21.10.07

O mais triste...


... é que só há 1 (hum!) brasileiro inscrito nesta tão importante competição internacional que decidirá os novos rumos da história do esporte mundial! E sem patrocínio, sendo obrigado a treinar em condições sub-humanas.


Cadê o patrocínio do Banco do Brasil?? Cadê Galvão Bueno falando bobagem na TV("é o Brasil pujante e varonil conquistando mais uma medalha para o país com muito suor!")?? Onde está o comercial com criancinhas pobres e raquíticas com ranho no nariz treinando para a maratona do Quênia com camisetas do Banco do Brasil e gritando "sou brasilêêêro, com muito orguuuuulho, com muito amoooor"?



Enquanto isso, este brasileiro sofredor vai fazendo a sua parte (brasileiro não desiste nunca), treinando a suas próprias custas, enfrentando condições humilhantes, e escorchantes, sendo forçado a dar aulas de caiaque para nós-cegos para garantir o ganha-pão, sem direito a massagistas ninfomaníacas para aliviar as dores do treino, e na terra onde se pode "ostentar luxo sem medo de ser roubado", é privado do direito de treinar com um Rolex, e assim medir o tempo com precisão e estilo. Sujeita-se então ao absurdo de treinar com um reles Timex sem-vergonha de 99 dirhams. Uma pobreza sem tamanho.


Enquanto isso, o brasileiro vê partida de futchibol... assiste ao seu Curíntia afundar na lama russa. E aos jogadores e cartolas esbaldarem-se com todo o equipamento necessário para um bom treino: relógios Rolex (para o cartola não esquecer a hora de pagar os russos), uma caneta Mont Blanc (para assinar corretamente o cheque) e uma Mercedes-Benz (para jogador não chegar atrasado no clube após a "balada"). Tudo isso pago com o dinheiro que você desviou do leitinho das crianças para ver o jogo no Pacaembu, meu!

Triste destino este dos atletas brasileiros. É por essas e outras que esse Brasil não vai pra frente. Ah, quer saber? Cansei. Cansei de tanta injustiça.

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