Acordo às 6:30h. Pouco antes, uma hora e meia antes, por duas vezes, o Imam gritou - sim, ele gritou, tentando cantar, mas não conseguiu: gritou - na mesquita ao lado. Mas esse descrição é apenas uma suposição, maldosa talvez, baseada em experiências anteriores. Talvez hoje tenha sido um dia especial, o dia em que conseguiu cantar sem tossir. Talvez não. Sim, ele tosse! Eu não o conheço, mas o escuto diariamente, de manhã, de noite, e alguns dias, nos finais-de-semana, por cinco vezes. E no fundo, a tosse e o tom desafinado são coisas que me trazem uma inesperada simpatia por este sujeito que me acorda de manhã: sem floreios, ele é essencialmente humano. Simpatia porque vejo nele também boa parte de minhas características inatas - que muitos chamam de defeitos, às vezes até mesmo eu - e meu próprio (e inútil) esforço de tentar superá-las ou escondê-las.
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Je me reveille à 6:30am. Peu avant, une heure et demi avant, par deux fois, le Imam a crié - oui, il a crié, en essayant chanter, mais il n'a pas réussi: il a crié - à la mosque à côté. Mais cette description est seulement une supposition, méchante, peut-être, basé sur des expériences passées. Peut-être pas. Oui, il tousse! Je ne le conai pas, mais je l'entends tous les jours, au matin, au soir, et quelques jours, pendant le weekend, par cinq fois. E au fond, la tousse et le ton désafiné sont des choses que me ramène une inattendue sympatie par cet sujet que me reveille aux matins: il est essencielement humain. Sympatie parce que je vois dans lui aussi une grande partie de mes caracteristiques innées que beaucoup de monde appelle de défauts, à la fois moi-même - e mes éforts (parfois inutile) d'éssayer les surmonter ou cacher.
14.8.07
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