Why?
- You are UAE resident. But this visa is not valid. Only for managers, doctors and students. Sorry, sir.
- ?!?! Sorry. This is my UAE visa. I can buy the local visa. No problem.
- Sorry sir. It's only for managers. You cannot.
Vou ao banheiro, e volto. Deve ter ocorrido um mal-entendido. Falo com o funcionario paquistanes ("Ah, eu conheco o Brasil! Rio e SP! Proximo mes, a Qatar Airways tera voo direto ao Brasil..." ), ele tenta e volta mais uma vez:
- Sorry. Brasileiros entram sem problemas, o cara ali deve estar mal-humorado...
Sem problemas. Sao 7h da manha, meu voo para Dubai esta marcado para as 18h. Com sorte eu consigo antecipar meu voo para as 13h. Mas isso, so vou saber a partir das 11h... ainda bem que trouxe livros. :-)
- Hey sir, is it transfer or immigration?
- Immigration.
- This queue, please.
Na hora de mostrar o passaporte, parecia tudo tranquilo:
- Brazilian?
- Yes.
- Qatar Airways?
- Yes.
- Credit Card?
- Yes.
- It's 55 riyals.
- Ok.
Mas ai ela comeca a folhear o passaporte e chama outro rapaz:
- Voce e residente em Dubai, certo?
- Yes.
- Sorry, sir. You cannot enter.
- Why?
- You are UAE resident. But this visa is not valid. Only for managers, doctors and students. Sorry, sir.
- ?!?! Sorry. This is my UAE visa. I can buy the local visa. No problem.
- Sorry sir. It's only for managers. You cannot.
Vou ao banheiro, e volto. Deve ter ocorrido um mal-entendido. Falo com o funcionario paquistanes ("Ah, eu conheco o Brasil! Rio e SP! Proximo mes, a Qatar Airways tera voo direto ao Brasil..." ), ele tenta e volta mais uma vez:
- Sorry. Brasileiros entram sem problemas, o cara ali deve estar mal-humorado...
Sem problemas. Sao 7h da manha, meu voo para Dubai esta marcado para as 18h. Com sorte eu consigo antecipar meu voo para as 13h. Mas isso, so vou saber a partir das 11h... ainda bem que trouxe livros. :-)
2.11.07
Printemps
Ao final de contas, esta história de comprar sutiã revela-se uma boa cantada. Nesta loja enorme, um andar apenas de lingeries. E apenas um homem por ali. A frente duas garotas. Uma delas uma morena maravilhosa: magra, olhos negros, corpo magro com belas curvas, cabelo castanho com uma excêntrica franginha:
- Bonjour monsieur... - e já começa sorrindo.
Cara de "cachorro sem dono", com uma naturalidade forçada de quem compra um cachorro-quente. Mas a voz engasga:
- Je veux, un... comme que... elle m'a demandé... - e por fim, sai o pedido - un sutien-gorge balconé et... tigré.
- Ahahahahahahhaha...
Ela então apresenta os mesmos sutiãs das mesmas tonalidades. O preço ainda é salgado. "Autrement nous avons ceci, mais il est... zébré!". E tome risos.
Por fim, ela volta às suas atividades, e fica olhando de lado e rindo. Conta para amiga, ficam as duas rindo. Faltou pedir o telefone. "Quer ganhar um sutiã... tigré et balconé?".
Por fim, o tão desejado sutiã: é balconé, mas não é tigré. É meio oncinha albina, mas passa. A atendente é uma senhora que não desperta qualquer desejo sexual, e profissional, de modo que tudo se desenrola em poucos minutos. Pronto, feito. E o melhor: bem mais barato. Mas jamais compraria uma cueca desse preço...
- Bonjour monsieur... - e já começa sorrindo.
Cara de "cachorro sem dono", com uma naturalidade forçada de quem compra um cachorro-quente. Mas a voz engasga:
- Je veux, un... comme que... elle m'a demandé... - e por fim, sai o pedido - un sutien-gorge balconé et... tigré.
- Ahahahahahahhaha...
Ela então apresenta os mesmos sutiãs das mesmas tonalidades. O preço ainda é salgado. "Autrement nous avons ceci, mais il est... zébré!". E tome risos.
Por fim, ela volta às suas atividades, e fica olhando de lado e rindo. Conta para amiga, ficam as duas rindo. Faltou pedir o telefone. "Quer ganhar um sutiã... tigré et balconé?".
Por fim, o tão desejado sutiã: é balconé, mas não é tigré. É meio oncinha albina, mas passa. A atendente é uma senhora que não desperta qualquer desejo sexual, e profissional, de modo que tudo se desenrola em poucos minutos. Pronto, feito. E o melhor: bem mais barato. Mas jamais compraria uma cueca desse preço...
Café-crème et crèpe
Alguns quarteirões após a saída da loja, os braços ainda tremem. Um sutiã, 80 €?! Não pode ser. 80 € são 400 dirhams. 200 reais. Deve ter sido algum trote. Lembrancinha desse preço?
Deve haver algum jeito. A frente, uma galeria. Mais calcinhas. Dentro da loja, a mulher responde de maneira hostil "procure em um sex shop". Tá bom, tá bom. Mais tarde encontraria de fato algo parecido em um sex shop de Pigalle, mas a calcinha tinha um rasgo no meio. Não é bem isso o que ela quer...
Faz frio, a fome aperta. Hora do café. Uma porta aberta e apenas uma senhora dos seus quarenta anos atrás do balcão.
- Bonjour, monsieur.
- Bonjour. Je veux un café-crème et un crèpe au chocolat.
- À emporter ou à la table?
Diferença marcante: "à table" significa um adicional no preço. Literalmente, paga-se pra sentar. Mas tudo bem. Talvez renda uma informação importante:
- Excusez-moi, madame.
- Oui.
- Peut-être que vous pourriez m'aider...
- Oui...
- Je cherche... bon, une amie m'a démandé...
- Oui...
- Un soutien gorgé... balconé et tigré.
- Hahahahahahahahahahahahah...
É incrível como o formalismo nessas horas cai por terra. Hahahah. Não tem graça. Ela indicou voltar aos lados da Galeria La Fayette. "Ou va a um sex shop, hahahahahah...". E o preço? "Il y en a de tout. De 20 € à bien plus que 100 €...". Que horror.
Deve haver algum jeito. A frente, uma galeria. Mais calcinhas. Dentro da loja, a mulher responde de maneira hostil "procure em um sex shop". Tá bom, tá bom. Mais tarde encontraria de fato algo parecido em um sex shop de Pigalle, mas a calcinha tinha um rasgo no meio. Não é bem isso o que ela quer...
Faz frio, a fome aperta. Hora do café. Uma porta aberta e apenas uma senhora dos seus quarenta anos atrás do balcão.
- Bonjour, monsieur.
- Bonjour. Je veux un café-crème et un crèpe au chocolat.
- À emporter ou à la table?
Diferença marcante: "à table" significa um adicional no preço. Literalmente, paga-se pra sentar. Mas tudo bem. Talvez renda uma informação importante:
- Excusez-moi, madame.
- Oui.
- Peut-être que vous pourriez m'aider...
- Oui...
- Je cherche... bon, une amie m'a démandé...
- Oui...
- Un soutien gorgé... balconé et tigré.
- Hahahahahahahahahahahahah...
É incrível como o formalismo nessas horas cai por terra. Hahahah. Não tem graça. Ela indicou voltar aos lados da Galeria La Fayette. "Ou va a um sex shop, hahahahahah...". E o preço? "Il y en a de tout. De 20 € à bien plus que 100 €...". Que horror.
Le soutien tigré
Não foi uma boa idéia fazer aquela pergunta: "Quer alguma coisa?". Mas não havia muita alternativa, afinal, da outra vez que ela viajou, trouxe quase exatamente o que lhe foi pedido. E não cobrou. Reciprocidade é a moeda e tudo tem seu preço. E agora já é tarde demais para reclamar...
- Bonjour, monsieur!
Uma loira de olhos verdes, rosto perfeitamente maquiado, 1,68m, cintura fina, peitos e bumbum sob medida, aguarda uma resposta:
- Bon e... je veux... je veux... un soutien.
- Ah, vous voulez un soutien-gorge? Ok. Quel modèle?
- Bon e... elle veux un avec un patron, allons dire, tigré.
- (Riso espontâneos) Tigré?! - agora todas as atendentes da loja riem.
Ela então me mostra um modelo marrom com listas douradas e pretas. E pergunta qual é o tamanho.
- C'est 34C.
- Mais qu'est ce que c'est 34C? C'est la mésure italienne? Anglaise?
- Probablement anglaise.
- Oui, voilà. Et comme culotte, c'est quel taille? - neste momento a atendente olha no meu olho com o queixo suavemente inclinado para baixo, olhos nos olhos, de baixo para cima. Com uma mão, segura os sutiãs sobre seu peito, e com a outra, a calcinha sobre sua cintura. Inevitável não pensar nela sem roupa, só de calcinha e sutiã de tigresa. Na sua testa lia-se "sexo, sexo"...
- La même taille que toi.
Pronto, pegou mal. A garota agora faz uma cara de desgosto, do tipo "quem lhe deu a liberdade?". A regra é: em negócios, até que o interlocutor solicite ("vous preferez vouvoir ou tutoir?"), o formalismo pede que se utilize o pronome "vous".
- Ça veut dire, la même taille que vous.
- Bon, cela marche vraiement bien.
Faltava alguma coisa, seria melhor confirmar. Não deve fazer muita diferença, mas deve ser melhor confirmar:
- Bon e... est-ce que cela a le balcony design?
Ela pensa um pouco olhando para o teto ("balcony design...") e "Ah! Balconé?"
- Oui.
"Então esse não serve" e segue para o outro lado da loja. Agora ela apresenta um sutiã balconé em duas variações: transparente e com enchimento, com manchinhas de onça bem discretas.
- Excusez-moi, mais... cela n'est pas exactement tigré. Cela est pantéré.
- Bon...e ... dans ce cas, nous avons aussi ceci - mostra agora um sutiã preto com listras brancas e um babado embaixo - mais c'est zébré - e começa a rir de novo.
Ao analisar o tecido, por acaso, uma discreta etiquetinha mostra algo desimportante, o preço. O que? Um sutiã, 80 €? E a calcinha, 50 €?!?!
- Bon, madame, je vous remercie de votre attention, mais... c'est mieux que je confirme avec elle.
- Bon, mais... voilà, mais cela est un Chantelle... si elle ne l'aime pas comme lingerie, bon et... quoi. Je ne sais pas.
Questão de gentileza
O rapaz chega em casa após o trabalho. Toma aquele banho de banheiro cheio de contentamento: dever cumprido. De repente, lembra-se: é já quase fim-de-semana. Sentiu-se obrigado a sair.
Chega a um bar, senta-se no balcão. Uma pint, por favor. Chega o amendoim para acompanhar, inicia ao acaso uma conversa com o rapaz ao lado. Conversa de homem, conversa de bar. Cerveja, futebol, política, previsão do tempo, amendoim, mulheres. Mulheres: por fim, o desconhecido, contente que ficou com a atenção dispensada, sentiu-se no dever de retribuir:
- Minha esposa está ali. - acenou para ela, ela respondeu com um sorriso.
- E?
- Gostei de conversar com você, você é um cara legal. Se você quiser, você pode possuir minha esposa. Seria-me um prazer.
- Como assim?
- Sério, tranqüilo, vai lá. Conversa com ela, o banheiro está ali.
Considerou que seria falta de educação recusar o convite feito com tanta insistência. Por uma questão de gentileza, foi lá conversar com a moça. Não sentiu um "clima", e após conversar sobre o tempo, deu um aceno para os dois e se mandou. Au revoir.
Dever cumprido
O rapaz sai do metrô, voltando do trabalho. Relaxamento provocado pelo sentimento de dever cumprido, caminha lentamente aberto às novidades das vitrines.
Sex shop. Não se sabe se aí entrou por curiosidade ou por uma vontade crescente de fazer xixi, mas o fato é que entrou na loja, olhou alguns produtos e perguntou ao balconista:
- Bon soir, monsieur! Le toilet?
- Au dessous, monsieur.
O rapaz desce as escadas e segue direto para o banheiro. Dever cumprido, volta novamente aberto às novidades do entorno. Ao atravessar as cabines de vídeo (pelo custo de 2 €, tem-se uma cabine à disposição para assistir a um filme com privacidade), um rapaz abre a porta e lhe aborda:
- Excusez-moi, monsieur...
Há muitos homossexuais na cidade. Ele segue seu caminho para a escada:
- Pardon, ça ne m'intéresse pas.
Mas o rapaz insiste - je ne suis pas homossexuel! - e explica seu intento: sua esposa está na cabine e seu desejo é vê-la sendo possuída por outro homem.
Ah bom. Se não era nada homossexual, considerou que talvez pudesse auxiliar de alguma maneira.
Entrou na cabine. A esposa já estava nua. Nada mal. Abaixou a calça, mostrou o pipi. Recebeu carícias, mamou, foi mamado. Por fim, dada a ausência de preservativos, considerou sentato terminar a estória por ali: levantou-se e espalhou seu código genético sobre a moça.
Dever cumprido. Relaxado, agora o rapaz volta a notar as novidades do entorno: um marido que possui vorazmente sua esposa, corpo com corpo, genitália com genitália, sem se importar com o código genético alheio que agora lambuza ambos os corpos.
- Bon soir! - o rapaz sobe a calça e sai da cabine.
Ao chegar na saída, é interceptado pelo balconista: roubara ele alguma coisa? Já fazia meia-hora que ele havia descido. O rapaz apenas responde enxugando o suor das têmporas e levando uma das mãos à barriga:
- Caca!
E assim segue seu caminho para casa após o trabalho, ciente do dever cumprido.
1.11.07
Immeuble Le Linéa
L'entrée
- Bonjour monsieur, avez-vous une pièce d'identité.
- Oui - sobre o balcão, a carteira de motorista.
- Bon, et... mais c'est arabe?!
- Oui. Mais c'est moi au photo, non?
- Oui... d'accord... pas de soucis. Vous pouvez attendre quelques minutes qu'ils vous appelleront.
- D'accord.
++++
Elle est arabe
- Bonjour monsieur! - uma bonita morena de olhos pretos, nariz adunco e pele clara faz o chamado.
Tem algo de familiar nesta garota... árabe? Mais adiante, o crachá tira a dúvida: Monia Ali. É árabe.
+++++
L'accent
- Excusez-moi? Est-ce que... - perguntas em meio a um treinamento qualquer.
O rapaz ao lado olha surpreso e pergunta baixinho:
- Tu es portugais?
- Non brésilien. Mais... comment tu le sais?
- Ih, pá. Sou filho de português, pá!
+++++
Marijo
Do outro lado do balcão, uma senhora já idosa recolhe as xícaras e lava as louças.
- Excusez-moi, madame!
- Oui?
- 2 cafés expresso s'il vous plait.
- Voulez-vous avec de la crème ou pas?
- Non, simple. Merci...
Pergunta ao português:
- Você notou?
- O que?
- A pronúncia do "R". Ela não é francesa.
- O, pá, deve ser romena, ou espanhola. O que você acha?
- Sei, lá. Portuguesa, talvez. Tem tanto português por aqui...
- Les cafés messieurs...
- Merci. E vous, vous êtes d'oú madame?
- Moi? Je suis du Brasil.
Maria José, ou "Marijo", como todos a chamam, está há 16 anos em Paris. Deixou o emprego de psicóloga em Furnas para se casar com o namorado francês e morar na França, e nunca mais exerceu sua profissão. "Meu marido era muito ciumento", dizia ela. Há dois anos ele morreu e agora ela vive de uma pensão do Estado, e trabalha no café para complementar a renda.
- Você pensa em voltar para o Brasil?
- Olha... a vida aqui é difícil, longe da família... fico muito sozinha. Mas como será minha vida como idosa no Brasil?
Hora de partir, desejar boa sorte. Cada um segue seu caminho, e Marijo segue lavando as xícaras.
Parisiennes
Por ora, algumas estorinhas sobre a segunda maior cidade portuguesa na Europa: Paris.
Estima-se que a população portuguesa no entorno da cidade-luz (Île-de-France?) seja de 1 milhão de habitantes. Superior à população do Porto, a segunda maior cidade portuguesa, que conta com cerca de 800 mil habitantes.
Estima-se que a população portuguesa no entorno da cidade-luz (Île-de-France?) seja de 1 milhão de habitantes. Superior à população do Porto, a segunda maior cidade portuguesa, que conta com cerca de 800 mil habitantes.
Falcon City Of Wonders
Eles farão um Taj Mahal maior que o Taj Mahal da Índia.
Eles farão uma Torre Eiffel mais alta que a torre de Paris.
Eles farão uma pirâmide. Um farol de Alexandria.
Eles farão uma Veneza.
Em volta, construirão uma Muralha da China.
Não que eu queira falar mal de Dubai: há empreendimentos opulentos dignos de nota e mérito por sua excentricidade e originalidade, tais como a Palm, o Burj Al Arab, Burj Dubai. Como o aeroporto de Jebel Ali, que terá capacidade para suportar o pouso de 6 aviões de grande porte simultaneamente. Mas não entendo o propósito deste empreendimento chamado Falcon City of Wonders, um bairro no meio do deserto que visto do céu terá o formato de um falcão.
A pergunta é simples: se você quiser ver a Torre Eiffel ou o Taj Mahal, você preferiria ver o original ou vir a Dubai, só pra porque é maior e estão no mesmo lugar? Veja as fotos dos originais abaixo, é você que decide...
Eles farão uma Torre Eiffel mais alta que a torre de Paris.
Eles farão uma pirâmide. Um farol de Alexandria.
Eles farão uma Veneza.
Em volta, construirão uma Muralha da China.
Não que eu queira falar mal de Dubai: há empreendimentos opulentos dignos de nota e mérito por sua excentricidade e originalidade, tais como a Palm, o Burj Al Arab, Burj Dubai. Como o aeroporto de Jebel Ali, que terá capacidade para suportar o pouso de 6 aviões de grande porte simultaneamente. Mas não entendo o propósito deste empreendimento chamado Falcon City of Wonders, um bairro no meio do deserto que visto do céu terá o formato de um falcão.
A pergunta é simples: se você quiser ver a Torre Eiffel ou o Taj Mahal, você preferiria ver o original ou vir a Dubai, só pra porque é maior e estão no mesmo lugar? Veja as fotos dos originais abaixo, é você que decide...
Enquanto isso, em Honolulu...
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