18.11.08

Área portuária

Terça-feira, 28 Outubro, 2008 ariosvaldo disse...

Olá Luiz, trabalho na faixa portuária na função de operador de portainers. Gostaria de saber se tenho chance de conseguir um emprego na área, tenho experiencia de 7 anos.


Segunda-feira, 17 Novembro, 2008 ariosvaldo disse...

gostaria de saber a resposta


ex-Sheik Luis responde:

Caro leitor exigente,

Vamos lá: tem chance? Sim, sempre tem. Na área portuária, há posições abertas para estrangeiros. Se o que eles têm a oferecer te interessará, já é outro caso...

Vamos falar um pouco dos portos existentes na região nos emirados mais importantes:

Dubai

Em Dubai, há dois portos: Port Rashid (o mais antigo, no centro da cidade) e o monstruoso Jebel Ali Terminal, o verdadeiro terminal de cargas de Dubai. Ambos são operados pela empresa Dubai Port World, ou simplesmente DP World.

As vagas de trabalho abertas estão disponíveis aqui.

Sharjah

Sharjah possui 3 portos: Port Khalid, Hamriyah Port e Khorfakkan Port (este último, já do outro lado leste do Emirado, face ao Oceano Índico).

Eles sao operados pelo departamento estatal: http://www.sharjahports.ae

Para consultar as carreiras disponiveis :
http://www.sharjahports.ae/candidatehome.php (é necessário se cadastrar).

Abu Dhabi

O porto mais importante de Abu Dhabi, terminal de cargas, é o Mina Zayed (Porto Zayed), seguido de outros portos menores, Mussafah e Ras Sadr. Todos são operados pela Abu Dhabi Ports Company.

Carreiras disponiveis : http://hr.adpc.ae/careers

Omã

Você não está contente com o trabalho nos portos do Brasil. Você quer trabalhar nos Emirados Árabes... sinal que você realmente gosta de rock. Então, rock por rock, por que não tentar uma vaga no país vizinho?

O porto mais importante do Sultanato de Omã é o Porto de Salalah, a aproximadamente 1000 km da capital, Musqat, quase na divisa com o Iêmen. Não sei como está hoje, mas há 2 anos atrás, a Vale do Rio Doce construía um terminal para si neste porto. Mais informações sobre o porto:

http://www.salalahport.com/

Tem um link neste site para "carreiras" (embora não haja nenhuma vaga disponível no momento):

http://www.salalahport.com/careers.aspx

Grandes do setor

Você pode tentar também entrar em contato com as grandes do setor que operam em Dubai. A Evergreen é de Taiwan, a COSCO, chinesa:

Evergreen: http://www.evergreen-marine.com/
COSCO: http://www.cosco.com/en/index.jsp

Subsidiária da CORASCO no UAE: http://www.cosraco.com/

Bom, se quiser realmente trabalhar por aqui, vai ter que pesquisar estes sites, avaliar as oportunidades disponíveis, quem sabe contactar o RH dessas empresas. As ferramentas para começar estão aqui. Mãos à obra!

Abraço de ex-xeirrrr,

Luís

11.11.08

Assunto: boas notícias

Ei, escute-me!
Eu soube ontem...
Os criminosos foram julgados e condenados a 7 anos de prisão!

Nosso promotor uma vez nos disse que pediram prisão perpétua, mas essa foi decisão do juiz... não é o bastante para nós, mas finalmente chegou a um final. Estou feliz pelo que a polícia, promotoria, cônsul, e você fizeram!
Obrigado por cuidar da gente naqueles dias!
Nós gostaríamos de dizer em voz alta de novo e de novo, Obrigado!



Garcia Marquez diz em um de seus textos que, "escrevendo, expulsa seus demônios". Pois bem: durante muito tempo essa estória me incomodou e essa mensagem fecha um de seus ciclos.

Verdade? Mentira? Como sempre, isso não vem ao caso: o importante são os sentimentos que ela proporciona. Como nas novelas, como nos filmes: "qualquer semelhança com a realidade é uma mera coincidência".

Imagine se Simenon fosse interpelado por cada crime solucionado por seu Comissário Maigret, só porque se passam em Paris? Ou Agatha Christie? Paro por aqui. Você pensa demais, leitor, e se eu continuar, você vai achar que eu sou arrogante, arvorado a ser o que não sou.

Arvorado a ser o que não sou não é coisa de minha índole: por ora, sou apenas um humilde ex-sheik. Vamos, leitor, acredite: leia até o fim cause I wanna be a paperback writer. Sigamos em frente, que até eu já estou impaciente. Afinal, quem matou Odete Roithman?

The visitor

Acabo de ver o filme The Visitor, filme que fala de muita coisa: música, mundo árabe, África, imigração nos EUA.

Bem verdade que desde que saí de Dubai, venho em uma fase de negação de tudo o que seja ligado à cultura árabe, mas as sutilezas desse filme me trouxeram agradáveis lembranças: o sotaque árabe ao falar inglês; as releituras que alguém criado em um cultura faz do "outro". Como no diálogo em que o personagem Tarek pergunta a Walter se ele gosta de "Chawarma", e recebe como resposta "sim, eu gosto de Charma"; Walter dizendo "Kalil" ao invés de Khalil (o sobrenome de Tarek que se pronuncia "RRRRRalil) ... ou ainda Tarek chamando sua esposa de "habibti". A legenda em francês contentou-se a mostrar "habibi" (de certo, o tradutor não falava árabe).

Já os trejeitos de Muna, a personagem de Hiam Abbass, lembrou-me e muito da elegância contida das sírias que conheci em Dubai, cristãs ou muçulmanas (pois é, nem todo sírio é muçulmano). Mais precisamente de Sandrela, com quem morei por 7 meses em uma casa de 9 quartos... ô menina generosa: ela adorava cozinhar, e eu sempre gostei de comer. E um dos maiores prazeres de quem cozinha é ver alguém saborear suas obras-de-arte: é Ramadã? Lá vinha Sandrela me convidar para um Iftar. E lá ia eu mandando brasa nos fatuches, fatáiers (esfiha aí no Brasil), tabulis, homus e muitas outras coisas cujo nome não sei. Às vezes, seus pais vinham lá de Homs para uma visita. O problema é que eles não falavam muito bem inglês. Aí rolava aquele diálogo básico:

- Sabah al kheir...
- Sabah al nur...
- Kifik?
- Miliha! Wa kifak?
- Amdulilah...
- !@#%@#%@^#$%^#$%^#$ ?
- ?! - sorrisos amarelos de ambas as partes - iála, Sandrela, volta aqui traduzir!

Poxa, deu até fome. Vou escrever para ela, perguntar se está tudo bem.

E para finalizar: depois dos eventos decorrentes do 11 de setembro e da era Bush, sempre tive um preconceito em relação aos EUA. Mas nos últimos tempos, minha curiosidade por essas esquinas do mundo como Nova Iorque vem aumentando. Quem sabe agora, na era Obama?

10.11.08

Happy new year

"Quando eu morrer, vou direto pro céu". Repito-me renitente a máxima quando a mente, tal qual um promotor público obcecado pela auto-promoção, lança voraz baldes de culpa sobre mim. Auto-engano ou salvação?

Foi com a melhor das intenções que passei meus contatos para Yoko. Ela dissera que dentro de um mês, passaria por Dubai e queria um contato para tirar dúvidas. Foi logo depois da celebração do Ano-Novo: meia-dúzia de estrangeiros reunidos na cozinha do Hotel, tentando se aquecer. Silêncio na cidade: segundo o calendário iraniano, o Ano-Novo - Nou Ruz - coincide com o início da primavera, de modo que em 31 de dezembro é um dia qualquer e 1o de janeiro não é feriado. Não: alguns comemoram. A dica dos iranianos é de procurar por festas no bairro armênio, que comemoram estas datas, Natal, Ano-Novo... mas estava muito frio para isso.

Na mesa, variedades de pistache e sementes de girassol em vários tamanhos e formas cuja casca os iranianos quebram girando a semente entre os dentes frontais, restando na língua apenas o miolo; anos de dedicação a este hábito moldam os dentes, conferem agilidade automática e precisão incompreensíveis para quem vem de fora: iranianos se divertem com o estrangeiro que, no afã de quebrar a casca, despedaça a semente na boca e por fim aceita a derrota, mastigando casca e miolo.

Na mesa, refrigerante de cola iraniano. Saiba você: o ser humano tem necessidade de beber refrigerante. Não qualquer refrigerante: refrigerante de cola. Não qualquer refrigerante de cola: refrigerante de cola em embalagem vermelha. Algo que se pareça com Coca-Cola. Se possivel a genuína. Mas esta nao existe no Irã...

Coca-cola, Zara, Adidas. Necessidade de consumir marcas. Devido ao embargo, ou talvez pela nao-proteção da propriedade intelectual, as grandes marcas não entram oficialmente no Irã, mas proliferam-se em falsificações vendidas no Grande Bazar. As genuínas sao vendidas nos elegantes centros comerciais em pequenas butiques, onde ainda se vê Papais Noéis e enfeites natalinos com a inscrição: "Christmas Mubarak!". Seus proprietários viajam a Dubai ou à Europa, enchem as malas e retornam ao pais com as novas concepções de liberdade, nobreza e confiabilidade.



Adibas, Abibas, Abidas. Azidas; são várias as marcas nas roupas e tênis de três listras dos jovens no metro de Teerã, mas a massa lembra ainda um Brasil de uma cidade do interior de uma distante década de 60, 70, 80: pessoas com seu único sapato, com sua calça social de um alfaiate, com sua única pasta de trabalho, onde guardam seus pertences.
Alguns lerão esta busca doentia das marcas como uma "busca provinciana do progresso", outros mais idealistas como "poluição capitalista"; atitude blasé: leituras feitas do alto da arrogância da liberdade e do excesso de acesso; as marcas são dispensáveis apenas para quem não precisa. Elas estão lá, disponíveis do outro lado do vidro; voce pode, mas não quer. Assisto a este teatro do metro quase me esquecendo de meu tênis All Star velho e rasgado que uso com descaso, fingindo não lembrar da exclusividade que desejo que me aporte.



Roupas de marca, refrigerantes de cola, pistaches e outras sementes sobre a mesa; é meia-noite de 31 de dezembro em Teerã e agora o grupo de estrangeiros se abraça e faz poses e sorrisos para infindáveis flashs de cameras digitais: felicidade é cada um com a sua. "Happy new year!". A esperança no futuro é uma das coisas mais curiosas no ser humano, principalmente quando olhamos para tudo o que se sucedeu com uma distância de quase um ano. Fico uma impressão de uma comemoração equivocada. Mais sensato seria: "Congratulations, we survived until here!".

Já passa da 1h da manhã, todos deixam a cozinha e se aglomeram no corredor ao lado do aquecedor a gás. Alguns fumam e o rapaz da portaria vem de tempos em tempos pedir que se fale mais baixo - há pessoas dormindo. Em meio a promessas de envio de fotos que jamais serão cumpridas, trocamos e-mails. Cada e-mail, uma intenção; sementes de uma árvore de possibilidades de eventos futuros que se realizarão ou não, segundo a próximas interações da vontade de cada um com a Fortuna.

Alguns psicólogos defendem que a Razão pode sim controlar a Vontade e que isso nos distingue dos demais animais; outros mais céticos julgam que a Vontade é a senhora do destino. Neste caso, a Razão seria apenas uma sofisticada maquina justificadora, advogada da Vontade, ocupando-se em manter o Conjunto convicto de que "está correto". Seriamos mesmo racionais ?

Sim: entregar-lhe o e-mail trouxe à tona um certo frenesi sobre as várias probabilidades que se abriam diante de uma garota atraente. Afinal, quais são seus reais interesses? Não: entreguei o e-mail embuído de um sentimento altruísta - ajudar por ajudar e um dia ser ajudado. Ilusões pudicas de um mundo melhor onde pessoas viajam pelo mundo trocando experiências e cortesias. "Quando eu morrer, vou direto pro céu", já dizia minha avó.

9.11.08

Dúvida

Não sei se continuo essa estória. Tambem não sei porque tive essa genial idéia de começá-la em 1a pessoa. A 1a pessoa é uma merda: personifica, dá um rosto e personalidade ao protagonista. Talvez eu rasgue tudo, recomece: "Era uma vez ..."

Concordo com você: a leitura é essencialmente idiossincrásica. Mas você exagera! Mal lê o texto e já se apressa às inferências. Você lê "a, b, c, ..." e , afoito, adianta-se: "...é D!". "Quem matou Odette Roithman?", "Será que Helena vai ficar com Augusto?" Você não consegue viver sem a novela. E agora me olha com este ar agoniado de criança que não ganha pirulito - "Será?!".

Entendo sua ansiedade. Foi assim nas semanas em que esperei Capitu voltar de férias. "Será? Será? Será?!?!". Uma mensagem: "Está tudo bem". Hoje vejo que sim, estava ótimo! Ah, leitor! Voce paga agora pelo que nao fez. Vingança! Ódio babado pelo canto da boca.

Noite de diarréia aguda na noite paulistana. Estava no Ó-do-Borogodó. Noite de iluminação; na parede do banheiro a frase que liberta:

A maior sensação de poder que o ser humano pode ter é fazer esperar.


Sofra, leitor. Ninguém mandou não ter vida própria! Faz sol, os animaisinhos se acasalam na floresta e você nesta busca pela Verdade Suprema, "mordendo corrente". Um consolo para ti? A espera é justamente uma das percepções mais agudas do tempo presente. Nesta agonia, VIVO se está; tempo que escorre milimetricamente e sem pressa entre os dedos enquanto o Desfecho libertador se aproxima: o Ultimo Suspiro, o resultado do Exame, o Sim ou o Não da Pessoa Amada, o efeito da droga que neutraliza a Dor do cálculo...

Depois de "a, b, c ...", "... c, d, c"; "... f, j, k". Ou quem sabe, o seu "... D!". Por ora, nada. Sádico, eu? Isso já começa a ficar repetitivo; você sabe bem o que disse minha avó.

5.11.08

Holy Movements Photography Exhibition



Se você está em Dubai e pensando em visitar o Irã, ou já estiver de viagem marcada para Teerã no final do mês, fica aqui a dica: exposição "Movimento Sagrado" de fotos de minha querida amiga Sara Masinaei! Maiores informações na própria imagem.

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If you're in Dubai and considering visiting Iran, or has already planned a trip by the end of the month to Tehran, let me give you suggestion: exhibition "Holy Movement", of my dear friend Sara Masinaei! More information on the picture above itself.

4.11.08

O que eu estou fazendo aqui?

Meira! deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A ironia, a modéstia e a comoção de Narciso":

Me responde, sheik Luísão,
Agora são duas da manhã,
Tenho revisar 20 páginas da tese até amanhã.

O que eu estou fazendo aqui?
Responde sheik!

Abraços,
Luis Augusto Meira (Ec97... long long time ago)


Postado por Meira! no blog Dubai F. C. em Segunda-feira, 03 Novembro, 2008

Caro amigo,

Os psicólogos encontraram um nome bonito para isso: Procrastinação.

Fica tranqüilo, em geral não é grave (eu também faço isso às vezes). Agora, o único remédio é... enfrentar o leão.

Então pára de ler esse blog e volta pra sua leitura, uai!

Abraço de ex-sheik,

Luís

3.11.08

A ironia, a modéstia e a comoção de Narciso

Assis Editora deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Sheik Luís responde: quem é o Sheik?":

Querido Sheik Malba Tahan Luis Brasileiro, agora não tenho a menor dúvida de que é um brasileiro nato. Pois somente um brasileiro poderia ter tanta criatividade e humor. Muito prazer, pois é a primeira vez que escrevo para meu ídolo literário (rs). Gostaria muitíssimo que você estivesse em nossas comunidades do orkut: (...) Você é fantástico. Talvez o maior contador de histórias que eu ja tenha ouvido, ou melhor, lido.
Vou contar sua história, e o nosso encontro, aos quatro ventos e quando alguém me perguntar se é verdade direi, como Chicó: "Sei não, só sei que foi assim.".
Em Dubai ensina-se português?
Não sei como devo me reverenciar a um Sheik, então vou me despedir de um jeito brasileiro. Até breve. Abçs, Ivone.

Postado por Assis Editora no blog Dubai F. C. em Sexta-feira, 31 Outubro, 2008

Salam Aleicum minha cara Ivone,

Obrigado pelo 'ídolo literário': os elogios levam ao delírio os narcisos... e os irônicos.

Obrigado, prezada Ivone! Eu sei que sou querido e fantástico, mas é sempre bom ouvir isso de alguém. Só agora compreendo a ordem de um certo Rei: "se quiser me homenagear, que o façam em vida!". Aceito seus elogios com o auto-conhecimento de um Estadista, tal qual um certo Stalin que ordenou aos seus biógrafos que ressaltassem, na obra em sua homenagem, sua humildade e modéstia...

... Modéstia, cara Ivone! Minha maior qualidade é a modéstia: tal qual o reflexo de Narciso nas águas do lago, seus elogios iluminam as trevas de meu exílio. Tal qual os beijos nas mãos e lambidas sublimes em meu dedão de meu pé esquerdo, desferidas por ávidos e inúmeros súditos e camelos em meus dias de glória. Para eles, o sabor acre da mistura de suor em fricção da pele com o couro de minhas alpergatas era o ponto máximo de suas vidas. Isso me tocava profundamente, e me deixava orgulhoso de meu altruísmo: emprestar-lhes o dedão era um sacrifício e uma boa ação. Ver assim os efeitos de minha bondade sobre miseráveis mortais me preenchia de júbilo - como agora.

Eu choro de emoção. Agora ria, minha cara: a gargalhada dos irônicos é o presente com o qual lhe retribuo tão generosa oferenda.

Em Dubai, não se ensina português. Não há necessidade: quando alcançam a idade correta, os filhos de nossa realeza são enviados à Paris para aprender tão nobre idioma (nada mais propício ao estudo de língua tão nobre que a Terra dos Intelectuais, bebendo da seiva da Razão, que nos é tão cara e rara. Oh, oh, oh).

Sem arrogância: prometo entrar em contato. Anoto seu e-mail em minha agenda em letras pequenas, mas bem torneadas, com floreios em caneta Mont Blanc verde para enfeitar. Um dia desses, um de meus escravos eunucos responsáveis pelo trato de minhas correspondências concederá-lhe o privilégio de algumas letras em meu nome.

(Oh! acabo de reparar como minhas unhas brilham. Oh, oh, oh).

Agora, com licença: feita a boa ação do dia, permito-me entregar meu corpo aos prazeres e carícias das concumbinas que restaram de meu reinado.

Abraços humildes de ex-sheik resignado e sofredor,

Luís