28.4.08
The Wild West
"THE WILD WEST - Gentlemen's Hair Designs and Body Care Center", Bur Dubai.
Obs.: não é fila para cortar cabelo. É apenas um jogo de críquete na TV.
23.4.08
E há espaço?
E há espaço para mais um veículo de comunicação? Essa era a discussão em um programa de rádio esta semana, e um dos editor de jornais entrevistados acha que sim: "o mercado de publicidade no Golfo é de 1 bilhão de dólares".
Um bilhão de dólares: acho que ouvi errado. 1000 vezes 1 milhão de dólares para que não haja confusão... recentemente soube por um amigo que um estúdio (leia-se um apartamento de pequenas dimensões) em um empreendimento imobiliário lançado recentemente custa na planta justamente 1 milhão de dólares (já falarei em breve a respeito). Pensando bem, inflada ou não, a cifra de 1 bilhão é até plausível.
Façamos então uma nova abstração: imagine que ao invés de utilizar dinheiro para negociar publicidade na mídia por aqui, as empresas utilizassem estúdios nesse novo empreendimento como moeda. Estamos falando de um mercado onde as pessoas negociariam apenas 1000 estúdios de 50 m quardados. Pensando bem, êita mercado minúsculo! Que coisa de pobre. Acho que eu realmente ouvi errado: esta cifra deve ser para o UAE, e não o golfo todo.
Um bilhão de dólares: acho que ouvi errado. 1000 vezes 1 milhão de dólares para que não haja confusão... recentemente soube por um amigo que um estúdio (leia-se um apartamento de pequenas dimensões) em um empreendimento imobiliário lançado recentemente custa na planta justamente 1 milhão de dólares (já falarei em breve a respeito). Pensando bem, inflada ou não, a cifra de 1 bilhão é até plausível.
Façamos então uma nova abstração: imagine que ao invés de utilizar dinheiro para negociar publicidade na mídia por aqui, as empresas utilizassem estúdios nesse novo empreendimento como moeda. Estamos falando de um mercado onde as pessoas negociariam apenas 1000 estúdios de 50 m quardados. Pensando bem, êita mercado minúsculo! Que coisa de pobre. Acho que eu realmente ouvi errado: esta cifra deve ser para o UAE, e não o golfo todo.
Novo jornal: The National
E começou a circular um novo jornal nos Emirados Árabes: The National.
Editado pela empresa Abu Dhabi Media Company, o jornal é, obviamente, baseado em Abu Dhabi, e portanto, vem com um enfoque mais centrado no cotidiano desta cidade. De certo modo, um contra-ponto, em um momento em que Dubai monopoliza os meios que controlam corações e mentes além das fronteiras do Iúl-Êi-Í. Cada jornal custa 2 dirhams, mas aqui na empresa, é distribuído gratuitamente (por enquanto), a exemplo do que ocorria com o Business 24|7.
E nisso, não há muito o que discutir: jornais, rádios, TVs e agências de notícias européias têm filiais em Dubai. CNN, BBC, Reuters, ... quando canais de TV foram fechados no Paquistão recentemente, estes continuaram a sua programação a partir de Dubai (até o Sheik aceitar o pedido do governo paquistanês e ordenar o seu fechamento). No Irã, embora ilegal, a instalação de antenas parabólicas é prática comum, de modo que os persas são muito familiarizados com a programação de canais abertos de Dubai, como o Dubai One, em inglês e árabe.
Editado pela empresa Abu Dhabi Media Company, o jornal é, obviamente, baseado em Abu Dhabi, e portanto, vem com um enfoque mais centrado no cotidiano desta cidade. De certo modo, um contra-ponto, em um momento em que Dubai monopoliza os meios que controlam corações e mentes além das fronteiras do Iúl-Êi-Í. Cada jornal custa 2 dirhams, mas aqui na empresa, é distribuído gratuitamente (por enquanto), a exemplo do que ocorria com o Business 24|7.
E nisso, não há muito o que discutir: jornais, rádios, TVs e agências de notícias européias têm filiais em Dubai. CNN, BBC, Reuters, ... quando canais de TV foram fechados no Paquistão recentemente, estes continuaram a sua programação a partir de Dubai (até o Sheik aceitar o pedido do governo paquistanês e ordenar o seu fechamento). No Irã, embora ilegal, a instalação de antenas parabólicas é prática comum, de modo que os persas são muito familiarizados com a programação de canais abertos de Dubai, como o Dubai One, em inglês e árabe.
22.4.08
Sukuk
Sukuk - títulos (bonds) islâmicos. A grosso modo, títulos de renda (quase) fixa que respeitam (contornam?) os princípios de investimento determinados pela Sharia (lei islâmica), que proíbe a cobrança de juros. São tipicamente lastreados em produtos/riquezas físicas (ações de empresas, imóveis) que pagam dividendos ou aluguel aos detentores destes títulos.
Juros não pode e aluguel pode? No fundo, pode ser apenas uma questão de interpretação: juro não é justamente o aluguel cobrado por um dinheiro emprestado? E o aluguel de um imóvel não é o juro cobrado pelo uso de uma riqueza imobilizada? Isso tudo me confunde (às vezes, até os sheiks se confundem). Mas assim é que determina a Shariah: o aluguel de dinheiro (riqueza pura, líquida) é proibido. O aluguel de coisas tangíveis (riqueza imobilizada, coisas que se compra com dinheiro), é permitido.
Basta um passeio pelas páginas de economia dos jornais do Golfo para encontrar este termo aos montes, seja nas propagandas, seja nas próprias notícias.
Leia mais:
Sukuk no Emirates Business 24-7
Sukuk no Gulf News
Sukuk no Wikipedia
Juros não pode e aluguel pode? No fundo, pode ser apenas uma questão de interpretação: juro não é justamente o aluguel cobrado por um dinheiro emprestado? E o aluguel de um imóvel não é o juro cobrado pelo uso de uma riqueza imobilizada? Isso tudo me confunde (às vezes, até os sheiks se confundem). Mas assim é que determina a Shariah: o aluguel de dinheiro (riqueza pura, líquida) é proibido. O aluguel de coisas tangíveis (riqueza imobilizada, coisas que se compra com dinheiro), é permitido.
Basta um passeio pelas páginas de economia dos jornais do Golfo para encontrar este termo aos montes, seja nas propagandas, seja nas próprias notícias.
Leia mais:
Sukuk no Emirates Business 24-7
Sukuk no Gulf News
Sukuk no Wikipedia
17.4.08
Revisando o ar-condicionado
O ar-condicionado é um equipamento muito importante aqui no Mídoulíst, que portanto deve ser tratado com muito amor e carinho durante todo o ano, e não apenas nos meses de Calor Maligno que se avizinham.
Um ar-condicionado é uma criança bem independente, mas mesmo as crianças bem-independentes vez ou outra necessitam de uma ajudinha aqui ou ali. Com o ar-condicionado não é diferente: ele precisa de ao menos uma revisão anual, para tirar as carepas de sujeira do conversor, verificar se o compressor não perdeu pressão. Convenhamos, em geral, você não precisa de um especialista para limpar os filtros de um ar-condicionado: é só deixar de preguiçoso e acomodado. Mas não vou explicar aqui como limpar um filtro, pois esse, de fato, não é o objetivo deste post.
Qual o objetivo deste post? Serei muito sincero, leitor: não quero te ajudar. Quero apenas saciar meu ego, acalmar esse desejo insano, quase-psicótico de organizar meu pensamento de uma forma linear. Ou nem por isso, apenas um desejo de ser lido, de forçar uma baboseira guela-abaixo e ainda ler comentários dizendo: "puxa, sheik, como você é inteligente!". Mas vamos lá, mantenhamos as aparências. Imaginemos que eu esteja realmente imbuido de um desejo altruísta louco de te ajudar, e você realmente interessado no que escrevo.
Leitor ignorante, deixa eu te ajudar! Minto e desminto. Aceite minha mão como guia: não sou a luz tampouco o caminho, mas percamo-nos juntos nus pelo deserto, regando as dunas com a seiva da vida. Sigamos juntos que nossa relação é de reciprocidade. Eu escrevo e você lê. Eu sento no trono e estendo a mão, enquanto você se ajoelha e beija o diamante do anel de minha mão.
Então vamos a mais uma dica de sheik: não deixe para realizar a revisão anual do seu ar-condicionado em meados de junho, julho e agosto, quando se frita ovo no chão às 10h da noite. Quando você entra em sauna úmida para se refrescar. Nos meses quentes do ano, os especialistas em ar-condicionado tornam-se as pessoas mais cobiçadas do Oriente Próximo. Seus telefones são inundados por súplicas de pobres mortais em busca de uma brisa fresca e torna-se quase impossível tê-los à disposição em menos de 2 semanas.
E você, que não seguiu meus conselhos, precisará voltar às origens e fazer como seus comparsas da Índia que gastam menos de 1/3 da energia que você desperdiça diariamente eu seu veículo, luzes e climatizadores: dormirá no terraço, suando às picas.
Pronto! Até eu fiquei feliz agora: encontrei uma razão de existência para este post. Tal qual aqueles que para realizar um sonho, uma viagem ou passeio, e para obter patrocínio, encontram uma razão humanitária. O que não tira o mérito da viagem em si. Outro dia vi uma assim: viagem de escalada aos Himalaias. Para participar, você precisava levantar ao menos 100 mil dihrams em doações para as criancinhas pobres com ranho no nariz. Outro rapaz decidiu subir à pé todas as principais torres da Sheik Zayed em troca de doações para as criancinhas... que bom rapaz... tinha até um médico de óculos escuros (logo, especialista) para fazer o check-up das funções básicas entre a escalada (pelas escadas) de uma torre e outra (confesso que tenho uma dificuldade enorme em achar o mérito de tal ato. Nunca tive médicos avaliando meu estado precário nas diárias escaladas da Shatta Tower após cansar de esperar o elevador).
Mas o prazer da escrita é só meu, e já está acabando. Não se esqueça, portanto, do objetivo nobre que garantirá a leitura deste post por anos e anos após o fim de minha parca existência: revise o seu ar-condicionado antes do verão, ou sofrerá as consequências.
Um ar-condicionado é uma criança bem independente, mas mesmo as crianças bem-independentes vez ou outra necessitam de uma ajudinha aqui ou ali. Com o ar-condicionado não é diferente: ele precisa de ao menos uma revisão anual, para tirar as carepas de sujeira do conversor, verificar se o compressor não perdeu pressão. Convenhamos, em geral, você não precisa de um especialista para limpar os filtros de um ar-condicionado: é só deixar de preguiçoso e acomodado. Mas não vou explicar aqui como limpar um filtro, pois esse, de fato, não é o objetivo deste post.
Qual o objetivo deste post? Serei muito sincero, leitor: não quero te ajudar. Quero apenas saciar meu ego, acalmar esse desejo insano, quase-psicótico de organizar meu pensamento de uma forma linear. Ou nem por isso, apenas um desejo de ser lido, de forçar uma baboseira guela-abaixo e ainda ler comentários dizendo: "puxa, sheik, como você é inteligente!". Mas vamos lá, mantenhamos as aparências. Imaginemos que eu esteja realmente imbuido de um desejo altruísta louco de te ajudar, e você realmente interessado no que escrevo.
Leitor ignorante, deixa eu te ajudar! Minto e desminto. Aceite minha mão como guia: não sou a luz tampouco o caminho, mas percamo-nos juntos nus pelo deserto, regando as dunas com a seiva da vida. Sigamos juntos que nossa relação é de reciprocidade. Eu escrevo e você lê. Eu sento no trono e estendo a mão, enquanto você se ajoelha e beija o diamante do anel de minha mão.
Então vamos a mais uma dica de sheik: não deixe para realizar a revisão anual do seu ar-condicionado em meados de junho, julho e agosto, quando se frita ovo no chão às 10h da noite. Quando você entra em sauna úmida para se refrescar. Nos meses quentes do ano, os especialistas em ar-condicionado tornam-se as pessoas mais cobiçadas do Oriente Próximo. Seus telefones são inundados por súplicas de pobres mortais em busca de uma brisa fresca e torna-se quase impossível tê-los à disposição em menos de 2 semanas.
E você, que não seguiu meus conselhos, precisará voltar às origens e fazer como seus comparsas da Índia que gastam menos de 1/3 da energia que você desperdiça diariamente eu seu veículo, luzes e climatizadores: dormirá no terraço, suando às picas.
Pronto! Até eu fiquei feliz agora: encontrei uma razão de existência para este post. Tal qual aqueles que para realizar um sonho, uma viagem ou passeio, e para obter patrocínio, encontram uma razão humanitária. O que não tira o mérito da viagem em si. Outro dia vi uma assim: viagem de escalada aos Himalaias. Para participar, você precisava levantar ao menos 100 mil dihrams em doações para as criancinhas pobres com ranho no nariz. Outro rapaz decidiu subir à pé todas as principais torres da Sheik Zayed em troca de doações para as criancinhas... que bom rapaz... tinha até um médico de óculos escuros (logo, especialista) para fazer o check-up das funções básicas entre a escalada (pelas escadas) de uma torre e outra (confesso que tenho uma dificuldade enorme em achar o mérito de tal ato. Nunca tive médicos avaliando meu estado precário nas diárias escaladas da Shatta Tower após cansar de esperar o elevador).
Mas o prazer da escrita é só meu, e já está acabando. Não se esqueça, portanto, do objetivo nobre que garantirá a leitura deste post por anos e anos após o fim de minha parca existência: revise o seu ar-condicionado antes do verão, ou sofrerá as consequências.
16.4.08
Você deve estar se perguntando...
... porque a foto da janela do prédio saiu tão escura. É que agora colaram uma propaganda gigante do lado de fora do prédio.
Boris Becker business tower, Michael Schumacher business avenue, Niki Lauda twin towers. E fica aqui a pergunta: uma torre com nome de homem te atrai? Qual será a relação de identidade entre um edifício com a memória de um competidor? Será que vai ter competição para entrar no elevador?
Boris Becker business tower, Michael Schumacher business avenue, Niki Lauda twin towers. E fica aqui a pergunta: uma torre com nome de homem te atrai? Qual será a relação de identidade entre um edifício com a memória de um competidor? Será que vai ter competição para entrar no elevador?
Around the clock
15.4.08
Minha querida aula de árabe
Ána - eu
tchôkh (kh tem som de R de carioca um pouco mais arranhado, como em pokhta, cakhta) - khr (para bom entendedor...)
fi - em
seiara - carro
chuaia - pouco
ktir- muito
Colocando em prática:
Ána tchôkh fi al seiara.
(Eu cago no carro).
Ána tchôkh chuaia.
(Eu cago pouco).
Ána tchôkh ktir.
(Eu cago muito).
tchôkh (kh tem som de R de carioca um pouco mais arranhado, como em pokhta, cakhta) - khr (para bom entendedor...)
fi - em
seiara - carro
chuaia - pouco
ktir- muito
Colocando em prática:
Ána tchôkh fi al seiara.
(Eu cago no carro).
Ána tchôkh chuaia.
(Eu cago pouco).
Ána tchôkh ktir.
(Eu cago muito).
Ponto de ônibus
14.4.08
Enquanto isso, na Al Shatta Tower...
E já que o assunto é arrependimento mortal, vamos a uma foto da Al Shatta Tower hoje às 9h da manhã:
Mas repare, você, leitor, na alegria estampada no rosto dos endinheirados da foto. É a Al Shatta Tower proporcionando encontros (bem próximos, encostando, empurrando, apertando) logo de manhã. Orkut? Facebook? Que nada! Bom mesmo é encostar. Esfregar. Encoxar. Ser encoxado. É assim nos locais com excesso de bens-sucedidos. Paralelo igual, só com os bem-sucedidos que compram carro para desfilar (a menos de 15 km/h) nas ruas paulistanas.
Mas a foto tem um defeito: não transmite cheiro. Hummmm! Que cheiro delicioso, logo às 9h da manhã! Não é a toa que Shatta em árabe significa Aroma. Al Shatta Tower, a Torre dos Aromas.
Lembro-me aqui de uma célebre frase atribuída ao finado ex-presidente brasileiro João Figueiredo: "o povo fede". Injustiça tremenda. Eu bem sei: você, leitor, é pobre mas é limpinho. Torra boa parte do seu salário comprando perfume francês falsificado nas lojas do Lao Kim Chong (e com o troco, compra um DVD - falsificado - no camelô da esquina). Se o Figueiredo conhecesse as "elites" bem-sucedidas de Dubai, certamente mudaria de idéia.
Mas voltemos à Shatta Tower. Para finalizar, mais uma foto de outro ângulo. Felicidade é ser bem-sucedido em Dubai. De elevador: 50 minutos de espera. Pela escada por 30 andares: 10 minutos de escada em meio a uma névoa de fumaça de cigarros (sim, o povo ainda fuma nas escadas de incêndio). É a Shatta Tower tornando mais vantajoso o transporte limpo, na luta contra o aquecimento global. Isso é que é visão futurista!
Mas repare, você, leitor, na alegria estampada no rosto dos endinheirados da foto. É a Al Shatta Tower proporcionando encontros (bem próximos, encostando, empurrando, apertando) logo de manhã. Orkut? Facebook? Que nada! Bom mesmo é encostar. Esfregar. Encoxar. Ser encoxado. É assim nos locais com excesso de bens-sucedidos. Paralelo igual, só com os bem-sucedidos que compram carro para desfilar (a menos de 15 km/h) nas ruas paulistanas.
Mas a foto tem um defeito: não transmite cheiro. Hummmm! Que cheiro delicioso, logo às 9h da manhã! Não é a toa que Shatta em árabe significa Aroma. Al Shatta Tower, a Torre dos Aromas.
Lembro-me aqui de uma célebre frase atribuída ao finado ex-presidente brasileiro João Figueiredo: "o povo fede". Injustiça tremenda. Eu bem sei: você, leitor, é pobre mas é limpinho. Torra boa parte do seu salário comprando perfume francês falsificado nas lojas do Lao Kim Chong (e com o troco, compra um DVD - falsificado - no camelô da esquina). Se o Figueiredo conhecesse as "elites" bem-sucedidas de Dubai, certamente mudaria de idéia.
Mas voltemos à Shatta Tower. Para finalizar, mais uma foto de outro ângulo. Felicidade é ser bem-sucedido em Dubai. De elevador: 50 minutos de espera. Pela escada por 30 andares: 10 minutos de escada em meio a uma névoa de fumaça de cigarros (sim, o povo ainda fuma nas escadas de incêndio). É a Shatta Tower tornando mais vantajoso o transporte limpo, na luta contra o aquecimento global. Isso é que é visão futurista!
Mais blogs em português
Acabo de adicionar mais dois blogs aos links ao lado: O maior blog do mundo, mantido pelo Leo, e Dubai louco, heim? (ex-Bahrein louco, heim?), mantido pelo Rafael, ambos atuando na área de publicidade por aqui.
Profissões e trajetórias distintas, mostrando um pouco o dia-a-dia de quem não é sheik e ocupa o tempo com outras coisas além de iates, 15 concumbinas e torturas de escravos assalariados (maiores de idade e com carteira assinada!). Lendo esses blogs, cheguei à conclusão que essa história de ser sheik é um troço muuuito sem graça... enfim, quem mandou escolher engenharia como hobby? Se arrependimento matasse...
Profissões e trajetórias distintas, mostrando um pouco o dia-a-dia de quem não é sheik e ocupa o tempo com outras coisas além de iates, 15 concumbinas e torturas de escravos assalariados (maiores de idade e com carteira assinada!). Lendo esses blogs, cheguei à conclusão que essa história de ser sheik é um troço muuuito sem graça... enfim, quem mandou escolher engenharia como hobby? Se arrependimento matasse...
13.4.08
NRI
NRIs - Non-Resident Indians. Termo utilizado pelo governo indiano para designar os cidadãos indianos não-residentes no país.
É tanta gente morando fora que a sigla pegou.
É tanta gente morando fora que a sigla pegou.
O pinto e a importância do arroz
E esse papo de commodities - feijão pinto pra cá, pinto pra lá, arroz... - me lembrou de coisas interessantes que vêm acontecendo nas últimas semanas devido à alta nos preços de grãos, principalmente arroz:
- proliferam protestos pelo mundo contra a alta dos preços dos alimentos: Camarões, Costa do Marfim, Mauritânia, Burkina-Faso, Senegal, Moçambique, Egito, Indonésia, Filipinas, e agora Haiti;
- para conter a alta dos preços do arroz Basmati (a variedade mais consumida na Índia), o governo indiano implementou cotas de exportação. O que contém os preços no mercado interno indiano, faz desparar o preço desta variedade no exterior, para o desespero dos NRIs;
Li uma reflexão interessante de um jornalista da Folha sobre este fenômeno. Clique aqui.
O Brasil é um dos poucos países que se beneficia desta crise: o sonho de se tornar o "celeiro do mundo" parece se realizar e os produtos agrícolas têm sido o carro-chefe das exportações brasileiras, e aparentemente, a alta dos produtos no exterior ainda não afetou significativamente o mercado interno. Mas eu não estou no Brasil para dizer. E você que está aí, o que pensa? De longe, comparando os preços, vejo que o Brasil é hoje um país caro, ao que tudo indica, devido principalmente à enorme carga tributária do país e não à alta internacional nos preços de commodities.
Celso Furtado* sustentava que, em um resumo grosseiro, o ciclo de industrialização do Brasil inicia-se apenas devido à acumulação e concentração de riquezas proporcionadas pela cultura do café. Não por acaso, São Paulo, o maior produtor de café até a crise de 29, é ainda hoje o estado mais desenvolvido e industrializado do país. Não por acaso que os estados que tem maiores taxas de crescimento atualmente são Mato-Grosso, Bahia, ligados à cultura da soja. O Cerrado e a Floresta Amazônica que se cuidem!
Mas eu cá comentava às minhas concumbinas como é que essa alta nos preços nos afetava. Descobri de um modo muito prático e sutil, e fútil, neste fim-de-semana: fui à Igreja Capitalista Ibn Battuta Mall para fazer a oração semanal ao ao deus Consumo. Aproveitei e pedi um Veggie Kebab no Shamiana. Quando o prato chega - surpresa! - algo está diferente: o arroz Basmati foi substituído por batata-frita. E comendo batatas-fritas, elas estão ficando todas pançudas, berebentas, manteguentas.
* Vide Formação Econômica do Brasil
- proliferam protestos pelo mundo contra a alta dos preços dos alimentos: Camarões, Costa do Marfim, Mauritânia, Burkina-Faso, Senegal, Moçambique, Egito, Indonésia, Filipinas, e agora Haiti;
- para conter a alta dos preços do arroz Basmati (a variedade mais consumida na Índia), o governo indiano implementou cotas de exportação. O que contém os preços no mercado interno indiano, faz desparar o preço desta variedade no exterior, para o desespero dos NRIs;
Li uma reflexão interessante de um jornalista da Folha sobre este fenômeno. Clique aqui.
O Brasil é um dos poucos países que se beneficia desta crise: o sonho de se tornar o "celeiro do mundo" parece se realizar e os produtos agrícolas têm sido o carro-chefe das exportações brasileiras, e aparentemente, a alta dos produtos no exterior ainda não afetou significativamente o mercado interno. Mas eu não estou no Brasil para dizer. E você que está aí, o que pensa? De longe, comparando os preços, vejo que o Brasil é hoje um país caro, ao que tudo indica, devido principalmente à enorme carga tributária do país e não à alta internacional nos preços de commodities.
Celso Furtado* sustentava que, em um resumo grosseiro, o ciclo de industrialização do Brasil inicia-se apenas devido à acumulação e concentração de riquezas proporcionadas pela cultura do café. Não por acaso, São Paulo, o maior produtor de café até a crise de 29, é ainda hoje o estado mais desenvolvido e industrializado do país. Não por acaso que os estados que tem maiores taxas de crescimento atualmente são Mato-Grosso, Bahia, ligados à cultura da soja. O Cerrado e a Floresta Amazônica que se cuidem!
Mas eu cá comentava às minhas concumbinas como é que essa alta nos preços nos afetava. Descobri de um modo muito prático e sutil, e fútil, neste fim-de-semana: fui à Igreja Capitalista Ibn Battuta Mall para fazer a oração semanal ao ao deus Consumo. Aproveitei e pedi um Veggie Kebab no Shamiana. Quando o prato chega - surpresa! - algo está diferente: o arroz Basmati foi substituído por batata-frita. E comendo batatas-fritas, elas estão ficando todas pançudas, berebentas, manteguentas.
* Vide Formação Econômica do Brasil
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Aconteceu em Dubai,
O preço das coisas
Baixe antes que bloqueie
Leo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Censura na DU":
Postado por Leo no blog Dubai F. C. em Domingo, 13 Abril, 2008
Léo,
Faz o seguinte: vá neste site abaixo agora, baixa o programinha e crie uma conta pra você antes que eles bloqueiem...
http://www.your-freedom.net/
Abraços libertários do sheik,
Luís
Sheik! Má notícia II!
Recebi uma sms da du falando que começa o bloqueio amanhã! Já estou tomando as devidas providências!
Boa sorte pra todos nós! Que Alá nos proteja! hehehe
Postado por Leo no blog Dubai F. C. em Domingo, 13 Abril, 2008
Léo,
Faz o seguinte: vá neste site abaixo agora, baixa o programinha e crie uma conta pra você antes que eles bloqueiem...
http://www.your-freedom.net/
Abraços libertários do sheik,
Luís
10.4.08
Criando uma comunidade interessante
HelderJCOliveira deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Sheik Luís responde: quem é o Sheik?":
Postado por HelderJCOliveira no blog Dubai F. C. em Quinta-feira, 10 Abril, 2008
Prezado Helder,
Seja bem-vindo à Dubai, a Terra do Futebol. Felizmente não será necessário criar uma comunidade, pois esta já existe: há uma expressiva e relativamente unida comunidade lusófona, com gente de Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Moçambique.
Pá, desta comunidade, boa parte são tugas. Digamos, enchem ao menos duas carrinhas, com uma boa quantidade de gajas. Brasileiros e portugueses se complementam: os tugas trazem vinho, e os brazucas... bebem.
Os lusófonos formam uma comunidade de fato muito interessante, onde (quase) todo mundo se conhece, comungando hábitos e costumes: garotas nuas de bumbum grande rebolando enquanto garotos dançam músicas de Roberto Leal de sapato mocassim. Uma loucura! E olha: nenhum deles tem padaria por aqui. Oportunidade?
Fuoãdassi, não acredita? Espere e verá.
Sheik Luís.
Ola a todos.
Sou o Helder de Portugal e vou viver para o dubai dia 23 de maio. Vou para empresa fly emirates (aviaçao). Se alguem estiver no dubai podiamos criar uma comunidade interessante de portugueses e brasileiros.
Um abraço a todos
Postado por HelderJCOliveira no blog Dubai F. C. em Quinta-feira, 10 Abril, 2008
Prezado Helder,
Seja bem-vindo à Dubai, a Terra do Futebol. Felizmente não será necessário criar uma comunidade, pois esta já existe: há uma expressiva e relativamente unida comunidade lusófona, com gente de Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Moçambique.
Pá, desta comunidade, boa parte são tugas. Digamos, enchem ao menos duas carrinhas, com uma boa quantidade de gajas. Brasileiros e portugueses se complementam: os tugas trazem vinho, e os brazucas... bebem.
Os lusófonos formam uma comunidade de fato muito interessante, onde (quase) todo mundo se conhece, comungando hábitos e costumes: garotas nuas de bumbum grande rebolando enquanto garotos dançam músicas de Roberto Leal de sapato mocassim. Uma loucura! E olha: nenhum deles tem padaria por aqui. Oportunidade?
Fuoãdassi, não acredita? Espere e verá.
Sheik Luís.
Censura na DU
Leo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Novidade e censura":
Postado por Leo no blog Dubai F. C. em Quarta-feira, 09 Abril, 2008
Olá Léo,
O que se passa de fato é que, segundo fontes fidedignas, a DU paga pesadas multas mensais por não haver implementado o bloqueio de sites peçonhentos (eu tenho um Q de dúvidas quanto a isso, mas enfim).
Aparentemente, o novo bloqueio está ainda em fase de testes na Shatta Tower, a torre do terror. Mas não crie muitas ilusões: em breve (agora dou um chute aqui: até uns 6 meses) o sistema sim será expandido para a toda Dubai. E tenha certeza: vai ter muita gente batendo palmas...
NOTA: Para quem chegou agora e não entende o que se passa, DU e Etisalat são as únicas operadoras de telecomunicações nos Emirados Árabes. Provém serviços de telefonia fixa, móvel e são os únicos provedores de acesso à internet por aqui. A DU ainda oferece serviço de TV a cabo.
Abraço de sheikh,
Luís
Má notícia, Sheik!
Tenho du aqui, moro na Marina. Ainda estou acessando meus sites politicamente incorretos. O que será que está acontecendo? Tá sabendo mais alguma coisa?
Valeu!
Postado por Leo no blog Dubai F. C. em Quarta-feira, 09 Abril, 2008
Olá Léo,
O que se passa de fato é que, segundo fontes fidedignas, a DU paga pesadas multas mensais por não haver implementado o bloqueio de sites peçonhentos (eu tenho um Q de dúvidas quanto a isso, mas enfim).
Aparentemente, o novo bloqueio está ainda em fase de testes na Shatta Tower, a torre do terror. Mas não crie muitas ilusões: em breve (agora dou um chute aqui: até uns 6 meses) o sistema sim será expandido para a toda Dubai. E tenha certeza: vai ter muita gente batendo palmas...
NOTA: Para quem chegou agora e não entende o que se passa, DU e Etisalat são as únicas operadoras de telecomunicações nos Emirados Árabes. Provém serviços de telefonia fixa, móvel e são os únicos provedores de acesso à internet por aqui. A DU ainda oferece serviço de TV a cabo.
Abraço de sheikh,
Luís
9.4.08
Iraq City
Em Dubai, tudo é City:
- Dubai Media City
- Dubai Internet City
- Dubai Motor City
- Dubai Endurance City
- Health Care City
- International City...
Nessas "cities", tudo é feito de acordo com a temática: em International City, no bairro chinês, detalhes lembram a China. No bairro francês, adornos europeus diferenciam os mesmos blocos pré-fabricados...
...enfim. Com vocês, Iraq City, que não foge ao padrão...
- Dubai Media City
- Dubai Internet City
- Dubai Motor City
- Dubai Endurance City
- Health Care City
- International City...
Nessas "cities", tudo é feito de acordo com a temática: em International City, no bairro chinês, detalhes lembram a China. No bairro francês, adornos europeus diferenciam os mesmos blocos pré-fabricados...
...enfim. Com vocês, Iraq City, que não foge ao padrão...
8.4.08
Vem aí: III Festa Brasileira em Dubai
Bom, apenas repassando:
III Noite Brasileira em Dubai!!!
Com DJ Igor!
Data: sexta, 11 de Abril de 2008
Horario: das 21:00 as 3:00
Local: Sky Club, Golden Tulip Hotel (04 341 7750), Al Barsha
Referência: entre o Mall of the Emirates e o Greens (mapa em anexo)
Entrada Franca!
Restrito para maiores de 21 anos.
***********************************************************************
3rd Brazilian Night in Dubai!!!
With DJ Igor!
Date: Friday, April 11th, 2008
Time: from 9pm to 3am
Location: Sky Club, Golden Tulip Hotel (04 341 7750), Al Barsha
Reference: between the Mall of the Emirates and the Greens (map attached)
Free entrance!
Minimum age: 21
Novidade e censura
Pois é, povo,
Peço desculpas pela ausência de posts, mas a coisa aqui anda meio braba... 15 concunbinas, caiaque, ioga, banda de rock, camelos, escravos assalariados e as palestras sobre motivação empresarial andam me tomando vastamente o tempo-livre. Mas esse post aqui é só para contar a notícia que acabo de receber: a DU começou a censurar também as páginas da internet, da mesma maneira que a como sua concorrente Etisalat já faz. Vejam só que bonitinha é a mensagem:
E a gente aqui agradece a DU, por nos proteger contra sites pornográficos como o do Skype.
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