17.7.07

Detalhes de SP e o tempo que passa


Recebi dias atrás um e-mail de minha irmã: "É...as coisas mudam por aqui...", disse ela. Na seqüência, um link para este texto.

O texto citado acima e a reportagem do Guia da Vila são merecidos reconhecimentos ao seu Armando e a sua família (descubro pela reportagem que ele se chamava Armando), um cara que conquistou seu espaço na noite de São Paulo. E quem é que nunca comprou ou deu de presente a alguém um de seus bonequinhos?

Muita gente pergunta o que é que um lugar hostil como São Paulo (barulho, poluição, impessoalidade) tem de bom a oferecer. E quando penso nas coisas boas da cidade, vem-me a cabeça justamente esses pequenos detalhes como os bonequinhos do Armando, as pulseiras e colares dourados do garçom do bar da Frei Caneca com a Peixoto Gomide, os livros de histórias de cabra-macho nordestino, de poesias (de cordel ou não), os álbuns de música de artistas anônimos que levam a vida assim, de bar em bar, na esquina do metrô, na porta do cinema, no vão-livre do MASP.

O tempo passa e dá até um frio na barriga... na estante do Ó, os bonecos do seu Armando ainda estão lá: sonhos de permanência.

2 comentários:

Anônimo disse...

E a gente pensa que esses personagens da noite de São Paulo são meros passantes. Só que, como qualquer pessoa, eles também deixam suas marcas. Até porque, ninguém nunca sabe a hora que vai partir...

Enquanto isso, Téo brinca com seu snoopinho.

Anônimo disse...

A partida é inevitável. Dói a dor da saudade. Lembremos os momentos bons de quem se foi e assim amenizamos um pouco a tristeza do vazio que ficou.