15.12.07

Mas antes...

... das concumbinas, vamos falar do filme. Algo rápido pois já passam da 1h da manhã. O filme se chama "Sous les bombes/Under the bombs" (Sob as bombas), Líbano, 2006.

Ktir good. Ao final, um espectador levanta e fuzila o diretor: "Uma mãe que procura o filho durante o bombardeio?! CLICHÊÊÊÊ!!!".

De fato, um clichê. Mas não é qualquer clichê: quando começaram os bombardeios israelenses no sul do Líbano em 2006, o diretor pegou - calma leitor! - a câmera e dois atores e saiu rodando um roteiro improvisado na região afetada. Mais ou menos assim. Isso quer dizer que as imagens, as ruínas e as outras pessoas chorando eram de fato reais. Leitor, eu sei que você gosta disso: "Era verdade!". Sem perseguições hollywoodianas ao som do sucesso do momento, sem gente morrendo fazendo caretas, sem artes marciais.

E o espectador exaltado ainda ironizou ao final da sessão: "Eu só vi um vilão no filme! É mesmo este filme anti-guerra?"

O diretor se defendeu mais ou menos assim: "O filme não defende Israel, o filme não defende o Hizbollah: o filme é apenas um retrato da vida dos civis que não tinham nada a ver com esta guerra".

Depois do filme, uma frase de "A arte da guerra" para pensar: "O objetivo da guerra é a paz".

Um dado: ao final dos ataques, o Hizbollah auxiliou financeiramente famílias afetadas pelo bombardeio, fortalecendo sua presença na região.

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