... Depois

Antes...

Despedidas

E lá se vai o sr. Miguelito, diretamente de Dubai para Fafe, lá na Terrinha, pá.

Quando voltar, não se esqueças de trazer um vinho, ó pá.

Quer aprender inglês?

Quer aprender inglês?
Não sabe o que fazer??

Aiémi-tchulãrni iscúúl. O melhor lugar para se aprender inglês no Dubai.

Em tempo: isso é só uma escola infantil. Nada a ver com aulas de inglês...

Chegou

Obrigado.

United Indian Emirates

E no Call Center aqui da empresa, atendimento personalizado: em árabe, inglês ou... hindi.

Nada mais sensato: s população de indianos aqui é superior a de árabes locais.

Sheik Luís responde

Angélica Silva falou:

olá... muito legal seu flog parabéns.
Soude SJC e gostaria muito de estar indo a Dubai para estudar inglês e Árabe vc conhece alguma instituição de intecambio?

Oi Angélica,

Obrigado pelo elogio! Com relação a Dubai: não quero jogar um balde de água fria em suas expectativas, mas Dubai, ao meu ver, não é lá o lugar para se aprender árabe... todo mundo aqui fala inglês, além de seu idioma. Ou melhor: todo mundo aqui fala o seu próprio inglês...

Eu nunca vi nenhuma instituição de intercâmbio nos moldes que há na Europa, EUA, Nova Zelândia e Austrália, tampouco conheci alguém que tenha vindo pra cá só para estudar árabe ou mesmo inglês. O principal motivo que faz alguém vir morar em Dubai ainda é trabalho.

Eu já ouvi dizer por alto que há no centro de Dubai um instituto cultural do governo aqui que ensina árabe, mas certamente nada a ver com a infraestrutura que você procura, algo que já arranje acomodação e tudo mais. Considerando os custos de acomodação aqui, certamente há lugares mais baratos e até mais tranqüilos para se aprender este idioma, como Egito, Líbano (um pouco conturbado agora), Síria. Mas duvido que haja escolas que já arranjam acomodação...

Lembre-se também que talvez a única unidade que existe no árabe é talvez o árabe escrito no Corão. Fora isso, este idioma varia bastante de uma região para outra. Na Arábia Saudita, por exemplo, há diversos dialetos no próprio país. Um colega tunisiano me disse que muitas vezes conversa em francês com marroquinos e argelinos, porque não entende o árabe deles...

Fica aqui uma dica para quem está em SP e quer aprender árabe: lá na Augusta, abaixo do cruzamento com a Peixoto Gomide, há um centro cultural sírio-árabe, onde são ministrados cursos deste idioma.

Abraço do Sheik!

Siglas

Algumas óbvias, outras nem tanto:

PSA - Please See Attachment
IMHO - In My Humble/Honest Opinion
BTW - By The Way
FYI - For Your Information
FYA - For Your Attention (ou simplesmente F*ck You Assh*le)

E a mais elegante para terminar e-mails informais:

CU (lê-se see you)

É isso, por hoje é só. CU.

Pra não deixar dúvidas

A placa na divisa da praia com o Lady's Club está em árabe, inglês e... hindi.

Dubai F. C.

Moro
Num país tropical
...

Dubai hoje, 6.30 am

Antes / depois

Hasta siempre

Aqui se queda la clara...

Dubai Ultra Mega High Society

Esse é o sr. Flávio, há 4 anos embaixador do Brasil aqui nos Emirados Árabes.

Embaixadores sabidamente gostam de tirar fotos ao lado dos sheiks, então resolvi abrir uma exceção e aceitei sair nessa foto.

Por falar em calor...

... a previsão para o verão aqui é que as temperaturas sejam de 2 a 4 graus superiores ao do verão passado.

Delícia. Se no verão passado a temperatura já rondava os 50 graus... é até uma ironia: os países que fornecem a matéria-prima para o aquecimento global estão sendo os primeiros a sentir na pele as suas conseqüências.

O custo de vida...

... em Dubai subiu quase 30% em um ano. Bonito, né? Inflação de 30% ao ano!

Tudo graças à especulação imobiliária, e a essa loucura mundial de todo mundo querer vir passar calor em Dubai, que faz o aluguel de uma casa de 2 quartos no Arabian Ranches, por exemplo, sair de 100 mil dirhams/ano (aproximadamente 60 mil reais)no ano passado para mais de 140 mil agora.

O Shaikh de Dubai baixou uma lei proibindo aumentos de aluguel superiores a 7%, e proibiu ainda aumento de aluguel nos casos em que este já foi aumentado no ano passado. Isso não impede que novos contratos sejam fechados com preços lá nas alturas... desta maneira, muitos donos de imóveis já estão mandando cartinhas aos seus inquilinos pedindo a saída do imóvel ao final do contrato de 1 ano para conseguirem alugar por 40% mais.

As autoridades locais (há muitas autoridades aqui) já disseram que não vão tolerar esses casos, mas para quem quiser denunciar o landlord, prepare-se para uma grande dor-de-cabeça: contratar advogado que fale árabe, perder tempo e dinheiro com audiências e por aí vai... tem que gostar muito de Dubai mesmo.

Por outro lado, há um movimento no mercado indicando que podemos estar no ponto mais alto dos preços: no Greens, a construtora, que é proprietária de boa parte dos imóveis, já está pressionando os inquilinos avisando que vai colocar os apartamentos à venda. E a previsão é de que para o ano que vem, 45 mil apartamentos fiquem prontos na cidade, com uma previsão de chegada de 15 mil famílias até lá... é esperar pra ver.

São Paulo x Dubai: entre pobres e bem-sucedidos

São Paulo é realmente uma cidade ruim para se viver, não é mesmo?

Veja só o absurdo que andaram fazendo na cidade:

• Lei transforma bike em meio de transporte em São Paulo
• Metrô de SP libera acesso de passageiros com bicicletas

Onde é que já se viu uma cidade privilegiar um meio de transporte sabidamente de pobres, penalizando assim os cidadãos bem-sucedidos - todo cidadão paulistano bem-sucedido que se preza vai de carro ao trabalho - em prol desses... pobres? O que eles querem? Estimular a pobreza na cidade?

Bom mesmo é Dubai. Chega desse papo de pobres: tem bicicleta atrabalhando o caminho da Lamborghini? Broíbe, oras! Isso aqui não é um baís livre, mesmo, não é? E assim, pedalar pelas avenidas que cortam a cidade, além de berigoso, agora é também ilegal, como saiu hoje no 7 Days.

É sempre bom saber que há um gerente de segurança de tráfego sempre pronto a ter idéias sensatas para o bem-estar da população de veículos da cidade.

+++

De fato, a abordagem carinhosa e amistosa da polícia semanas atrás não foi um fato isolado. Mas é sempre bom saber que não se está sozinho: achei esse blog aqui, muito bom por sinal, de um expatriado que também foi carinhosamente abordado pela polícia enquanto pedalava.

Camelos

As placas não estão à toa nas estradas: de vez em quando, eles invadem a pista... ou foi a estrada que invadiu o deserto?

Fossil Rock

Vir para as arábias e não ir para o deserto é como ir ao Rio de Janeiro e não ver o Cristo. Então vamos lá: desta vez pegamos aqui o Guia e seguimos as indicações para as tais Fossil Rock e Camel Rock...

Na primeira tentativa, lá vamos nós: eu, e os portugas Miguel e Pedro. Mas aí ficou tarde... voltamos no dia seguinte. Ainda bem que tinha chovido, senão, tínhamos ficado por lá, presos na areia. Andar pelo deserto não é brincadeira.



Fotos: cortesia do sr. Miguel Freitas.

Hard Rock Café: Despedida do Paulo

- E aí, o que você achou delas?
- São ajeitadas... de onde elas são?
- Eu te avisei, cara. Elas são sérvias...
- Aquela ali está com quase todo o peito pra fora.
- Qual delas? A baixinha ou a mais alta?
- A mais alta. Quando ela abaixou deu pra ver tudo.
- Po, vagabundo! Aquela ali é a minha patroa...
- Ih! Foi mal... mas você está indo embora mesmo...

Mas poderia ser pior...

- A essa hora, minha esposa está indo desfilar...
- Iiiiiiiiiiiiiiiihhhhhh, Serjão!!!!!

Fica aqui um aviso pro Ricardão: suas férias estão chegando!

O Sérgio está voltando em definitivo dentro de 2 semanas para o Brasil.

Obs: Grande Sergião, é só uma brincadeira, hehehe...

Dubai no Carnaval

Olha só que lindo desfile. Repare nas alegorias, no detalhe das fantasias. Repare na alegria estampada na cara da multidão comovida. Que maravilha! Viva o carnaval! É por essas e outras que eu adoro Dubai, a terra do samba do crioulo doido.

O que vem por aí...

Muitas coisas acontecendo e outras por acontecer:

Dubai Tennis Championship

19-24/fevereiro: torneio feminino

26/fevereiro - 03/março: torneio masculino

8-9-10/março: Dubai International Jazz Festival (esse sim, promete!)

23/março: Shakira canta no autódromo

Enquanto eu escrevo...

... no gramado aqui em frente, atrás da CNN, está rolando um concerto do Roger Waters. Dubai, a terra do rock'n'roll...

Restaurante brasileiro em Dubai?!

Aqui ainda não há nenhum restaurante genuinamente brasileiro. Tampouco, uma balada onde toque músicas brasileiras (samba, MPB, etc).

O mais próximo que chegamos aqui do Brasil são as baladas de Salsa e o programa da rádio Dubai Eye, às quintas-feiras à noite (diga do Gonzalo em comentário aqui no blog. Diga-se de passagem, o programa é muito bom!).

Fica aí a dica para quem quer investir por aqui e fazer os brasileiros que aqui vivem um pouco mais felizes!

Sheik Luís responde

Tati deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Sheik Luís responde: abrindo empresa em Dubai":

Então sr sheik consultor e engenheiro, pode me passar seu email?

Quer falar com o Sheik? ... ou deixe um comentário.	Want to talk to Sheik? ... or drop a comment here.
¿Quieres hablar con el Sheik? ... o deja su comentario.	Veux-tu parler avec le Sheik? ... ou laisse ici ton commentaire.

Estudando o samba

É carnaval no Brasil. Para quem está fora, fica de consolo a entrevista que Paulinho da Viola deu ao Estadão:

http://www.estadao.com.br/ultimas/cidades/carnaval2007/noticias/2007/fev/17/191.htm

Hasta Siempre

Era para ser apenas um pequeno happy hour no Finnegan’s, ao lado do Hard Rock Café, para colocar os assuntos em dia com o Renato, que volta a Dubai depois de 3 meses. Mas um acidente na Sheik Zayed em frente ao Mall of the Emirates fez tudo mudar: o acidente foi tão feio que para poder tirar os pedaços de corpos da pista, a polícia bloqueou a auto-estrada na altura dos Greens, desviando todo o tráfego para a Jumeira Beach Road. A única coisa que conseguimos fazer foi voltar para o ponto de partida, Dubai Media City, 45 minutos depois.

O Renato então diz:

- Vamos ao Hilton Hotel, eu fiquei um mês lá e conheço todo mundo. Vocês vão conhecer a Andréia, brasileira que trabalha no restaurante.

E assim fomos ao Parangas, restaurante do referido hotel. Depois de uma cerveja e outra, Andréia, a elegante loira paulista que gerencia o restaurante enquanto seu chefe está de férias, convida-nos para nos juntarmos à mesa onde músicos cantam músicas em castelhano para uma família árabe. Verdadeiro sonho bolivariano de uma América livre e unida: um argentino e um venezuelano no violão, uma mexicana no violino, um peruano no batuque, outro argentino em uma flauta e a chilena Paula, dona de uma bela voz.

O anfitrião da mesa se aproxima:

- Vocês que chegaram agora, por favor sintam-se à vontade e peçam o que quiser para beber. Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida e eu gostaria muito que vocês se sentissem à vontade. O que vocês consumirem ou já consumiram é por minha conta.

Já ia recusando a oferta quando o Renato se adianta:

- É uma honra para nós. Muito obrigado!

Quando o senhor sai, ele explica:

- Em países árabes, se alguém te oferece algo, você é obrigado a aceitar. Se você não aceitar, vai causar um mal-estar…

O senhor mais tarde se aproxima: “eu ia muito ao Brasil quando fazia meu PHD na Inglaterra”. Ele fica feliz ao conhecer um português também: “Em 15 anos morando em Marbella, jamais conheci um português”. Todo acharam que ele estava muito bêbado, mas no fundo, era uma das pessoas mais lúcidas da mesa: expressou grandes preocupações com as grandes transformações climáticas em curso.

Por fim, conta-nos sobre as decisões profissionais que tomou em certa altura da vida: “Tive a opção de me especializar na indústria, em uma área promissora. Mas por fim, concluí que aquela profissão não servia à humanidade, mas sim, aos interesses das grandes corporações”. Cientista saudita, hoje trabalha em um grande projeto da UNESCO (http://www.eolss.net)

E a minha, e sua profissão: servem a quem?

Fiquemos então com a Paula cantando, dentre outras músicas, a célebre música que Carlos Puebla compôs em 1965 em homenagem ao Grande Che, assim que Fidel anunciou sua partida de Cuba:

Hasta Siempre, Comandante

Aprendimos a quererte
desde la histórica altura
donde el sol de tu bravura
le puso un cerco a la muerte.
Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.

Tu mano gloriosa y fuerte
sobre la historia dispara
cuando todo Santa Clara
se despierta para verte.

Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.

Vienes quemando la brisa
con soles de primavera
para plantar la bandera
con la luz de tu sonrisa.

Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.

Tu amor revolucionario
te conduce a nueva empresa
donde esperan la firmeza
de tu brazo libertario.

Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.

Seguiremos adelante
como junto a ti seguimos
y con Fidel te decimos:
hasta siempre Comandante.

Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.

A Paula realmente canta muito bem. Veja aqui um pouco mais.

Ai

Olha, depois dessa, não sei. Acho até que vou vender minha bicicleta. Num quero mais brincar.

Era pra ser apenas 200 km. No final, o Wolfgang, alemão dono da loja, contou um segredo: na hora de escrever o último e-mail, ele escreveu 220 km. Depois pensou: "se eu dizer isso, ninguém vai" e mudou pra 200km... e no fim, foram 235 km.

Depois de 130 km acompanhando o pelotão no deserto a 35 km/h, eu cheguei a conclusão que realmente estou fora-de-forma quando chegaram as montanhas e o pelotão continuou na subida a 20 km/h... ufff.

O evento foi muito bacana: deficientes visuais piraram pedalando nas tandems. No grupo que pedalou, diversas nacionalidades: filipinos, alemães, belgas, suíços, canadenses, holandeses, espanhóis, sul-africanos, etc, etc, etc, bem a cara de Dubai. Parabéns aos organizadores do evento!



***

Uma coisa impressionante lá em Fujeira é a quantidade de navios-petroleiros no mar: dezenas deles, enormes, vindo do Golfo Pérsico em direção ao Oceano Índico...

Amanhã

Dubai - Fujeira: 200 km. Mas o mais difícil vai ser acordar às 5h... palmas para os organizadores do evento!

Subject: Cycle foreSight

Dear all,

Well Cycle foreSight is almost upon us! I am delighted that so many of Wolfi's regular cyclists have volunteered to support us and will ride with us over to Le Meridien Al Aqah.

Please find below full details of how the day will work:

START TIME: We will leave Le Meriden Mina Seyahi at 6am. We will cycle along to Safa Park and meet up with the regular cyclists who have started from the Lime Tree (they will delay their start time by 15 minutes) and all cycle together out to Nad al Sheba. As we are planning to meet the other cyclists, we need to leave right on 6am, so please be ready to go at that time. Le Meriden Mina Seyahi will have some refreshments for us before we leave, so we plan to meet from 5.30am.

TANDEM 1 : For most of the journey we will have 2 tandems cycling along in the group. Tandem 1 (most of the time) have a visually impaired or blind rider on the back). The plan is to change cyclists roughly every 20kms. The van carrying the bikes and the minibus with the cyclists, will go ahead to the next change over point and the cyclists will prepare themselves. We aim to disrupt the flow of the other cyclists as little as possible, so the starting tandem will set off once the pack come into view. The tandem finishing will then stop and bike and cyclists loaded into vans.

TANDEM 2 : This will always be ridden by 2 sighted riders. As 2 of the bikes will be used in relay for blind cyclists, this one is used whenever possible. If you are riding this you generally do a longer ride.

PERSONAL BIKES: For those of you who are doing a leg on the tandem and are also planning on bringing your own bike, please email me and let let me know if you have your own transport back from Fujeirah and if you can fit an additional bike in your car? We do have some space in the van but I ned to allocate it now. As much help as possible would be great on this please. I don't want peole not to be able to cycle with us as we can't get their bike back.

TRANSPORT BACK FROM FUJEIRAH : Your familes are welcome to join us at Al Aqah for a welcome party. We have places in a number of cars for people to return to Dubai – please let me know ASAP if you'd like a lift back.

SUPPORT VEHICLES: We will have a number of support vehicles along the way, including Wolfi's van should anyone get tired and want their bike transporting. Can you please let me know if any of your families are planning on driving along in a support role.

MOUNTAINS: We have made the decision that when we reach the foot of the mountains we will load the tandems into the back of the van and drive over. We will wait for the individual cyclists on the other side.

ROAD WORKS IN KALBA: There are some road works as you leave leave Kalba on the coastal road. The local police have been informed and we are waiting to hear if we are to be offered a police escort. Please bear in mind that we may have to go slow in this area if the road is busy.

WELCOME PARTY AT AL AQAH: When we finally make it over to Al AQah they have kindly offered to throw us a 'Welcome Party'. This is a sponsorsed event by them. If you would like your family to come along, they are very welcome to join in. Please let me know numbers so I can advise the hotel in advance. If your family would like to use the facilites at the hotel for the day, they can take advanctage of a promotional rate of AED100 per person. There will be no charge for guests arriving just for the party. Showers will be available for the cyclists. We will aim to arrive at the hotel about 2pm (depending on the wind).

Hope that covers everything. Attached is rota for those of you riding on tandems. We will try to stick to this as much as possible, but I know you are all aware that even our training sesions plans change very quickly, so I would ask you all to be flexible with me on the day!

Many many thanks for all your support for what we are sure will be a super day.

Please feel free to give me a call if you have any questions,

Kind regards,


Catherine Wallwork

Foresight – Event Manager

Quarta-feira de cinzas

6h da manhã. Na ponte que separa a cidade das dunas, os músicos encerram assim mais um ciclo de sonhos, e agora todos ali se entreolham e dizem: mais um carnaval que passou. Lá no mar, aponta o sol iluminando a praia, apressando os casais que se conheceram na noite anterior e correram para as dunas fazer o sexo mais marcante de suas vidas: olhando o sol nascer. O rapaz agora fecha a bermuda, a garota recoloca no lugar o sutiã, põe novamente a calcinha e abaixa a saia, e seguem juntos abraçados de volta para a cidade, com uma pequena pausa para um rápido banho de mar. E assim - músicos exaltos, casais em tórridas e infrutíferas paixões, rapazes e garotas bêbados, a turista européia com o pescador do vilarejo que também fornece as drogas para turistas, todos voltam caminhando pelo mesmo caminho, todos com o mesmo destino: a padaria.

A padaria é pequena e não está preparada para o afluxo anual de turistas, sempre e apenas nesta época do ano. Então alguns entram na fila enquanto o pão não sai do forno, outros aguardam do lado de fora, fumando um cigarro ou tomando a última cerveja antes do café-da-manhã. A fila cresce, e entre mosquitos e um calor crescente, acontecem ali as últimas interações do Carnaval.

- Bin Laden! Bin Laden! É o Bin Laden! - um rapaz dá tapas insistentes nas costas do rapaz ao seu lado e agora tira a câmera - eu quero tirar uma foto ao lado do Bin Laden! E tira a foto.

Aníbal, apesar do aspecto agressivo passado por seu corpo sem camisa coberto de tatuagens, transmite afeição ao dar uma gostosa e sincera gargalhada apenas por ver alguém diferente ao seu lado. Sua cabeça de cabelos grisalhos e ralos não escondem a sua idade e suas histórias que agora ele começa a contar sem que alguém lhe peça e sem se dar conta de que falava em um tom de voz desnecessariamente alto e incompatível com o pequeno ambiente:

- Está vendo o carro ali fora? - e aponta para uma pequena caminhonete com uma moto cross sobre ela - cheguei às 4h de Arraial. Vim direto! Rapaz, que carnaval... estávamos em 10 em uma casa. Quanta loucura... tinha de tudo, de tudo mesmo, entende? Tinha até uma coisa que se dá para cavalos... 4 dias seguidos, ninguém dormiu. Eu fui o que mais dormiu: 2h por dia. E amanhã eu trabalho... - ele acende um cigarro e olha para a cozinha e após uma pausa, continua:

- esquema tranqüilo. O dono da casa é juiz, ninguém mexe com ele por lá. Muita mulher cara... era só falar que tinha, que elas vinham... comi oito neste carnaval, cara! Mas tudo seguro, com camisinha. Sem camisinha é bom, mas agora eu tenho minha filha... eu ainda quero vê-la crescer.... decidi de última hora que viria para cá, pra abaixar a adrenalina antes de voltar para casa. Sou advogado e trabalho em BH. Ainda tenho 7 horas de chão! Vou direto...

Ao lado, aproxima-se o pescador: negro mestiço de olhos puxados, braços fortes, braço de pescador. Ele senta em um banquinho e coloca seu peixe sobre seu colo: a garota de pele clara, que dobra sua cabeça sobre seu ombro, e fica cantando uma música baixinho em um idioma que ninguém ao redor entende, com o olhar oscilando entre aberto e fechado. Alguém no entorno inicia uma conversa, sob o olhar atento e firme do pescador:

- Where are you from?
- What? I'm ... from... hummm... I love this place. I love this place. I'm from here. I'm sure of it. I don't wanna go home. - e volta a beijar o pescoço de seu protetor que curioso pergunta:

- o que ela disse?
- ela disse que gosta desse lugar.

Aníbal volta a falar interrompendo o diálogo:

- Mas você precisa conhecer a minha filha. Espera um pouco, vou pegar uma foto dela - e segue então para seu carro.

- E você, é daonde? Fica aqui até quando?

O rapaz considerou não ser uma boa idéia dizer muito de si a alguém que não lhe inspirava confiança e desconversou, enquanto a menina de pele clara lhe olha com olhos grandes e sorri:

- Não sou gringo não... ainda não sei quando volto...
- Olha a minha filha. Não é uma menina linda? Tem 7 anos... olha, a boneca da foto, dei pra ela neste natal... - ele fica ali parado por alguns instantes olhando a foto, com a mesma gostosa e cativante gargalhada, agora com olhar marejado e fixo para a foto. Ele pega então Bin Laden pelo braço com força:

- Olha! Ela é a coisa mais importante da minha vida! Eu faço qualquer coisa por essa menina, mas a mãe dela não me deixa vê-la! Filha-da-puta! Filha-da-puta! - e agora Aníbal abraça Bin Laden e chora um choro alto entre soluços que deixa todos no recinto estupefatos, em silêncio absoluto.

- Aníbal, seu café e seu pão. Come, vai te fazer bem. Vai lhe dar forças, e se Deus quiser, com a graça de Virgem Maria eu tenho certeza que vai tudo dar certo! Deus não falha!
- Obrigado, seu Ermelino, obrigado...

Seu Ermelino é dono da padaria. Com mais de 70 anos, ainda trabalha por teimosia e não entende o que acontece a sua volta, mas sente uma vontade enorme de ajudar o rapaz tatuado que chora a sua frente com saudades da filha. Ele levantou às 3h, tomou a massa que descansava sobre a pia - preparou mais massa do que habitual - e ficou até às dando forma a cada um dos pãezinhos que ia colocando sobre a forma para ir ao forno, enquanto sua mulher, sua filha e seus netos corriam para limpar a varanda e preparar o café - bastante café - e ferver o leite antes de abrirem. Ele volta para a cozinha e traz o segundo pão com queijo pedido por Aníbal.

Aníbal termina o café:

- Cara... eu preciso fumar um pra relaxar. Não vou conseguir assim...
- Por que você não vai mais tarde? Durma um pouco...
- Não cara, eu me conheço. É só um pra abaixar a poeira e já dá.
- Pega esse aqui - diz o Seu Ermelino, tirando um cigarro de palha.
- Não, Seu Ermelino... desse não dá. Eu vou pegar o meu mesmo. Obrigado!

Ele vai até o carro, tira um cigarro, acende, inspira e passa para outro que inspira e passa, que passa para outro que inspira e passa que passa para alguém que recusa e apenas repassa para alguém que inspira e passa...

- Bin Laden, você é um cara legal. Eu não posso mais com isso aqui. Fica pra você - e Aníbal deixa sobre o balcão uma pequena sacola transparente com um punhado de um pó branco.
- Cara... valeu, mas...

Seu Ermelino acompanha a conversa do outro lado do balcão e se interessa:

- É açúcar? Pode deixar aqui a gente não desperdiça nada...
- Seu Ermelino... não é açúcar...

Neste momento, o rapaz que apenas escutava a conversa tira o seu peixe do colo e se dirige ao balcão determinado:

- Pode deixar que eu cuido disso.

Tomou a pequena sacola, enrolou e colocou no bolso da bermuda, e voltou a se sentar, com a garota em seu colo.

- 7:30h, gente! Eu tenho que ir! - agora ele grita: - eu vou a BH e vou ver minha filha! 7h de viagem! Hoje eu vejo minha filha!

Todos da padaria, sem exceção, despedem-se de Aníbal, que entra no carro e sai em um desajeitado zigue-zague levantando poeira, enquantos todos ficam ali, do lado de fora do recinto, a abanar os braços.

Por fim, Bin Laden volta ao seu refúgio no Afeganistão, o pescador sai calmamente com sua gringa que caminha mordiscando seu pescoço, e Seu Ermelino atende a garota de 5 anos, descalça e de short e camiseta desbotada que aparece na porta:

- Bom dia Seu Ermelino! Meu pai pediu 6 pão, um pacote de Derbi, uma garrafa de leite e outra de Cavalinho!
- Aqui está, minha filha. São 5 reais.
- Ah... mas eu só tenho 3...
- Não tem problema minha filha. Então deixa a de Cavalinho e pede pro seu pai vir buscar mais tarde.

Do outro lado da rua, jovens de mochila nas costas amontoam-se na calçada aguardando a partida do ônibus. A menina volta para sua casa, não sem antes parar e abraçar o cachorro vira-latas esparramado na porta olhando a rua.

Diálogos e visitas que se repetem todos os dias. Após o fim das festas, o vilarejo volta aos poucos a sua paz usual.

Frase do dia

Do you really carry this?

Você realmente carrega isso? foi a pergunta feita no banheiro, quando o sujeito viu pasta e escova-de-dentes. Por fim, concluiu:

"All the Americans are crazy about their teeth..."

... depois

Devagar e sempre...

Dubai High Society: a turma do petróleo

Desta vez a turma de brasileiros que trabalha no setor petro-químico: Rafael, Crespo, Dudu, Luciano, e o ruivo que esqueci o nome, lá no Irish Village.

Eles tentaram explicar o que fazem: "a gente está convertendo um ex-petroleiro em um ... um ... enfim, é difícil explicar. É um navio que processa petróleo..."

O Dudu também tem um blog que está agora com um link aqui ao lado.

Despedidas do mês

E este mês foram em definitivo o Grande Vítor John Armless, que voltou pro Rio, e o Alex Marques Portela, que por um sobrenome não é meu irmão, e foi para a Inglaterra...



Boa sorte para os camaradas!

Sheik Luís responde: abrindo empresa em Dubai

Em 12 de janeiro, Cristina deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Sheik Luís responde: emprego em Dubai?":

Ola Luis, gostaria de saber qual a burocracia exigida para a abertura de uma pequena empresa no Dubai. Obrigada Parabens pelo Blog. Cristina

Olá Cristina, desculpe pela demora na resposta. Vamos lá: a burocracia aqui para abrir uma empresa vai variar do seu ramo de atuação. Em linhas gerais, para abrir uma empresa em Dubai (ou em qualquer país do Golfo), você vai precisar de uma licença e de um patrocinador local. Vamos então por partes:

A licença

Há 3 tipos de licença:

- comercial: para abrir qualquer coisa relacionada a vendas (supermercado, restaurante, lanchonete, etc);

- profissional: pelo que entendi, essa é para profissionais liberais;

- industrial: para abrir uma indústria em Dubai;

Cada licença varia em preço e exigências. Por exemplo, licença para se atuar Zona Franca de Jebel Ali ou uma licença TECOM (para poder atuar em Dubai Internet City e Dubai Media City) custa a partir de 300 mil dólares... isso sem contar a fila de espera para se conseguir alugar uma sala de escritório em edifícios ainda em construção...

Mas a licença para abrir uma quitanda, banca de jornal, por exemplo nem deve ser assim tão cara. Mas o preço vai variar se você vai ter música ao vivo ou não, se você vai servir álcool ou não, e por aí segue o baile. Mas vamos agora falar do tal patrocinador...

O patrocinador local (sponsor)

Para poder abrir uma empresa por aqui (e na maioria dos países do Golfo), é preciso possuir um patrocinador (sponsor) ou sócio local que detenha 51% do capital. É isso mesmo: patrocinador é o cara que vai lucrar com sua empresa sem fazer nada. Ouve-se por aqui que muitas vezes o sócio local nem entra com o dinheiro: apenas aluga o nome e passa na sua empresa uma vez por mês, para receber o seu.

Há exceções para a necessidade do sócio: se você conseguir a licença para atuar em Jebel Ali ou em Dubai Media City / Dubai Internet City, poderá possuir até 100% de capital estrangeiro. Mas não se iluda: já avisei do preço da licença, da dificuldade para se alugar um lugar e sem falar no preço do aluguel do escritório...

Mas essa coisa de patrocinador - é preciso reconhecer - é coisa intrinseca da cultura árabe, tal qual a loucura deles por números especiais, seja de números de telefone, seja de placas de automóveis: para uma empresa grande, é importante possuir um bom sócio, alguém influente, que certamente lhe abrirá diversas portas no mercado local.

As grandes corporações com filiais em Dubai quase sempre possuem os mesmos grandes patrocinadores. Um exemplo é o grupo Al Futtaim: é sócio do IKEA, de diversas concessionárias de automóveis, da Alcatel, Pannasonic, e por aí vai. Dê uma olhadinha no site deles:

http://www.futtaim.com

Bom, para finalizar, deixo aqui a alguns links para quem quiser saber mais sobre o assunto:

- Dubai Red-Tape (Burocracia de Dubai): ótimo guia de todas as burocracias envolvidas para se estabelecer em Dubai, seja no âmbito pessoal ou empresarial;

- http://www.datadubai.com/about-dubai/business/setting-up-businesses-in-dubai/

Bom, espero que tenha servido de alguma coisa.

Abraços do Sheik.

Jogo-treino Lazio x Benfica

Cenas do jogo-treino Lazio x Benfica, mês passado...

... e o português ao lado recebe uma mensagem no celular: "Vimos-te agora na TV. Realmente estás no Dubai."


+++
A small piece of the training match Lazio x Benfica last month...

... and the Portuguese guy by my side receives a message on the mobile: "We've just seen you on the TV. You're really in Dubai."

Na rádio

Quer um conselho? Não ouça rádio de manhã. A música fica na cabeça o dia inteiro. Uma praga.

This Love
Maroon 5

I was so high I did not recognize
The fire burning in her eyes
The chaos that controlled my mind
Whispered goodbye as she got on a plane
Never to return again
But always in my heart

This love has taken its toll on me
She said goodbye too many times before
And her heart is breaking in front of me
I have no choice, cause I won't say goodbye anymore

I tried my best to feed her appetite
Keep her coming every night
So hard to keep her satisfied
Kept playing love like it was just a game
Pretending to feel the same
Then turn around and leave again

This love has taken its toll on me
She said goodbye too many times before
And her heart is breaking in front of me
I have no choice, cause I won't say goodbye anymore

I'll fix these broken things
Repair your broken wings
And make sure everything's alright
(it's alright, it's alright)
My pressure on your hips
Sinking my fingertips
Into every inch of you
Cause I know that's what you want me to do

This love has taken its toll on me
She said goodbye too many times before
Her heart is breaking in front of me
And I have no choice, cause I won't say goodbye anymore

This love has taken its toll on me
She said goodbye too many times before
My heart is breaking in front of me
And she said goodbye too many times before

This love has taken its toll on me
She said goodbye too many times before
Her heart is breaking in front of me
But I have no choice, cause I won't say goodbye anymore

Dubai Futebol Clube

Dubai, a terra do futebol.

Para não esquecer

Dubai Futebol Clube

Burj Dubai: agora com 103 andares.

Final de tarde

No final da tarde, está a noite, logo ali.

A diferença

Só para comparar com o dia de tempestade de areia...